30/04/2012

SIMPLESMENTE,OBRIGADO...

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Hoje é um dia  especial para nosso blog,recebemos dois prêmios pela nossa página na internet,sinto-me orgulhoso pelo simples fato de nunca ter buscado tais prêmios,pois quando iniciei a construção do blog a intenção primeira era somente armazenar e difundir algo que realmente acredito,nas religiões e seus criadores,tendo em vista que "SEM CRENÇA ALGUMA SOMOS SERES VAZIOS E DESPROVIDOS DA AUREA DIVINA".
Gracias aos detentores dos prêmios pelo reconhecimento que nós foi agraciado.

SELOS DARDOS e ESTRELA GUIA.

                                                                                                                       Jaguar Místico.

A Espera

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A Espera

:: Elisabeth Cavalcante ::

Um dos principais males que afligem o ser humano nos dias atuais é a ansiedade. Há um desespero predominante em querer realizar os desejos, de maneira instantânea.

Neste anseio pelas realizações, perdemos uma das maiores riquezas da vida que é o usufruir do momento presente. Isto acontece porque, ao longo do tempo, nos esquecemos de que somos parte indissociável da natureza e, por essa razão, o mais sensato seria que vivêssemos em perfeita sintonia com o ritmo dela.

Se conseguirmos paralisar por alguns instantes nossa ansiedade, e recordar como tudo na existência precisa de um tempo certo para germinar, gerar frutos e amadurecer, certamente nos libertaremos da angústia que é gerada pela necessidade de apressar o ritmo natural da vida.

Nosso ego não aceita ser contrariado em seus desejos, por esta razão, ele nos leva a agir de modo impulsivo, buscando fazer com a realidade se amolde à nossa vontade.

Quando isto não acontece, somos dominados ou pela revolta, ou pelo sentimento de vitimas e, rapidamente, buscamos dentro de nós um motivo qualquer que explique a razão pela qual estamos sendo punidos.

Se encontramos uma explicação, ela vem seguida pela culpa e nos atormentamos remoendo o arrependimento. Se não identificamos um motivo, aí então, culpamos Deus, outra pessoa ou qualquer circunstância externa por nosso sofrimento.

O fato é que raramente nosso ego assume que ele próprio afasta a realização de nossos objetivos, ao se deixar dominar pela urgência e pelo desespero.
Aprender a esperar é um dos maiores desafios da vida, mas é também o que pode nos proporcionar as mais valiosas lições, no que diz respeito ao crescimento interior, à maturidade e à sabedoria.

" Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo. Até as árvores sabem disso - qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as folhas novas logo estarão chegando.

E as folhas novas começarão a crescer. Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade...

Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo - o seu autêntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem conhece os sumos eternos da vida".

Osho - Zen, The Diamond Thunderbolt.

Por que falta o amor?

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Todos nós queremos o amor, queremos ser aceitos e viver coisas boas, mas nem sempre é isso que a vida nos traz. As vezes nos envolvemos em trabalhos que fracassam, em relacionamentos que nos frustram, em amizades que não preenchem nossas expectativas. Tudo isso é rejeição e dor, mas com certeza tudo será maior se a expectativa em relação a questão for grande.

Aprendemos que para viver temos que ter esperança, precisamos desenvolver a fé, acreditar no sucesso de nossas empreitadas, mesmo que haja a mesma possibilidade de sucesso e de fracasso. Porque é assim que a vida funciona. Podemos perder ou ganhar, mas temos que fazer a nossa parte.

Recebi Déia num momento de muito sofrimento; na sessão de vidas passadas, apareceu uma história de escravidão, ela presa, sem ação, tendo que aceitar o que a vida lhe trazia sem questionar, o sentimento era de revolta, mágoa e dor. Quando terminamos ela me contou que o seu casamento de mais de vinte anos acabou com uma traição, e que ela enfrentava um enorme sentimento de impotência frente ao ocorrido, pois durante todo o tempo que ficou casada foi companheira, trabalhou junto, construiu um patrimônio...

