29/04/2011

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COMO SOMOS PROTEGIDOS






Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho. 
Um dia alguém intrigado com aquele hábito, lhe perguntou porque fazia aquilo. O nadador sorriu e respondeu:
"Há alguns anos, numa certa noite perdi o sono e fui à piscina para nadar um pouco.
Não acendi a luz, pois a lua brilhava muito. 
Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra numa parede à minha frente. 
Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz. 
Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela bela imagem. 
Nesse momento pensei na cruz de Cristo e em significado. 
Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido para nos salvar. 
Sentei-me no trampolim, enquanto aqueles ensinamentos vinham-me à mente. 
Não sei quanto tempo fiquei ali parado, mas, ao final, eu estava em paz com Deus. 
Desci do trampolim e resolvi apenas tomar um gostoso banho, quando, para meu assombro, descobri que haviam esvaziado a piscina naquela tarde. 
Naquela noite a cruz de Cristo salvou-me duas vezes: da morte física e da morte espiritual. 
Por isso molho o dedão do pé, antes de saltar."



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LIDERANÇA: ESPADA DE DOIS GUMES



 


Para aqueles que atingem a autoridade influente da liderança espiritual, o processo de decisão torna-se muito mais crítico, pois a responsabilidade de agir de acordo com a verdade é requerida para se manter o que foi aprendido. 

A influência, filhos, é a espada de dois gumes da liderança espiritual e deve ser temperada e sempre exercida com sabedoria.

Todos somos centelhas do Criador. Todos somos uma família composta de Mente Divina. 


Então, na senda do progresso, entendam que o amor é uma chave frequencial que nunca pode ser esquecida.

Entretanto, haverá momentos em que todos os seres humanos a esquecerão. E com isto estou falando com todos vocês que estão na carne.

Agir de acordo com o que se prega é fundamental na liderança espiritual. 


Entretanto, conforme vocês  avançam na senda, as armadilhas vão se tornando mais difíceis de serem vistas, e poderá haver momentos em que vocês terão menos paciência com aqueles de mentalidade diferente ou que são menos adiantados. 

E isto, por si só, é uma oportunidade de prova e crescimento.

Nós, seus condutores, lhes rogamos que não se coloquem num trono, e não abandonem aqueles que aparentemente vivem nos recessos sombrios do coração e da mente. 


Não condenem aqueles que tentam despertar a dúvida em vocês ou que apontam os dedos para os erros dos outros, mesmo quando os acusadores se recusam a enxergar suas próprias faltas.

Embora reconheçamos que isto seja mais fácil de ser dito do que de ser feito, não fujam do conflito tão rapidamente e sentindo-se tão superiores, que a pressa e reação instintiva os ceguem para uma verdade maior. 


Tomem um tempo para uma auto-análise e façam isto de um ponto de vista não passional. Dizemos-lhes: não considerarem coisa alguma como pessoal. Relacione valores somente a fatos e circunstâncas, mas nunca a pessoas.

Vamos compartilhar com vocês um outro conceito importante e lhes pedimos que tomem alguns instantes para refletir profundamente sobre isto: a sabedoria não ocorre automaticamente através da mera coletânea de dados sobre o conhecimento, independentemente de quão vastos eles possam ser.


 A Sabedoria vem através da destilação intensa da experiência e da auto-análise feita com pensamento puro e imparcial.

A verdadeira sabedoria só pode ocorrer em estados de análise não emocional da sua experiência através da perspectiva da sua própria “terceira pessoa interna”! 


E, para fazer isto, é preciso descartar as crenças inconscientes e indesejáveis, associadas à experiência na mente presa à rede de ilusão. Entendem?

                                                                                                          jaguar mistico./././
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COMO SUSTENTAR A INTEGRIDADE?






 Continuando a explanação anterior


A conquista do auto-controle exige foco e esforço, ordem e direcionamento para uma verdadeira unificação. 

Como já lhes fora dito inúmeras vezes, no crescimento espiritual a liderança espiritual é em si uma parte da jornada e não um fim. Ela requer constante auto-análise e reordenação para não tornar-se um abismo.

Inúmeras pessoas, através dos tempos, fracassaram quando o poder da liderança os levou ao desequilíbrio do ego. Pois realmente o Corcel do Poder pode cegar o cavaleiro, retirá-lo da sela e velozmente induzi-lo a caminhos rochosos e ao precipício.

Todos os que estão na senda da liderança serão tentados pela sedução do poder, todos… especialmente quando a notoriedade e a celebridade entrarem em cena. 


Quando o inflamento do ego começa, ele geralmente o faz por uma janela dos fundos, que foi esquecida aberta; e começa a crescer sorrateiramente, sem ser notado, irreconhecível, porque não era essa a intenção do indivíduo.

Sua identificação é revelada quando estar “certo” assume uma importância maior do que amar


E, geralmente a trama do ego no campo energético é tão sutil, que a queda não é visível para o indivíduo.

Quantas das suas guerras não ocorreram, na espiral descendente da destruição, entre “facções religiosas” que desejavam impor uma à outra o seu próprio dogma do “sagrado” e a sua própria Verdade, como sendo mais verdadeira do que a Verdade da outra.

A humildade junto do amor é a chave. Nunca levem-se tão a sério a ponto de perderem de vista a sua própria humanidade dentro da ilusão.

Os seus sábios em seus textos filosóficos e religiosos, todos, lhes dizem que a liberação do ego é a chave para encontrar Deus. 


Mas, na verdade, existe um grande abismo conceitual entre este conselho e a compreensão da maioria dos seres humanos sobre como aplicá-lo

O ego reside na mente frontal, a mente consciente, e é a ferramenta indispensável na dualidade-polar da realidade encarnatória, que permite que o indivíduo tenha uma percepção empírica do eu e da individualidade.

Portanto, é necessário separar aspectos do ego que servem ao crescimento do ser humano e aqueles que não servem. Do contrário, como pode um indivíduo, na busca da elevação espiritual, compreender as complexidades de se “abandonar o ego”? 


A crise de comunicação interna poderá acontecer com frequência, e isto é uma coisa que todos os seres humanos devem resolver, independentemente do nível do seu coeficiente de luz.

Vamos a uma explicação numa linguagem mais compreensível do ponto de vista de vocês:

Quando o ego leva à arrogância, ocorre um " curto-circuito elétrico" no nível básico do campo áurico. 


Então o requerido " circuito é desconectado", o “sinal” de comunicação clara com tudo o que é Superior se perde e é substituído por " ondas variadas de estática" e interferências, quase sempre de frequência bem inferior e a partir daí, além de deixarem de ser alimentados por uma fonte superior, passam a sofrer retiradas para essa fonte de frequência inferior .
 

Vários são os aspectos da presunção exagerada que leva à arrogância e consequênte egoísmo.

O verdadeiro caminho é a experiência – muitas vezes é através de sofrimentos e erros, causa e efeito – que se chega à compreensão de que abandonar o ego significa reconhecer a Centelha Divina em si mesmo e em cada ser humano, e à vontade de permitir que as vozes, às vezes sutil, outras nem tanto, dos Guias, ou do Pai e da Mãe Divina, dirija a suas vidas. 

