23/02/2011

orixas

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Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá os aproximam dos seres humanos, pois eles se manifestam através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravidão, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.
Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar. Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que somos 400 os números de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.
Na Umbanda e no Candomblé se cultuam muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxossi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer nossos caprichos, nossos amores, nossos desejos. É muito comum, alguns dizerem que suas personalidades são conseqüências dos Orixás que regem suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.
Apresentamos à seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados no Brasil. Lembramos que existem diversas correntes no Candomblé e na Umbanda, por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.
O PANTEÃO DOS ORIXÁS AFRO-BRASILEIROS

22/02/2011

MUSICALIDADE NA UMBANDA

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A música exerce sobre o homem uma notável influência, é empregada nos mais variados momentos sejam de dor, de alegria, de guerra (o que é lamentável), e nos momentos de fé.

Tem a capacidade de elevar nossos padrões vibratórios e de pensamento ajudando a estabelecer contato com esferas mais elevadas, conforme a melodia empregada nas composições.

Nossa amada Umbanda é uma religião musical por excelência em qualquer templo que se vá, independente da influência que receba, lá encontraremos a música, seja acompanhada de palmas, atabaques, agogos, sinos, adejás, etc...

Hoje percebemos que toda religião tem sua forma musical de se expressar os católicos e evangélicos tem seus hinos, os praticantes do Santo Daime também denominam suas músicas de hinos, os hindus tem seus mantras, etc cada um com seus instrumentos peculiares e as vezes em comum.

A ICAR que vinha perdendo fiéis para as Igrejas Neopentecostais descobriu na música, uma forma de manter o seu rebanho e de trazer de volta aqueles que deixaram de praticar sua fé, haja vista a grande popularidade de Padres como Marcelo Rossi e António Maria, que tem feito grandes renovações na musicalidade católica. Um exemplo disso é a música que ficou conhecida como "Aeróbica de Jesus".

Voltando ao nosso foco, a Umbanda.

Alguns terreiros mais antigos que seguem mais ou menos como o Caboclo das 7 Encruzilhadas orientou nosso saudoso Pai Zélio não se utilizam de instrumentos musicais, os cantos quando muito são acompanhados de palmas.

Há terreiros onde só é permitido o uso de atabaques e outros tantos em que podem se agregar agogos e outros instrumentos para ajudar na harmonia dos pontos.


Desde os tempos antigos diversos povos ameríndios já se utilizavam do som dos tambores, por mais primitivos que fossem para seus cantos litúrgicos, algumas tribos também utilizam o maracá como instrumento musical.

É comum ouvirmos comentários sobre a sensação de ouvir uma bateria de escola de samba, ou um umbandista que participa pela primeira vez de um trabalho é que o que mais marcou foi o som dos atabaques, muitos classificam até como vibrante.

O conjunto dos atabaques e canto na Umbanda denominamos de curimba, temos 3 "tipos" de atabaques que denominamos Rum, Rumpi e Le. O Rum é o maior deles, de som mais grave e somente o Ogã Chefe pode tocá-lo, o Rumpi é o de tamanho e som intermediário, por fim, o Le que é o menor e com som mais agudo.

Alguns dos toques mais conhecidos são o Angola, o Congo, o Congo de Ouro, o Barra Vento, o Ijexá, o Nago, o Cabula entre outros.

O som produzido pelos atabaques auxiliam no transe mediúnico alterando o giro dos chackras responsáveis pela incorporação e também ajudam o cérebro a alterar sua frequencia de ondas, facilitando assim aos médiuns a conexão mediúnica com seus guias.

A musicalidade umbandista também é quem marca para os freqüentadores de nossos templos cada momento da gira, pois liturgicamente possuimos pontos para cada momento como abertura, defumação, batimentos de cabeça, saudação, chamada, sustentação, subida, etc...

Após a incorporação do dirigente toda a responsabilidade pela condução da gira fica nas mãos do Ogã, pois através dos pontos, dos toques e do canto ele vai sustentar toda a vibração e conforme, com o dirigente espiritual incorporado ao Ogã é conferida toda autoridade para mandar incorporar ou desincorporar, sempre com o aval do guia que está no comando.

Por essa razão que o Ogã tem q passar por todo um preparo, não só no que tange o aprendizado dos variados toques e dos pontos, que alguns chamam de cantigas, mas é necessário que passe também por um aprendizado teológico, entendendo como se processam os trabalhos.

Assim sendo é necessário também que o Ogã desenvolva sua sensibilidade para saber quando é necessário se tocar cada tipo de ponto e também estar sempre em sintonia com o guia que está no comando do trabalho.