Claro que isso explicava a energia que apareceu na vivência de vidas passadas, mas conversando com ela perguntei: Você ainda ama este homem? Quer tentar se aproximar dele de novo?

Fiz estas perguntas porque compreendi que se ela ficasse presa ao fracasso, sua vida não andaria, pois ela já estava dizendo para si mesma que era uma pessoa injustiçada, que o mundo não servia, que as pessoas eram covardes. Enfim, a raiva estava aprisionando aquela mulher. Porque podemos sofrer traições terríveis e nos revoltar, mas não podemos permanecer para sempre nessa vibração. Em algum momento, temos que levantar a cabeça, abrir o coração e tirar de dentro do peito a dor da injustiça e da rejeição. Queria saber se ela estava pronta para começar seu caminho de cura.

Olhando para a parede ela respondeu que não, que ainda não se perdoara, pois durante os últimos tempos do casamento ela foi omissa, tinha se afastado do marido, queria apenas trabalhar, os filhos adolescentes estavam dando problemas, a mãe tinha ficado doente e ela reconhecia que não foi mulher para ele... Nesse momento, vieram muitas lágrimas, muitos sentimentos de arrependimento.

Mas você ainda gosta dele? Perguntei querendo ajudá-la a refletir, porque conforme sua narrativa o que se mostrava era uma necessidade de segurança que o casamento trazia, e não um amor. Afinal, se ela o amasse, mesmo enfrentando problemas, o afastamento entre os dois não teria se tornado um abismo.

O que sempre explico para meus clientes é que quando aparece uma outra pessoa o espaço já existia. Déia se culpava por ter deixado o marido solto. E ai cabe a pergunta: Por que você fez isso? Por que você não deu prioridade ao amor? Será que você estava triste com ele por algum motivo? Por que se omitir na relação? Por que não falar o que sente?

Muitas vezes, não olhamos para nossas ações, vamos deixando a vida passar e deixamos de lado atitudes simples sem refletir sobre a conseqüência de nossos atos. Vamos nos deixando levar pelos problemas, sofrendo, lutando sem perceber que estamos nos abandonando.
Não podemos recusar o aprendizado da vida. Quando algo não dá certo, precisamos olhar para dentro de nós em busca de respostas, que podem ser diferentes do que o mundo nos fala. Aparentemente, Déia estava totalmente encaixada no papel da vítima, mas podemos perceber que ela havia também participado da criação do triste rompimento. Agora é dar tempo ao processo de cura para entender o que de fato está por trás do sentimento de rejeição e da impotência.

Qual será a sua religião?

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Qual será a sua religião?

Mesmo quando nos encontramos convictos em nossa fé, sempre estaremos prontos a novas experiências religiosas. Faz parte da procura do ideal da vida, faz parte do crescimento e da busca da felicidade. Costuma-se trocar de opiniões e de crenças quando a vida não caminha em compasso com os desejos.

O assunto religião, na maioria das vezes, torna-se complexo e difícil, graças a um sério obstáculo chamado fanatismo. Porém, este fanatismo pode mudar de lado a qualquer momento, pois, a não satisfação dos desejos e expectativas poderá resultar no apego a uma outra filosofia, tornando-a a melhor dos mundos.
Mesmo sabendo que existiram e existem muitas religiões não monoteístas, associo o conceito de religião à idéia de um sistema centralizado em um Deus agindo auxiliado por forças sobrenaturais. É natural considerar a crença em um só Deus o ponto de referência para a compreensão de todas as outras religiões. Desse modo, torna-se duvidoso usar o termo religião para filosofias espirituais em que, como no budismo, taoísmo, confucionismo, entre outras, não existem divindades. O que também pode ser observado é que os sistemas ditatoriais contemporâneos, que embora não sejam chamados fenômenos religiosos, psicologicamente falando, merecem tal designação.

Não existe palavra que decifre religião como um fenômeno humano geral. Assim, quando usamos esse termo, estabelecemos, automaticamente, uma associação a um tipo específico de crença, remetendo sempre a uma idéia de um Deus maior.