Assim, o ego deve ser ajustado e monitorado através da auto-reavaliação. E esta auto-reavaliação deve ser feita num estado de total neutralidade. 

O ego deve ser liberado e as ações devem ser vistas a partir da sua “terceira pessoa” interna, permitindo a possibilidade de você estar errado. É aí que se encontra o desafio… um desafio com bom propósito. ( Quando nos referimos à terceira pessoa interna, isso não deve ser confundido com terceira pessoa da Trindade, pois nos referimos à sua Força de esquerda que fecha o Triângulo: Divindade, o Guia e Guardião/ã.)

O poder é uma grande tentação e sabe seduzir. Inúmeros líderes metafísicos e religiosos acabam se tornando dependentes da adulação. E quando isto acontece, há uma mudança na qual eles perdem "o circuito atingido" e não apenas ficam “emperrados”, como de fato transformam-se em “tomadores de energia” ( vampiros), numa espiral descendente  


Há sempre uma condução nas bordas do caminho intermediário que mostra como manter um equilíbrio perfeito entre amor e poder com ego e humildade. O amor e a humildade deve ser sempre a chave, e a sabedoria final é aprender que se render ao Amor traz um tremendo Poder, e este é o Poder em sua forma mais elevada. 

Mas ouvir as palavras da Verdade não é o mesmo que aprender e vivenciar essa Verdade.


                                                                                      jaguar mistico././.
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A VOCÊ QUE DESEJOU SABER





Você perguntou-me:


Por que eu me dedico à doutrina de outras religiões se sou Umbandista?

- Eu não percebo nada de pior nem melhor em quem segue esta ou aquela doutrina religiosa. O que em minha humilde visão posso perceber são apenas gostos diferentes, assim como preferir roupa social ou esportiva. Ou ainda, preferir comer tomate em vez de alface.


Quem veste social está vestido, tanto quanto quem veste esportivo, assim como tomate é um limento, tanto quanto alface.


E para que eu esteja de acordo com o que me ensina meu amado Caboclo Águia Branca ( o de não ser pessoal ), eu deixo que o texto a seguir fale por mim:





Conhecer Deus não é apenas um privilégio e um dever divino, mas uma necessidade prática. Por que o homem há de rastejar na auto-insuficiência, se pode canalizar para si a fonte de todo poder e plenitude?

Se você não encontra Deus é porque não está se empenhando bastante na meditação. Se não acha a pérola depois de dois ou três mergulhos, você não pode culpar o oceano. Se mergulhar nas profundezas das águas, encontrará a pérola da Presença Divina.

Quem encontrar Deus dentro de si mesmo será capaz de sentir a Presença Divina em todos os templos em que entrar. O Yoga capacita o homem a perceber a verdade em todas as coisas e em todos os seres do Universo. 


( Paramahansa Yogananda )

ESPÍRITOS PROTETORES

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Temos sempre em nossas vidas os guardiões que se achegam a nós para nos fortalecer e juntos crescermos.

No entanto, não os ouvimos e nem percebemos quando a vozinha sutil é soprada aos ouvidos do nosso espírito nos envolvendo diante das nossas decisões.

São eles os amigos invisíveis que ora estão conosco para se complementarem e aquietar os nossos corações.

São espíritos protetores que junto a nós fazem um papel importante de amigos verdadeiros.

Infelizmente nossa vaidade ainda é tão grande que não aceitamos essa laboriosa ajuda feita de grande afeto. 

E teimosamente prosseguimos para nos encontrar frente a frente com as decepções as quais poderíamos tê-las evitadas.

Para se ouvir a voz dos seres queridos que nos acompanham e que são interessados no nosso crescimento, é preciso humildade e discernimento.

Chamo-os de voz do coração. Não imaginam o quanto eles sofrem quando nos enveredamos pelos caminhos complicados do labirinto escolhido.

Estejamos em sintonia com Deus, na vigília da prece, na retidão de comportamento para abrirmos a porta interna e acessarmos os nossos benfeitores espirituais.

Sejamos alegres, inofensivos e vibrantes na fé, para que possamos ouvir a voz de Deus através daqueles que nos querem bem e fazem verdadeiras cambalhotas para nos deixar livres da ignorância e dos revezes da vida.

Saibamos diariamente agradecer essas presenças luminosas que tanto trabalham para nos conscientizar e melhorar a nossa consciência de ser.
 

(Espirito Luiz Sergio)

 









491 – Qual é a missão do Espírito protetor?

- A de um pai sobre seus filhos: guiar seu protegido no bom caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolar suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida.



495 – O Espírito protetor abandona algumas vezes seu protegido quando este é rebelde aos seus conselhos?

- Ele se afasta quando vê seus conselhos inúteis, e que a vontade de sofrer a influência dos Espíritos inferiores é mais forte. 


Todavia, não o abandona completamente, e se faz sempre ouvir sendo, então, o homem quem fecha os ouvidos. Ele retorna, desde que chamado.

É uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos pelo seu encanto e pela sua doçura: a dos anjos guardiães.

Pensar que se tem sempre perto de si seres que vos são superiores, que estão sempre aí para vos aconselhar, vos sustentar, vos ajudar a escalar a áspera montanha do bem, que são os amigos mais seguros e mais devotados do que as mais íntimas ligações que se possa contrair sobre a Terra, não é uma idéia consoladora? 

Esses seres aí estão por ordem de Deus; ele os colocou junto de vós e aí estão, por seu amor, cumprindo uma bela, mas penosa missão.

Sim, onde estejais, ele estará convosco: as prisões, os hospitais, os lugares de devassidão, a solidão, nada vos separa desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma sente os mais doces estímulos e ouve os sábios conselhos.

Deveríeis conhecer melhor esta verdade! Quantas vezes ela vos ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes ela vos salvaria dos maus Espíritos! 

Todavia, no grande dia, este anjo de bondade terá frequentemente de vos dizer: “Não te disse isto? E não o fizeste; não te mostrei o abismo? E aí te precipitaste; não te fiz ouvir na consciência a voz da verdade? E não seguiste os conselhos da mentira? 

Ah! Interrogai vossos anjos guardiães; estabelecei entre eles e vós essa ternura íntima que reina entre os melhores amigos. 

Não penseis em esconder-lhes nada, porque ele têm os olhos de Deus, e não podeis enganá-los. 

Sonhai com o futuro; procurai avançar nesta vida e vossas provas serão mais curtas, vossas existências mais felizes. 

Caminhai! homens de coragem; atirai para longe de vós, de uma vez por todas, preconceitos e idéias preconcebidas; entrai na nova estrada que se abre diante de vós; marchai! marchai! 

Tendes orientadores, segui-os: o objetivo não vos pode faltar, porque esse objetivo é Deus.

Àqueles que pensam ser impossível aos Espíritos verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos vossas almas estando a vários milhões de léguas de vós.