É fato que essa sensibilidade e sintonia com as entidades vem com o tempo de trabalho e a dedicação do médium em aprender e entender a sua religião e religiosidade.

PSICOLOGIA E UMBANDA

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Como psicólogo não posso deixar de perceber como a personalidade do médium vai sendo moldada com o desenvolvimento das incorporações, como sutilmente vai modificando o interno do médium com o decorrer do tempo.

Muitos já me perguntaram porque na Umbanda não tem um trabalho de preparo íntimo para os médiuns, porque os dirigentes simplesmente desenvolvem os médiuns e não preparam seus íntimos.

Penso que os dirigentes deveriam desenvolver um trabalho de desenvolvimento interior dos médiuns, com raras exceções, a maioria dos terreiros não há uma preocupação em desenvolver um trabalho específico para a melhoria do íntimo dos médiuns.
Mas ao refletir sobre o assunto percebi que este trabalho é realizado de forma silenciosa pelos guias espirituais.

A reforma íntima do médium acontece na incorporação e nos contatos com os guias. A possibilidade de trabalhar várias linhas diferentes, permite ao médium a possibilidade de incorporar à personalidade o princípio do arquétipo que rege a linha.

Assim ao incorporar um preto velho ou preta velha, o médium vai desenvolvendo em si a paciência, a bondade, o carinho, a empatia, o amor, a compreensão ao outro. Se estas características já eram uma tônica no seu ser, então aprimora ainda mais estas qualidades, trazendo a tona uma energia amorosa, que flui naturalmente em si, permitindo que as qualidades do guia possam fluir naturalmente.

Quando estas qualidades não estão desenvolvidas o guia vai aos poucos incutindo no médium estas qualidades até que possa fluir naturalmente. A consciência destas possibilidades de aprimoramento, pode facilitar a entrega do médium ao seu preto velho ou preta velha, mais o seu chacra cardíaco vai se abrindo permitindo uma intensa luminosidade no seu ser.

Ao incorporar um caboclo ou cabocla, o médium aprende a ordem, a disciplina, o ritual, a eficiência do trabalho, a priorizar o que é importante, a trabalhar com ervas, com os vegetais, com as pedras, a quebrar demandas, sempre sem falar muito, somente o necessário, sem querer aparecer, trazendo uma força grande em si, aprende a conhecer o seu próprio poder, a força que possui.

O arquétipo dos caboclos e das caboclas é o do poder da luz, no auxílio ao humano, aos espíritos em evolução, e saber que tem força interna, suficiente para suportar as provações que certamente o médium passará, assim cada caboclo vai aos poucos moldando a energia do seu médium, tornando o disciplinado, atento a ritualística, ao companheirismo aos seus irmãos que sofrem, e suportando em si muitas vezes as dores do outro.

Aprende a resignação quando recebe os ataques em decorrência do seu trabalho mediúnico, aprende que ao suportar as aflições sem reclamar dos guias, está fortalecendo seu íntimo, criando uma estrutura psíquica forte em si com capacidade, de relacionar com os adventos da vida de forma harmoniosa.

Os baianos trazem a descontração, o aprendizado de como trabalhar as adversidades, a alegria, a flexibilidade, a magia, a brincadeira sadia. Assim médiuns que são introspectivos, quando incorporados em seu baiano ou baiana, soltam-se liberando sua alegria interna, a descontração.

Outros, já são descontraídos por natureza, e desenvolvem outras qualidades junto com seu baiano, como a flexibilidade diante das situações, como amparar o irmão com alegria, trazer a alegria para o próximo.

Transmutando a tristeza do outro transmitindo alegria e esperança. E muitas outras coisas aprendemos com os baianos. Descubra o que o seu baiano está aprimorando em você.

Os ciganos também aprimoram seus médiuns, trazendo a suavidade, a beleza, o encantamento, o envolvimento, a intuição, a paixão pela vida, pelo belo, pela música, a cura.

Os marinheiros permitem aos médiuns, desenvolverem o equílibrio emocional, entrar em contato com as emoções mais íntimas desbloqueando e liberando os excessos, os vícios.
Desenvolvendo no médium a capacidade de sentir as dores dos outros e com isso aprimorando as relações com o seu irmão.

Os boiadeiros trazem para o médium a força necessária para caminhar no mundo, para lidar com as adversidades da vida, fortalecendo-o diante do mundo, mostrando que a luta sincera, o bom combate, leva a luz.