Então, qualquer filosofia de pensamento e ação seguida por um grupo, e capaz de conferir ao ser humano uma linha de orientação, se transformará, naturalmente, em um objeto de devoção. Não existe, na verdade, qualquer cultura do passado, e parece que não existirá no futuro. Temos que ter a consciência da existência não de um só Deus, mas de um só amor. Todos, perante o universo, somos apenas um, assim como um peixe é apenas um peixe, mesmo tendo várias espécies. Somos seres humanos. Somos, na verdade, frutos de uma só placenta, de uma só energia. Com esta visão, no futuro, quando todos brotarem o seu amor ao próximo, não haverá mais a necessidade das religiões, pois todos já serão a própria religião. Se a felicidade for proclamada e desejada ao próximo, não existirá mais prisão a uma só palavra com diversas interpretações.

O amor é a verdadeira religião. Ele não tem preconceitos, medos ou luxos. Ele é o único e verdadeiro caminho para a felicidade. Ninguém chegou ao topo da espiritualidade sem amor. Ele conduz o ser a ser honesto com sigo mesmo e com o próximo, ele eleva a espiritualidade e se deixa chegar à iluminação.

O autoconhecimento, a razão e a imaginação perturbam a "harmonia", que caracteriza a vida humana. O aparecimento desses sentimentos transformou o ser humano em uma espécie de anomalia, divorciada das leis do universo.

Viemos para este mundo com a energia do amor e, acidentalmente, chegamos ao fim dos nossos dias muito materialistas. Conscientes de si mesmo, compreendemos a nossa impotência e limitações. Percebemos nosso próprio fim, a morte. Materialistas, nunca nos sentiremos livres para seguir o bem ou o mal da nossa própria vida. Não nos livraremos dos nossos pensamentos mesmo que esse seja o nosso desejo, e não nos livraremos do nosso corpo enquanto vivermos, pois ele nos obriga a desejar a vida.

A razão, seu maior privilégio, é, ao mesmo tempo, seu máximo castigo. Força-o a preocupar-se sempre com a solução de discursões muitas vezes insolúveis. A nossa existência difere da de todos os outros organismos, e é por isso que o estado de desequilíbrio é constante e inevitável a todos que se julgam donos da verdade. A consequência disso é um estado de conflito constante.

O humano é o único ser que sente descontentamento, que se sente expulso do Paraíso. Só para ele a vida é um problema, e que tem que ser resolvido a qualquer custo. Ele não pode regredir ao estágio pré-humano, de harmonia com a natureza. Ele continua desenvolvendo a sua razão até poder dominar a sua própria natureza e a a si próprio.

A emergência criou, dentro de cada um de nós, um caminho e duas saídas, o bem e o mal, que nos força a buscar constantemente novas soluções e aí, voltamos a procurar novos caminhos em velhas e novas religiões.

Havendo perdido o Paraíso, a unidade com a natureza, o ser humano se transformou num eterno andarilho, sentindo-se obrigado a progredir sempre, e a conhecer o desconhecido. O que ele deve, na verdade, é procurar explicar-se a si mesmo e compreender o sentido da sua vida. Deve tentar resolver essa dissociação interior, eliminando esse tormento que é a busca por um desejo de ser absoluto. Ele deve buscar uma nova harmonia, que possa superar a maldição que o separou da natureza, dos seus semelhantes e de si mesmo.

Meditação faz muito bem ao corpo físico, também

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Meditação faz muito bem ao corpo físico, também

:: Roberto Inácio ::

A meditação reduz a ansiedade, torna a respiração equilibrada e profunda e propicia uma melhor oxigenação e freqüência cardíaca. Seu reflexo no sono é um repouso mais sereno e tranqüilo e sem interrupções. Ainda no campo da saúde, ela atenua enxaquecas e resfriados, auxilia numa recuperação mais rápida nos pós-operatórios e cria toda uma condição para que a digestão alimentar se processe bem melhor, por que o aparelho digestivo está distendido, sem tensão e, portanto, em condições de receber o alimento.
No campo psíquico, a prática também mantém a pessoa num relativo estado de equilíbrio, com uma lucidez que a impede de entrar em conflitos emocionais internos, principalmente, de origem afetiva. Há, por parte de quem pratica, muito mais clareza mental, objetividade, paciência, compreensão e justiça.