 Para nós o espaço não é nada, e vivendo em outro mundo, nossos Espíritos conservam sua ligação com o vosso. 

Gozamos de qualidades que não podeis compreender, mas estejais certos de que Deus não nos impôs uma tarefa acima de nossas forças e que ele não vos abandonou sós sobre a Terra, sem amigos e sem apoio. 

Cada anjo guardião tem seu protegido sobre o qual vela, com um pai vela sobre seu filho, e é feliz quando o vê no bom caminho, e sofre quando seus conselhos são menosprezados.


Livro dos Espíritos – Allan Kardec

26/04/2011

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UMBANDA, DESMISTIFICANDO






 

Se você quer milagres, não procure a Umbanda. O supremo milagre para a Umbanda é você doar-se em caridade.

Se você quer curar seu corpo físico, não procure a Umbanda. A Umbanda só cura os males de sua mente, do seu coração e da sua alma, ou seja, Ela cura o seu espírito da ignorância, cólera e desejos desenfreados.

Se você quiser arranjar emprego ou melhorar sua situação financeira, não procure a Umbanda. Você se decepcionará, pois Ela vai ensina- lhe sobre desapego em relação aos bens materiais, ensinará sobre caridade e respeito. Não confunda, porém, desapego com renúncia!

Se você quer poderes sobrenaturais, não procure a Umbanda. Para a Umbanda, o maior poder sobrenatural é o triunfo sobre o egoísmo, na doação de si ao emprestar seu corpo para o trabalho da caridade. E não se engane, incorporação é dom mediunico natural.

Se você quer triunfar sobre seus inimigos, não procure a Umbanda. Para a Umbanda, o único triunfo que conta é o do médium sobre si mesmo, visto ser esse o verdadeiro inimigo.

Se você quer a vida eterna em um paraíso de delícias, não procure a Umbanda. Vida eterna você já tem, e Ela exigirá muito trabalho aqui e agora, depois, mais ainda!

Se você quer massagear seu ego com poder, fama, elogios e outras vantagens, não procure a Umbanda. A casa de Umbanda é lugar de trabalho sério e não é passarela de mídia.

Se você quer, passivamente, a proteção Divina, não procure a Umbanda. Ela lhe ensinará que você já tem tudo disponível, mas terá que se mover para colher. Tudo de acordo com seus esforços.

Se você quer um caminho fácil para Deus, não procure a Umbanda. Ela é um longo caminho de volta para si, pois se não o encontrar dentro de si, fora é que não encontrará.

Se você quer o perdão para as suas falhas, deixando-lhe livre para errar de novo, não procure a Umbanda. Ela lhe ensinará a implacável Lei de Causa e Efeito e a necessidade de auto-reforma através de trabalho árduo. Logo, é você que deve perdoar-se e, lançar-se rapidamente ao trabalho.

Se você quer respostas cômodas e fáceis para suas indagações existenciais, não procure a Umbanda. Ela aumentará suas dúvidas, pois você deverá policiar-se o tempo todo, para não cultuar o próprio ego.

Se você quer uma crença cega, não procure a Umbanda. Ela lhe ensinará a pensar com sua própria cabeça, pois aprenderá a diferênça entre si e os Guias, entre os Guias e os Orixás, incorporando-Os."Você não crê p'ra vê, nem vê p'ra crê!". Você vivencia, e isso é ser a ´própria' crença.

Se você é dos que acham que a verdade está nas escrituras, não procure a Umbanda. Ela lhe dirá que o papel é muito útil para se anotar o que nossa mente fraca acaba esquecendo, contudo, o mais intelectual dos umbandistas pouco vale sem a caridade.

Se você quer saber a verdade sobre os discos voadores ou sobre a civilização de Atlântida, não procure a Umbanda. Ela lhe ensinará a querer a verdade sobre si mesmo.

Se você só quer se comunicar com espíritos, como panacéia para exibir-se em vídeos e slides, não procure a Umbanda. Ela lhe ensinará a se comunicar com seu verdadeiro Eu, e um Eu não há como exibir.

Se você quer conhecer como foi em suas encarnações passadas, não procure a Umbanda. Ela lhe mostrará como você é hoje, a sua miséria presente. O que já será difícil suportar.

Se você quer conhecer o seu futuro, não procure a Umbanda. Ela só lhe dirá para prestar atenção em seus atos, pois só eles poderão lhe dizer o que será de si.

Se você quer ouvir palavras bonitas e galanteios não procure a Umbanda. Ela lhe apresentará o clamor dos que sofrem, para que você ajude a aliviar suas dores.

Se você quer ser "sério e austero", não procure a Umbanda. Ela lhe ensinará a cantar, a dançar e a não ter vergonha de parecer descontrolado.

Se você quer brincar e se divertir, não procure a Umbanda. Ela lhe ensinará a ser Sério e Austero.

Se você quer viver, não procure a Umbanda, pois Ela lhe ensinará o que é Morrer.

Se você quer morrer, não procure a Umbanda, pois Ela lhe ensinará a Viver.



 


- Adaptado de um texto budista,
da reverenda Yvonette Silva Gonçalves.

                                                                                        
- Que Oxalá abençoe a todos!
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PACIÊNCIA PERANTE OS CRÍTICOS




A penitência dos invejosos Gustave Doré




A partir do momento que decidimos ingressar na vida espiritualista, estaremos sendo alvo dos observadores mais rigorosos. Entre esses críticos estarão os nossos colegas de trabalho, amigos próximos, diversos parentes e principalmente pelos ditos irmãos.


Perceberemos que existe uma preocupação exagerada ou uma alienação total sobre o que/quem somos, como se isso os incomodassem, ou não. Nossos atos serão mais comentados, e ocorrerão reclamações, de que muito tempo é gasto com sua dedicação a tarefas e comportamentos que eles consideram inúteis.  Muitas vezes você será mimoseado com várias alcunhas pejorativas como fanático, lunático e outras. Num momento se é negligente, noutro é intrometido. O que faz um feliz é considerado ofensa por outro.

( Já dizia Sartre;" ...o inferno são os outros.")


Precisamos entender, e isso é importante, que não somos nós quem lhes incomoda, mas a atividade em si. Eles começam a perceber que estão perdendo tempo em não promoverem a própria reforma interior de que necessitam , e ficam aborrecidos de ter perto deles pessoas realmente preocupado e empenhadas em evoluir. 

A nossa presença lhes dão conta disso. Não precisamos dizer nada a respeito, basta estar ali para que eles sintam o peso da própria inoperância. Eles não nos entendem por palavras, mas pelos gestos e comportamento. Se ousarmos falar qualquer coisa, a favor de uma melhoria, mesmo que haja a solicitação, distorcem tudo na tentetiva de nos envenenar. Triste é que a maioria das vezes eles conseguém, pois sempre escolhem alguém frágil no momento.