A linha do grande oriente, onde incorporam guias orientais, hindus, mulçumanos, chineses, entre outros, estimula no médium o caminho da evolução espiritual através dos estudos, da meditação, do conhecimento das leis divinas, do amor, da verdade, da ciência, da arte, do belo.

Estimula no médium o caminho da ascensão espiritual, fazendo-o eliminar da sua vida tudo o que é pernicioso.

Exú e Pomba-gira, trazem a tona a sombra do médium, aquilo que necessita ser trabalhado e está escondido no seu ser. A ganância, a soberbia, a ira, o ciúme, os medos indizíveis, o orgulho, o perfeccionismo entre outras coisas. Exú tem a capacidade de espelhar o que está no íntimo do médium, mostrando o que está no seu interior. E só perceber como seu Exú ou Pomba-gira e terá uma pista do que traz no seu íntimo.

O trabalho com a própria sombra é facilitado com a incorporação dos Exús e Pomba-giras. Assim quando o médium diz: meu Exú é galanteador, é importante o médium ver o quanto traz de Don Juan. Quando a Pomba-gira é indisciplinada, o quanto o médium tem de rebeldia não trabalhada. Exús orgulhosos, médiuns necessitando trabalhar a soberbia, Pomba-giras vaidosas em excesso, médiuns necessitando trabalhar a vaidade.

Muitas vezes também Exú e Pomba-gira espelham qualidades íntimas dos médiuns, tais como: Exús eruditos, médiuns que buscam o conhecimento, Pomba-gira trabalhadora, médium esforçada, Exús guerreiros, médiuns batalhadores e assim por diante as qualidades e defeitos dos médiuns são espelhadas por Exú e Pomba-gira.

Aprendem com eles o médium que tiver coragem de se olhar sem medo, e perguntar o que seu guia de esquerda traz que desagrada, sem medo, pois Exú está ai pra isso mesmo, mostrar o que não queremos esconder, trazer a tona aquilo que precisa ser trabalhado.

José Antônio de Souza - Psicólogo

NÃO DIREI MAIS !

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Não direi mais "não posso",
pois Ogum me trará a persistência, determinação e tenacidade para conseguir.

Não direi mais "não tenho",
pois Oxossi me dará a energia vital para trabalhar e obter.

Não direi mais "não tenho fé",
porque Omulu me ensinará a compreender e aceitar meu karma.

Não direi mais "sou fraco",
porque Oxum me trará equilíbrio emocional,
Iemanjá a auto-estima e Iansã clareza de raciocínio para que eu entenda as minhas limitações.

Não direi mais "não sei",
pois Xangô me trará o conhecimento, para que eu o use com discernimento e justiça.

Não direi mais "estou derrotado",
porque aprendi com cada entidade da Umbanda que nada supera a força de sermos filhos de Deus.

Não direi mais "estou perdido",
pois encontrei a Umbanda, que com a luz do amor e da caridade, iluminou minha alma e me deu um caminho.

17/02/2011

ORAÇÃO DE BEZERRA DE MENEZES

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Dr. ra de Menezes


Nós te rogamos Pai de Infinita Bondade e Justiça,
as graças de Jesus Cristo,
através de Bezerra de Menezes
e suas legiões de companheiros.


Que eles nos assistam, Senhor,
consolando os aflitos,
curando aqueles que tiverem suas provas
e expiações à passar.
Esclarecendo aos que desejarem conhecer
e assistindo a todos quantos apelam
ao Teu infinito Amor.


Jesus Cristo,
Divino Portador da Graça e da Verdade.
Estende tuas mãos dadivosas
em socorro daqueles que te reconhecem
o Despenseiro Fiel e Prudente.
Fazei-o, divino Modelo,
através de Tuas legiões consoladoras,
de Teus santos espíritos,
afim de que a Fé se eleve,
a Esperança aumente, a bondade se expanda
e o Amor triunfe sobre todas as causas.
Bezerra de Menezes, apóstolo do bem e da paz,
Amigo dos humildes e dos enfermos.
Movimenta as tuas falanges amigas
em benefício daqueles que sofrem,
sejam males físicos ou espirituais.


Santos espíritos, dignos obreiros do Senhor,
derramai as graças e as curas
sobre a Humanidade sofredora.
A fim de que as criaturas se tornem amigas
da Paz e do Conhecimento,
da Harmonia e do Perdão,
semeando pelo mundo os
Divinos Exemplos de Jesus Cristo.


Que assim seja!

Orar das 20:00 às 21:00 - Todos os dias de Semana

EU SOU UMBANDISTA!