(Esse texto é de Lia Diskin, da Associação Palas Athena, uma das maiores conhecedoras de Meditação no Brasil, e também uma das maiores divulgadoras da Meditação entre nós. Lia, inclusive, dá cursos de Meditação, entre vários outros, todos ótimos, para a formação de divulgadores da Meditação. O curso é maravilhoso, se você puder fazer, faça. Veja o site www.palasathena.org.br)
E eu vou passar para vocês uma Meditação da Medicina Chinesa que eu pratico e acho ótima.

Meditação do Sorriso Interior

Sente-se de uma forma bem confortável, no chão ou mesmo em uma cadeira, com as costas eretas e desencostadas, e comece a olhar para a ponta de seu nariz. A gente fica com cara de 'abobado', mas é um exercício ótimo não só para ganhar foco e concentração, mas também para os olhos. Permaneça assim uns 2 a 3 minutos, mas pode começar ficando menos tempo para não forçar demais os músculos dos olhos.
Leve o olhar, ou apenas imagine, até o 3º olho, o ponto entre as sobrancelhas, feche os olhos e se concentre um tempinho aí, respirando mais profundamente e também de forma mais lenta, tanto na inspiração como na expiração.
Agora, imagine que você está levando a energia acumulada no terceiro olho para os órgãos físicos principais. Primeiro para os pulmões, você 'vê', ou imagina, seus pulmões e agradece a eles tudo o que eles já fizeram, e vai continuar fazendo, por você. Sorria e diga obrigado, obrigado... E você vai ver, ou sentir, os pulmões sorrindo para você e também dizendo obrigado.
Vá repetindo os agradecimentos e sorrisos para o coração, depois para o fígado, em seguida para os rins e, por fim, para o baço e o pâncreas (mais ou menos na mesma altura do fígado, só que do seu lado esquerdo).
Agora, fique mais alguns minutos apenas prestando atenção à respiração e sentindo o enorme bem-estar que vai se espalhando por todo o seu corpo.
Importante: se você tem, ou está, com algum problema em algum desses órgãos, fique mais tempo nessa parte do corpo e sorria e agradeça a esse órgão várias e várias vezes. Porque, pode ter certeza, ele está trabalhando muito para recuperar a sua saúde.
Faça essa meditação diariamente durante 21 dias e só, então, analise os resultados. E aí, já com prática, você pode meditar agradecendo todas as partes de seu corpo: olhos, ouvidos, boca, dentes, estômago, intestinos, reto, sistema esquelético, muscular etc. etc... E quando tiver muita prática, trabalhe também com o cérebro, hemisfério esquerdo, direto e cérebro posterior, o reptiliano... Segundo a Ciência, é impossível sentir o cérebro. Experimente e veja o que você acha dessa opinião.
Se você tiver dificuldade em fazer essa Meditação, comece mais simplesmente, apenas respirando tranquila e profundamente e prestando atenção nessa respiração.
Para mim, a única coisa que existe que chega bem perto da panacéia - o remédio para todos os males - é a Meditação. Experimente e depois nos conte.

Um breve olhar sobre o morrer

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:: Thais Accioly ::
Um breve olhar sobre o morrer
"Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é".
Alberto Caeiro - O Guardador de Rebanhos


É da natureza da vida morrer.
Parece um contra-senso, não é?
É que temos a tendência de dividir tudo em partes e depois já não podemos mais reconhecer o todo.
Assim, separamos o dia da noite, a semente da árvore, a vida da morte, o mar das ondas, dividimos a vida em horas, ciclos. Depois não percebemos mais a vida como uma trama única que a tudo liga e dá sentido.
Como vivemos sem acreditar que para nós a morte também chegará, quando a percebemos rondando nossos passos surge uma urgência de viver. Outro contra-senso.