Mas eu lhe digo para termos paciência e sermos caridosos com eles. Veja como são importantes em nossas vidas. Em primeiro lugar, além de exercitarem nossa paciência, estão também fortalecendo nossa decisão de prosseguir tendo atos equilibrados, pois somos alvos permanentes. Depois, mantendo-nos serenos e pacíficos perante as possíveis agressões verbais, estaremos servindo de exemplo que, talvez, possa ser seguido no futuro.
Portanto, não encaremos de modo radical as críticas quanto à nossa opção. Devemos ser gratos por estarmos servindo de exemplo. Mesmo que não nos sigam, fazendo parte no trabalho de auto-regeneração e caridade.


Existem muitas pessoas sobre a Terra que não toleram, ou não querem, descobrir que adotam comportamentos inadequados. O problema se torna ainda maior, quando comparam o que fazem com exemplos de amor e brandura que partem de outros. Sentem-se agredidos por esta constatação, e disparam sentimentos de rancor para aqueles que emanaram os bons exemplos.


O que precisam ver é que se estão incomodados com as boas ações praticadas por outros, é porque, na realidade, descobriram que não são capazes de agir da mesma forma. Seja por acomodação ou por não terem mesmo conhecimento para tal. E o ódio que irradiam é contra o próprio ego, apesar de pensarem que o estão direcionando para outros.


Isso ocorre com ações do cotidiano, em vários campos da vida, incluindo sentimentos afetivos, filosóficos, religiosos, científicos e até de conversas banais no dia-a-dia. O despertar surge no momento da constatação de que existe um hiato, entre o que fazem e o que os outros fazem melhor. Então, ao invés de avaliarem as diferenças através da autocrítica, para saber onde erraram, remediando o que for preciso, preferem continuar exalando ódio, que, na prática, é sinônimo de inveja e desrespeito.


Não é muito difícil prever o destino dos que agem assim. Porque estão realimentando os erros e as imperfeições que são largos passos na direção de amarguras e de doenças na vida. Frutos da permanente inalação do veneno, que não conseguiram extirpar do próprio ser.


No dia-a-dia, que apenas irradiemos pois, nossas energias emanadas dos nossos Eus Superiores por onde quer que venhamos a passar. E só falemos alguma coisa, quando for para o andamento dos Trabalhos,  e ainda assim, se alguém lhe pedir. Sejamos apenas uma chama ardente irradiadora dA Fonte por onde formos...


- Que nosso Pai Oxalá ilumine todas as mentes e corações!
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RIVALIDADE ENTRE VÓS MÉDIUNS




 
Remanescente dos instintos agressivos, a rivalidade é presença negativa no caráter humano, que a criatura deve superar.

Se a competição saudável é estimuladora para desenvolver os valores humanos, potenciais, momentaneamente adormecidos, a rivalidade decorre do primarismo animal, que atira as criaturas umas contra as outras.

O rival é antagonista apaixonado, a um passo da violência, na qual derrapa facilmente, facultando-se a explosão de danos graves para si mesmo, bem como para os outros.

Infelizmente, perturbando a sociedade, na luta pela predominância do egoísmo, a rivalidade entre os homens leva-os aos estados belicosos, quando a solidariedade os engrandeceria, propiciando bênçãos a toda a comunidade.

É natural que, também, entre os médiuns, o morbo das rivalidades injustificáveis irrompa, virulento, enfermando quantos lhe permitem o contágio.

Invigilantes, olvidam-se da terapia do amor e deixam-se infelicitar, asfixiados pela inveja, pela mágoa, pelo ciúme, contribuindo para as lutas inglórias que, lamentavelmente, se instalam nos grupos, nos quais estes se encontram a serviço.

No contubérnio que se estabelece, a rede da insensatez divide os membros do trabalho, que passam a antagonizar-se, embora abraçando os ideais da liberdade, da tolerância, do amor, da criatividade.

Tais rivalidades têm sido responsáveis pelo malogro de empreendimentos significativos, elaborados com carinho através dos anos, e que se desgastam e se desorganizam com facilidade, tornando-se redutos de decepções e amarguras.

A rivalidade é um mal que aguarda solução, combate de urgência.

Surge de forma sutil; instala-se com suavidade, qual erva parasita em tronco generoso, e passa a roubar a energia de que se nutre, terminando por prejudicar o hospedeiro que lhe dá guarida.

O médium deve ser um servidor da Vida, a benefício de todas as vidas.

A sua há que tornar-se a luta pelo auto-aprimoramento, observando as mazelas e estudando as deficiências, a fim de mais crescer na escala dos valores morais, de modo a sintonizar com as entidades venerandas, nem sempre as que se tornaram famosas no mundo, mas que construíram as bases da felicidade pelo amanho do solo dos corações na execução do bem.

A ele cabe disputar a honra de servir e não a de aparecer;
de ceder e nunca a de impor; de amar e jamais a de fruir, apagando-se, para que resplandeça a luz da verdade imortal de que se faz instrumento.

Como do homem de bem se esperam a preservação e vivência dos valores éticos, do instrumento mediúnico se aguarda o perfeito entrosamento emocional e existencial entre o de que se faz portador e o comportamento cotidiano.

O médium espírita é simples, sem afetação, desprovido do tormento de provar a sua honestidade aos outros, porque sabe que, no mundo, somente se experimentam aflições, conforme ensinou Jesus. Ademais, ele reconhece que está a serviço do bem, ao qual lhe cumpre atender com naturalidade e paz.

Médiuns rivais são antagonistas em justas infelizes, buscando vitória em nome das vaidades que corrompem o coração e envenenam a razão.

Se alguém se apresenta mais aquinhoado para o serviço mediúnico, mais endividado certamente o será, porquanto a mediunidade a serviço do bem é via de acesso e de redenção para o espírito, e não moldura brilhante para as fulgurações terrestres.

Ao invés de rivalidade competitiva, fomentemos a oração e o auxílio fraternal entre todos, a fim de que o êxito se apresente, não pelo aplauso humano, porém pela abnegação e largo trabalho de edificação do bem entre os homens.




Espírito: Vianna de Carvalho 

Médium: Divaldo P. Franco




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O MUNDO FALA DE MEDIUNIDADE!!







O poder dos médiuns

 
Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom.

O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declararam seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina. A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo. Mas nada se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programas de tevê e rádio. Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.

Embora não haja estatísticas de quantos entre os praticantes são médiuns, o que se observa é uma quantidade maior de pessoas que afirmam possuir o dom. O interesse pela religião fundamentada por Kardec (por isso também chamada de kardecismo) é confirmado pelo recorde de público do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito, do cineasta Glauber Filho: 250 mil espectadores, desde o lançamento nos cinemas, em 29 de agosto. Um número alto para uma produção nacional. O filme, com o ator Carlos Vereza (também praticante do espiritismo) no papel-título, conta a história do cearense que ficou conhecido como "médico dos pobres", se tornou ícone da doutrina e orienta médiuns em centenas de centros a se dedicar ao bem e à caridade.
 