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Eu sou Umbandista... Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro,um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo,mas todos os terreiros,centros e casas de Umbanda,representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado,é saber amar para ser amado,é saber ouvir para ser escutado,é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.


OS CIGANOS

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Os Ciganos

Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda.
Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro. O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual.
Existe uma argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos, ou por médiuns não ciganos; e, que se assim o fizessem, deveriam fazê-lo no idioma próprio de seu povo. Isso é totalmente descabido e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade e sua doutrina evangélica, limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano, pretendendo carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que levaria grande prepotência discriminatória.
Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.
Ao contrário do que se pensam os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mal e trazendo uma contribuição inesgotável aos Homens, claro que dentro do critério de merecimento. Tanto quanto quaisquer outros espíritos terão aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.
Aqueles que trabalham na vibração de Exu, são os Exus Ciganos e as Pombo-Gira Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores.
Embora encontremos no plano positivo falanges chefiadas por ciganos em planos de atuação diversos, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais.
Trabalham dentro da parte espiritual da Umbanda com uma vibração oriental com seus trajes típicos e graciosos, com sua cultura de adivinhações através das cartas, leituras das mãos, numerologia, bola de cristal e as runas.
Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.
É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória e de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, prática muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor.
Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.




08/02/2011

PARABOLA DO SEMEADOR

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ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO -

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Todos Podem Ser Felizes

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O Que Importa, Do Livro "Coragem", Psicografado por Chico Xavier

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Não importa:
  • que a ventania da incompreensão nos zurza o caminho;
  • que a ignorância nos apedreje; que a injúria nos aponte ao descrédito;
  • que a maledicência nos receba a jorros de lama;
  • que a intriga nos envolva em sombra; que a perseguição nos golpeie;
  • que a crítica arme inquisições para condenar-nos;
  • que os obstáculos se multipliquem, complicando-nos a jornada;
  • que a mudança de outrem nos relegue ao abandono;
  • ou que as trevas conspirem incessantemente, no objetivo de perder-nos.

Coragem de Não Se Acostumar - Fabrício Carpinejar

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A alegria pode deprimir. Não é exagero. A alegria deprime mais do que o sofrimento. A pessoa adquiriu a casa, formou a família, os filhos crescem com saúde, tem um carro na garagem, um trabalho proveitoso, está casado com quem gostaria e no final da noite um vazio volta a atormentar. A noite vem tão rápido que ela pensa que é um chapéu. Nada está errado e isso incomoda terrivelmente. O que reclamar? Quem culpar? Chegou até o topo e falta expectativa e vontade para descer. A dor torna-se somente uma preguiça de se levantar. É semelhante à depressão pós-parto. Uma ânsia de destruir as conquistas para reiniciar. O receio de não suportar o pique do entusiasmo, de não valorizar o que foi feito, de não ser merecedora do espaço. Uma desvalia que aparece no mais profundo orgulho.
Depois de uma alegria intensa, de cumprir os desejos, uma coceira nos olhos enterra os olhos: e agora, o que vou fazer? Não há nenhum motivo óbvio para se lutar com garra. Não há dívidas e problemas para se preocupar. Não há um obstáculo, uma doença, uma teimosia, uma conspiração, um ódio. Não há motivo para falar mal de si e dos outros. Nada que seja levado a sério e que imponha uma força extra. A alegria passa a ser previsível, equilíbrio, rotina. Os horários estão ajustados: a musculação de manhã, o inglês de noite, o cinema semanalmente, os jantares e alguma coisa diz que ainda não está bom porque está bom demais.

O tédio prospera com quem conseguiu tudo e com quem nada conseguiu. A precariedade e o fastio são parentes. O tédio é democrático. Enfrenta-se o terror de que depois de uma alegria forte teremos alegrias menores, risos de meia boca. O dia seguinte de um grande amor é uma tristeza só. Um abandono. Depois das alturas, rastejar entre a cama e a cozinha. Raros confessam, porém a cabeça fica nas nuvens, desligada, não sobrando chance de repetir um enlace igual. É insuportável cogitar que acabamos de viver o máximo da existência e ainda assim continuar vivendo para cumprir tabela. Não, ninguém gosta de jogar amistoso, sem o risco de perder feio ou ganhar apertado. Felicidade é não se acostumar com ela. Entende-se o motivo de muitos que jogam fora a felicidade em uma briga ridícula e depois se arrependem. Jogam fora porque são vítimas da alegria, não da tristeza. Querem cobrar o que veio de graça.

Fabrício Carpinejar

Nossa Mente;Nossa Vida (Vera Lucia)

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