PSICOGRAFIA

Instrumento por meio dos livros

A psicóloga Marilusa Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, é conhecida no espiritismo pela sua vasta literatura psicografada. Em 40 anos de dedicação à mediunidade, publicou 61 livros. Seu orientador é o espírito do poeta Tomás Antonio Gonzaga, que participou da Inconfidência Mineira. A dedicação à psicografia levou Marilusa a fundar em 1985 a Editora Espírita Radhu, sigla para renúncia, abnegação, desprendimento e humildade, a base dos ensinamentos na doutrina. Ela reúne outros dons, como ouvir, falar e enxergar espíritos e ser instrumento deles na pintura mediúnica. "Os vários tipos surgiram desde a infância", conta Marilusa, que nasceu numa família espírita. "O controle da mediunidade é indispensável. O médium não é joguete do espírito. Eles interagem, num acordo mútuo de tarefa."

Os espíritas dizem que todas as pessoas têm algum grau de mediunidade. Qualquer um seria capaz de emitir pensamentos em forma de ondas eletromagnéticas que chegariam a outros planos. O que torna algumas pessoas especiais, segundo os praticantes, a ponto de se transformarem em canais de comunicação com os mortos, é uma missão – designada antes mesmo de nascerem, determinada por ações em vidas anteriores e que tem na caridade o objetivo final. "É uma tarefa em favor da evolução de si mesmo e da ajuda ao próximo", diz Julia Nesu, diretora do departamento de doutrina da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Fenômenos relacionados a pessoas que falavam com mortos e envolvendo objetos que se mexiam são relatados desde o século XVII, tanto na Europa quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam compreender o fenômeno. Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro dos médiuns é diferente dos demais.

São cinco os meios de expressão da mediunidade. A psicografia, que consagrou Chico Xavier, é a mais conhecida. Nela, o médium escreve mensagens e histórias que recebe de espíritos. Estaria sob o controle deles o que as mãos transcrevem. A vidência permite enxergar os mortos que não conseguiram se desvencilhar da Terra ao não aceitarem a morte ou que aparecem para enviar recados a entes queridos. Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e reproduzir o que os espíritos dizem e pedem. A psicopictografia, ou pintura mediúnica, permite ao médium ser instrumento de artistas desencarnados (termo usado pela doutrina para designar mortos). A mediunidade da cura é responsável pelas chamadas cirurgias espirituais. Não é incomum um mesmo indivíduo reunir mais de um tipo de dom.

 

VIDÊNCIA 

Ver e auxiliar aqueles que estão em outro plano

Aos cinco anos, o chefe de faturamento hospitalar Ivanildo Protázio, de São Paulo, 49 anos, pegava no sono com o carinho nos cabelos que uma senhora lhe fazia todas as noites. Descobriu tempos depois que era a avó, morta anos antes. Aos 19 anos, os espíritos já se materializavam para ele. "Nunca tive medo. Sempre me pareceu natural." A mãe, que trabalhava na Federação Espírita, o encaminhou para as aulas em que aprenderia a lidar com o dom. Hoje, Protázio é professor de educação mediúnica. Essa é uma parte da sua missão. A outra é orientar os espíritos que lhe pedem auxílio para entender o que aconteceu com eles. A oração é o remédio. "Os espíritos superiores me ensinaram a importância da caridade para nossa própria evolução."

A reportagem de ISTOÉ presenciou uma manifestação mediúnica em Indaiatuba, interior de São Paulo. O tom de voz baixo e os gestos delicados de Solange Giro, 46 anos, sugeriam que ela carrega certa timidez ao expor a própria vida numa conversa com um estranho.

Cerca de duas horas depois, porém, é difícil acreditar no que os olhos vêem. Diante de uma tela em branco, sobre uma mesa improvisada com dezenas de tubos de tinta, a mulher começa a pintar um quadro na seqüência de outro. O tempo gasto em cada um não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. "Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola", diz, minutos antes da apresentação. A discreta Solange dá lugar a uma pessoa que fala alto, canta e encara os interlocutores nos olhos, com ar desafiador. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos – e já mortos –, como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral. Seria uma interpretação digna de uma atriz? Talvez.

O que difere o momento de uma encenação é subjetivo e dá margem a dezenas de explicações – convincentes ou não. Talvez seja possível encontrar respostas no que a artista diz a cada uma das pessoas da platéia presenteadas com um dos dez quadros produzidos na noite. Enquanto entregava a obra, ela desferia características e situações de vida de cada um absolutamente desconhecidas dela. O mentor que a guia é o médico holandês Ernst, que viveu no século XVII. A sensitiva garante que era ele, não ela, quem estava presente na pintura dos quadros.

Nem sempre é fácil aceitar a mediunidade, que pode causar medo quando começa a se manifestar. "Ainda hoje não gosto quando vejo o possível desencarne de alguém. Nestas horas, preferia não saber", conta a psicóloga Marilusa Moreira Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, que psicografa. O médium de cura Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos, chegou a se afastar da doutrina. "Aos 13 anos não entendia por que presenciava aquilo." Para manter a sanidade e o equilíbrio, as pessoas que possuem dons e querem fazer parte da religião espírita precisam se dedicar à educação mediúnica. O curso leva cinco anos. Inclui os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados. Entre eles, o combate a falhas de com portamento, como vaidade, orgulho e egoísmo. O espiritismo prega que as imperfeições da personalidade atraem espíritos com a mesma vibração. "O pensamento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios. Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de espíritos alcoólatras", afirma o professor de educação mediúnica Ivanildo Protázio, 49 anos, de São Paulo, que tem o dom da vidência. 


PSICOFONIA 

Falar o que os espíritos querem dizer

A intuição do servidor público Geraldo Campetti, 42 anos, de Brasília, começou na infância. Ele tinha percepções inexplicáveis, das quais mais ninguém se dava conta. Era como se absorvesse sentimentos que não eram seus. Apenas identificava que existia algo além do que seus olhos enxergavam. Até que as sensações começaram a tomar forma. Campetti passou a ouvir súplicas de ajuda. De espíritos, inconformados com a morte. Aos 29 anos, não se assustou. De família kardecista, conhecia a mediunidade. "Mas sabia que precisava estudar para manter o equilíbrio", diz. Hoje diretor da Federação Espírita Brasileira, afirma ter controle sobre o dom de ouvir e transmitir recados dos mortos. Eventualmente, um espírito pede uma mensagem à pessoa com quem ele conversa. "Isso é espontâneo, não da minha vontade."

Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais. Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?

Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em "carne e osso". A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. "Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço." O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. "É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal", afirma o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.

 

CURA 

Cirurgias sem dor nem sangue

O primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. "É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos."

Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. "Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal", afirma Oliveira. Ele também atende no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. "Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos." Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódico The Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo). Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalências inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.

A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.

A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas. Os estudiosos concluíram se tratar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.
 

PSICOPICTOGRAFIA 

Milhares de quadros pintados

Criada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. Era um treino para ser iniciada na pintura mediúnica. "Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. Estão guardados. Não tive autorização para mostrálos", conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. O dinheiro é revertido para a caridade.

O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. "Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?" Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.
 

Matéria de capa Revista Isto É - outubro 2008

por Suzane Frutuoso.




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MEDIUNIDADE OSTENSIVA...







Na Idade Média, durante o sombrio período de imposição social da Inquisição que punia a todas as manifestações de expressão que fossem consideradas, conforme o código de valores religiosos da Igreja, transgressivas milhares de médiuns foram perseguidos, capturados, julgados à morte e executados.
Porém, nos dias de hoje, apesar de estarmos livres das ameaçadoras sombras da Inquisição, ainda perduram no nosso inconsciente coletivo resquícios daquela época. De que forma? Através de como "enxergamos" ou aceitamos, muitas vezes sem questionarmos, as origens e os porquês da existência entre nós de tantas patologias psíquicas. A esquizofrenia, por exemplo, e suas características principais: alucinações visuais e auditivas, delírios. Quantas destas pessoas "alucinadas" não estariam, desde criança, dizendo a verdade, ou seja, tentando nos dizer que realmente enxergam vultos e que realmente ouvem vozes? E quantos desses indivíduos não seriam dotados de uma mediunidade ostensiva não desenvolvida?
A mediunidade é uma faculdade inerente à natureza espiritual humana. Ela se manifesta de diversas formas através do ciclo vital de uma pessoa, seja na infância, na puberdade, na adolescência ou na fase adulta. Existe, porém, um tipo de mediunidade peculiar em relação às suas características próprias: a mediunidade ostensiva, que por exigir de seu portador estudo e dedicação no desenvolvimento equilibrado deste potencial, poderá, por outro lado, causar-lhe certos desconfortos se este canal de contato com o plano espiritual não estiver sendo, em benefício próprio, conscientemente usado.
O médium, no exercício do seu trabalho, é uma ponte ou instrumento de ligação entre duas "realidades" que, conforme as Leis Divinas, se completam e se fundem no processo de evolução da consciência do próprio médium e também da Humanidade.
Temos médiuns na literatura, nas art es plásticas, nas artes cênicas ... enfim, que inspirados pela espiritualidade, nos remetem às mais belas imagens e mensagens de otimismo, de amor ao próximo e de fé e esperança na Humanidade Regenerada.

Por Flávio Bastos - Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.

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VIGILÂNCIA DO MÉDIUM






 
 
Questão 12- O que deve fazer o médium quando influenciado por entidades da reunião, no trabalho, no lar? Quais as causas dessas influências? 
 

Divaldo responde: No capítulo 23º de O Livro dos Médiuns, Da Obsessão, o Codificador reporta-se à invigilãncia das criaturas. É natural que o indivíduo seja médium onde quer que se encontre. A mediunidade não é uma faculdade que só funcione nas reuniões especializadas. Onde quer que se encontre o indivíduo, aí estão os seus problemas. É perfeitamente compreensível que não apenas na oficina de trabalho, como na rua, na vida social, ele experimente a presença dos espíritos; não somente presenças positivas, como também perniciosas, entidades infelizes, espíritos levianos, ou aqueles que se comprazem em perturbar e aturdir. Cumpre ao médium manter o equilíbrio que lhe é proposto pela educação mediúnica. Mediante a educação mediúnica pode-se evitar a interferência desses espíritos perturbadores em nossa vida de relação normal, para que não venham os a cair na obsessão simples, que é o primeiro passo para a subjugação - etapa terminal de um processo de três fases.
Quando estivermos em lugar não apropriado ao exercício da mediunidade ou à exteriorização do fenômeno, disciplinemo-nos, oremos, volvamos a nossa mente para idéias otimistas, agradáveis, porque mudando o nosso clichê mental, transferimo-nos de atividade espiritual.
É necessário que os médiuns estejam vigilantes, porque é muito comum, graças àquele atavismo a que já nos reportamos, a pessoa se caracterizar como médium por meio de pantomimas, de manifestações exteriores. Como querendo provar ser médium, a pessoa insensata faz caretas, toma choques, caracterizando-se com patologias nervosas. A mediunidade não tem nada a ver com essas extravagâncias muito ao gosto dos exibicionistas.
Como acontece com pessoas que, quando escrevem com a mão, também escrevem com a boca, retorcendo-se, virando-se. Não tem nada a ver uma coisa com outra. A pessoa para escrever assume uma postura correta, que aprendeu na escola.
O médium deve aprender também a incorporas sem esses transtornos nervosos. No exercício da mediunidade é preciso educar a postura do médium, para que ele seja intermediário equilibrado, não dando ensejo a distonias na área mediúnica.



Fonte: Livro Diretrizes de Segurança; Por Divaldo P. Franco e Raul Teixeira




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RECOMENDAÇÕES AOS MÉDIUNS








1. Orar, sempre que possível, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe que fortaleça seus guias e protetores para a prática da caridade;

2. Ler, nas horas de folga, um livro ou jornal instrutivo sobre a Umbanda, Espiritismo ou o Evangelho, assim reeducando o próprio espírito;

3. Fazer tudo para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, nem discussões, preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos à noite no terreiro;

4. Nos dias de sessões, abster-se de carne, pois esta diminui o magnetismo, enfraquece o teor vibratório e desgasta as energias vitais, dificultando as incorporações;

5. Não se fanatize pelos cultos afro-brasileiros, evitando discussões estéreis, violentas ou exageradamente apaixonadas ou falando a todo instante a respeito de fatos relacionados com a Umbanda. Troque idéias nos momentos certos, em conversas sérias, em que haja interesse em se aprender algo útil;

6. A força de seus trabalhos em benefícios dos irmãos, depende do seu amor por eles. O lema a ser adotado é: "Amar e perdoar; aprender e servir";

Lembre-se: Trabalhar em prol do conceito da Umbanda é dever de todos nós.

OXOSSI

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EM HOMENAGEM A UMA GRANDE AMIGA.....K



Oxóssi, ou Oxoce, na Umbanda é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião.
É um Orixá caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento.
Logo, é o médico, cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados
tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
O Orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um comentário.
Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento superior
que explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente do pólo positivo da linha do Conhecimento.
O fato é que o Trono do Conhecimento é uma divindade assentada na Coroa Divina,
é uma individualização do Trono das Sete Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos magnéticos da linha do Conhecimento.
O Orixá Oxóssi rege o pólo positivo e a Orixá Obá rege o pólo negativo.
Oxóssi forma com Obá a terceira linha de Umbanda Sagrada, que rege sobre o Conhecimento.
Oxóssi irradia o conhecimento e Obá o concentra. Oxóssi estimula e Obá anula. 
Oxóssi vibra conhecimento e Obá absorve as irradiações desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do Conhecimento.
Oxóssi é vegetal e Obá é telúrica.
Oxóssi é de magnetismo irradiante e Obá é de magnetismo absorvente.
Oxóssi está nos vegetais e Obá está em sua raiz, como a terra fértil onde eles crescem e se multiplicam.
Oxóssi é o raciocínio arguto e Obá é o racional concentrador.
Oxóssi é a busca, é a procura, é a curiosidade, é o movimento contínuo na evolução dos seres na apresentação de novos conhecimentos, de novos horizontes, etc.
   Simbolicamente representamos Oxóssi com sete setas, que são as sete buscas contínuas do ser.Oxóssi expande, irradia e impele os seres.



Do livro “O CÓDIGO DE UMBANDA”, Obra psicografada por Rubens Saraceni, Editora Madras


- OKÊ-A-RÔ, OXÓSSI!
A Vossa benção, meu Pai!
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A SENDA DO MÉDIUM




 
 
 
 
O que vou comentar aqui não é pretendido como mensagem de pessimismo e desânimo aos que, como eu, trabalham em parceria com a Espiritualidade em prol da felicidade no coração das pessoas; mas sim, e antes, aviso de perseverança e otimismo, e de que jamais nos veremos apartados do amparo daqueles que nos assistem a partir do invisível, desde que saibamos cerrar defesas, sem descambar irreversivelmente para um estado depressivo crônico, toda vez que a vida nos colher, a nós, médiuns, que possuímos um tipo de sensibilidade "diferente" e mais exacerbada, com imprevistos e com contrariedades.
A missão daquele que se comprometeu, anteriormente à reencarnação, com este tipo de trabalho peculiar, costuma ser melindrosa e cheia de nuances de molde a colher em cheio os próprios médiuns, em qualquer instante em que se ache desprevenido. E, creiam, é mais do que comum, por mais preparado que se encontre, tendo em vista os sobressaltos e o stress das múltiplas tarefas cotidianas na vida moderna.
Ocorre que, dado este mesmo estado de turbulência da fase evolutiva atual na face do orbe, o trabalho do médium desagrada a muitos - de ambos os lados da vida - e se faz imperativo que este se ponha em guarda contra as emissões de negatividade que o vão atingir maciçamente, no decorrer do seu desempenho, tão logo se veja disposto, decididamente, a por "mãos à obra" na grata, porém séria missão de servir de instrumento para que a Espiritualidade - empenhada no auxílio ao avanço evolutivo dos seres - manifeste sua palavra de inestimável valor.
Hostes do invisível, engajadas na obscuridade espiritual da humanidade, visando a manutenção do poder tacanho que rege a materialidade mais grosseira, se levantam em massa contra os que se empenham neste labor. Com tanto mais vantagem em termos de ação, exatamente por agirem do invisível.
Ora, ocorre que há médiuns e médiuns; mais ou menos imunes à influência direta do astral mais denso, quanto mais ou menos se empenhem em afinizar suas próprias vibrações espirituais com a faixa mais seletiva da esfera invisível, por meio do próprio burilamento íntimo, no esforço contínuo de realizar e trilhar na matéria o excelso caminho que tantos sábios do passado nos legaram como bússola inigualável, a exemplo do próprio Jesus.
Quanto mais se mantenha o médium imune a estes ataques, pelo sucesso da sua compatibilidade com as áreas mais seletas da espiritualidade, no entanto, mais se lhe exigirá cautela: um estado de alerta constante para consigo mesmo, pois que, muitas vezes não alcançando atingi-lo diretamente, pelo preparo interior de que dispõe, combinado com o amparo e a defesa dos guias e dos mentores, estes irmãos espirituais menos felizes buscarão acertá-lo "por tabela", usando de medidas paralelas que alcancem minar-lhe o ânimo no trabalho realizado; tentando enfraquecer-lhe a fé naquilo que realiza, e, por vezes, comprometer-lhe a credibilidade perante sua própria consciência e perante o próximo.
 
 
E como isto se dá? No uso de terceiros, como armas de tiro indireto.
 
 
Na nossa convivência diária com uma enorme variedade de pessoas, existem muitos que pouco se dão conta destas coisas, ou que, se algo percebem, nem que intuitivamente, não lhe atribuem o devido peso, descuidando de si mesmos e da qualidade de seu estado espiritual, e mantendo, com isso, portas abertas a todo tipo de influência do astral por intermédio de aborrecimentos por coisas menores; ódios; desavenças; malícia descuidada e xucra; maledicência, e todo um cortejo de estados íntimos indesejáveis que baqueiam drasticamente a nossa condição vibratória, proporcionando lamentável acasalamento de energias com estes seres da invisibilidade que, assim, encontram situação ideal para usarem um sem número de criaturas desavisadas como "massa de manobra", a fim de atingirem aqueles que, mais despertos, e de antemão comprometidos com o serviço de saneamento evolutivo do mundo, oferecem maior resistência em desertar e mergulhar nas condições lamentáveis que dominam a atmosfera espiritual terrena nos dias de hoje.
Por isto é tão comum toda sorte de reveses e contratempos se abaterem sobre os médiuns durante a realização dos trabalhos de ordem espiritual. Mil escolhos: desavenças familiares graves; doenças imprevistas; contratempos lastimáveis de ordem profissional; empecilhos justo no momento de se engatar um novo projeto mediúnico, ou um trabalho de profilaxia espiritual em Casas Espíritas; um sem número de contratempos inexplicáveis, mobilizados contra o médium, mais das vezes, justo por aqueles que se lhe achem mais próximos: o filho que não compactua com a atividade espírita do pai; o marido incompreensivo e difícil; o chefe do trabalho intransigente, imerso na valorização doentia das miudezas transitórias do poder. Críticas inclementes de onde menos se contava, e daqueles de quem mais esperávamos compreensão e empatia; ironias impiedosas; palavras ferinas; calúnias...
Todo médium preparado, pois, sabe, ou deveria saber, que se empenhar na causa Espiritualista, e na transmissão das Verdades eternas, implica em missão delicada e árdua, e não em exibição de fenômenos espetaculares que alimentam o ego e propiciam apresentações na televisão.
Como irmã de causa, e discorrendo de cima da própria experiência, é a estes, em especial, que dirijo este lembrete. Aos que me acompanham de há algum tempo na senda escolhida, seja de qual vertente religiosa ou filosófica forem; aos simpatizantes e estudantes do assunto que, no ardor do entusiasmo do princípio, apenas iniciam um caminho cheio de felicidade imperecível, mas também repleto de desafios inevitáveis.
Já Jesus alertava que os discípulos fossem mansos como as pombas, mas, também, alertas como as serpentes.
O recado é oportuno também aos discípulos de hoje, porque não foi outra a razão, de dentro das circunstâncias daquela época recuada, para que o Mestre da Luz de todos os tempos, certamente sabedor destas coisas, alertasse os que então se empenhavam no trabalho em favor das claridades espirituais no mundo.
 
 
 
 
Texto de Lucilla e Caio Fábio Quinto
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MENSAGEM DO ANCIÃO





(Nas Telas do Infinito com Jesus)



Aqueles que são médiuns da Luz são trabalhadores do Céu, que criou a Terra; são como alto-falantes do Eterno, por onde as vozes dos espíritos alertam os homens.


Muitas vezes, o Alto envia seus emissários, que trazem boas novas do Céu entre os homens. 


Em determinadas épocas, eles se manifestam no plano físico; em outras, operam invisivelmente, sem que a humanidade note a sua presença.

E, hoje, eu quero contar uma história sobre Jesus. 


E era o meu avô, o Ancião, que me contava essa história. 

E ele me contou isto muitas vezes; e eu, que era criança, não entendia direito, mas guardei as palavras dele no meu coração. 

O meu avô era um sábio, tranquilo e humilde.


Homem de poucas posses, nunca teve status e trabalhou a vida inteira. 

Nunca ouvi qualquer reclamação dele para com qualquer outra pessoa. 

Nunca o vi irritado. Para todos, sempre tinha um palavra de conforto e de apoio; e ele sempre rezava quietinho no seu canto. 

Ele ligava o seu coração ao Coração de Jesus...

Ele curou muitas pessoas e também libertou muitos espíritos presos, em muitas ocasiões. 


E me contou as histórias de Jesus, e me disse que quem as contava para ele, por sua vez, eram os anjos, que desciam numa coluna de luz em sua morada. 

E esses anjos projetavam imagens da época de Jesus na Terra, e diziam para ele que essas imagens estavam gravadas na aura do planeta, disponíveis para todos que tivessem o coração aberto.


E nessas imagens, o meu avô via Jesus conversando com seus discípulos e com as pessoas da população simples.


Ele viu a decida de Jesus à Terra, que foi como um raio cortando os diversos planos e descendo no orbe. 

Desde o momento de sua descida, havia uma Coluna de Luz sobre Ele, que entrava sobre sua cabeça e ia até os seus pés.


Uma proteção divina constante. Mesmo encarnado num corpo da Terra, Ele estava ligado ao Céu, e sua encarnação não era uma descida comum.

Assim como outros instrutores espirituais ao longo da história, Ele também desceu numa missão especial. 

E Ele foi crescendo em Glória e Luz e, desde pequeno, manifestava diversos poderes incompreensíveis até para os seus pais. 


E Ele descobriu que teria que manter esses poderes sob controle, para não assustar as pessoas. 

E Ele foi crescendo... 


E a Coluna de Luz sobre Ele, todo o tempo. 

E, sim, Ele levitou sobre as águas.


Não é um mito. Porque Ele podia flutuar, e sabia como fazer para vencer as leis da gravitação. 

Mas Ele não costumava fazer isso, porque jamais ficaria acima de seus semelhantes. 

Por isso, ele mantinha suas capacidades sob um certo controle, pois Ele não queria manifestações externas desse poder. 

Ele queria a transformação das consciências e a transmutação dos corações.

E o meu avô me contou que também O viu conversando com as pessoas simples e com os discípulos, e que eles não entendiam metade do que Ele falava, porque eles cometiam o erro de tentar escutá-Lo com a mente. 


Mas Ele usava da linguagem do Espírito, que só é compreendida pelos corações. 

E os poucos que compreenderam sua mensagem, dentro do coração, tiveram o Amor como a aurora que surgiu em meio às trevas de suas limitações. 


Suas palavras calaram fundo, porque falavam diretamente ao Espírito. 

E Ele caminhou pela Terra até o momento final de seu trabalho... 


E Ele sabia que os fracos do caminho não eram aqueles que caíam sobre o poder da espada ou do governo do mundo. 

Os fracos eram aqueles que, supostamente, detinham o poder do mundo - os arrogantes, os que se achavam muito fortes.

Ele sabia que sempre haverá um amanhã e que, aquele que planta, com certeza colherá...


Ao ver alguém caído sob o peso da violência, Ele não se abalava; mas Ele tinha grande compaixão por quem praticava a violência, porque ali Ele via o verdadeiro doente. 


Ele via dentro dos corações aquilo que ninguém via. 


E Ele se admirava muito da aurora e do crepúsculo, momentos mágicos.

E, então, Ele se foi... 


Para o Céu de onde veio, deixando a sua mensagem e, ao mesmo tempo, arrebatando muitos espíritos em sua ascensão. 

E o meu avô me contou tudo isso, que ele via, espiritualmente, mostrado pelos anjos. 


E ele sempre reafirmava que, apesar de todo seu poder, Jesus jamais pairaria acima dos seus semelhantes, porque Ele os considerava como irmãos, como iguais diante de Deus.

E o meu avô, no devido tempo, também se foi... 


E eu cresci, formei a minha família e também me tornei avô, no tempo certo das coisas.

Pois, assim como as estações passam, e a fruta verde finalmente amadurece, as folhas verdinhas também caem, em seu tempo. 


E também é assim na vida do homem da Terra... 

E eu também tive o meu tempo, onde as folhas verdes de minha vida física foram secando com a idade. 

E eu tentei contar para os meus netos a mesma história que o meu avô me contava, mas o tempo era outro e eles não ouviam.


E, no momento certo, eu também fui... 

E encontrei o meu avô, rejuvenescido - e eu, também, rejuvenescido. 

E nós contamos muitas histórias, um para o outro, e o meu avô me disse que estava na hora dele ir para outro lugar e que ele me deixaria no posto dele. 


Então, os anjos que se comunicavam com ele, passaram a se comunicar comigo, e eu comecei a ver as mesmas imagens de Jesus. 

E eles me orientaram a descer entre os homens de boa vontade, para recontar a mesma história.

E pela graça de Deus, isto agora é possível. 

Porque Deus coloca mensageiros e médiuns na Terra, que são alto-falantes do Eterno, para que as vozes dos antigos não se percam em sua sabedoria. 


Para que elas possam ser veiculadas no mundo moderno, tão carente de histórias que falem ao coração.

E, hoje, nós podemos estar juntos numa comunhão de corações que intercambiam luzes e sentimentos, que viajam para outros corações, de todos os planos...


E, se vocês me permitem dizer, embora os anos passem, todos vocês são crianças diante da sabedoria do Eterno. 


E criança faz muita birra- tem muita teimosia -, mas, sempre haverá um amanhã... 

E nenhuma birra, nenhuma teimosia, nenhuma espécie de arrogância irão dominar o amanhã de vocês.

Numa outra ocasião especial, eu virei aqui novamente. 


Se for possível a vocês guardarem um lugar para mim, eu me sentarei junto. 

Se vocês reservarem um banquinho de madeira, para que eu me sente como fazia, outrora, eu lhes contarei outras histórias, porque o meu avô também falava do Buda. 

Dizia que Ele era capaz de acalmar as tempestades e as ventanias, e poucos sabem disso. 

E falava também de Sócrates, Pitágoras, Krishna e outros instrutores. 

Há muitas histórias, e mesmo aquelas que o meu avô não me contou, hoje os anjos me contam e me mostram, nas telas do passado, esses acontecimentos maravilhosos, que servem de referência para novas inspirações nos dias de hoje.


Numa próxima ocasião, se Deus assim permitir e vocês guardarem o meu lugar, eu retornarei. 


Ah, hoje eu também sou conhecido como o meu avô era conhecido: eu sou apenas mais um Ancião.

- O Ancião -



(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - Jundiaí, 22 de junho de 2010.)


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