Muitos dos que já estiveram perto da sua própria morte ou perto da morte de um ente muito amado relatam que, de repente, tudo fica claro e límpido. O que é relevante, o que é essencial se impõe. Naquele momento somos mais puros, livres das máscaras e convenções sociais. Voltamos a rezar, a enxergar com nitidez cores, pessoas, beleza. É comum amar a vida intensamente quando se tem a possibilidade da morte.
Cito aqui Steve Jobs em seu discurso para os formandos de Stanford em 2005:
"Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração".

E se a notícia da possibilidade da morte nos pluga com intensidade à vida, a percepção derradeira de que não há mais como manter a chama da vida acesa naquele corpo, traz uma espécie de raiva intensa, bem como depressão, medos e angústias pelos sonhos não realizados, por aquilo que está incompleto, por aquilo que não se sonhou (ensina Rubem Alves no livro O médico), negações. Além de, às vezes, incômodos físicos de maior ou menor intensidade, dor, internações hospitalares, afastamento dos familiares por causa das imposições hospitalares...
É um momento de intensidade.

Frente à morte da mãe, a filha olha pausadamente sua própria vida e decide intensificar os passos, mudar rumos, fazer as pazes, selar e encerrar compromissos.
A mulher frente à sua própria morte faz as pazes com a vida, com familiares, despede-se da depressão que a acompanhava há 2 décadas. Já não há mais tempo a perder.

Pausa para uma questão e para uma reflexão:
- Questão: por que será que achamos que há tempo a perder quando a morte parece distante? Assistimos TV demais. Ficamos tempo demais lendo notícias de diferentes jornais que não ampliam nossa riqueza interior. Desperdiçamos tempo com brigas inúteis, discussões que não acrescentam, falando da vida alheia, olhando a vida dos outros ao invés de cuidar da nossa vida, trabalhando só para garantir o sustento ao invés de trabalhar para enriquecer nossas vidas. Passamos tempo precioso olhando vitrines, preocupando-nos com pequenas bobagens, olhando só para o umbigo, tendo todo esse mundão para navegar.
- Reflexão: as pessoas nos amam pelo que são e não pelo que somos. Isso também vale para Deus: "Ele nos ama por que Ele é Deus, não por causa do que você fez ou não fez". (Regina Brett, 90 anos de idade)
Podemos ir em frente.

Uma outra família triste, porém, serena, acompanha unida, junto ao leito hospitalar a madrugada do desenlace do pai e marido. E ele que, por sua vez, sentia-se apavorado com a morte tão próxima, pode acalmar sua alma, e respirar com mais alívio, até o momento final, tendo em volta de si familiares entristecidos, porém, serenos, frente àquele momento derradeiro. Teve também o cuidado precioso das gotas de essências florais, na pele, para aliviar a ansiedade e medo que envolve o desconhecido e das preces feitas por um coração amoroso.

Na Terapia Floral, gostamos de acompanhar a vida, esteja ela em que fase estiver: gestacional, terminal, adolescente, criança, doente, saudável, em fase de mudança (o que é sempre - afinal tudo muda o tempo todo), envelhecida, jovem, adulta. Acompanhamos vidas chamadas de deficientes: com paralisia cerebral, em coma, sindrômicas. Gostamos da vida do jeito que estiver.
E se é com extrema compaixão e alegria que devemos acolher a vida que começa, é também com compaixão, serenidade e tristeza que devemos acolher a vida que se encerra.

Digo tristeza, e alguns podem estranhar, porque, afinal, vivemos tempos em que felicidade é o artigo de consumo mais acalentado por essa nossa sociedade, mas a tristeza assim como a alegria, na dose certa e no momento oportuno, é sinal de saúde e de vida, bem como construtora estrutural da boa saúde emocional.
Uma última reflexão: faz parte do amar à vida aceitar a morte como uma continuação da própria vida, que segue viva após a morte.

Autoconhecimento

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Autoconhecimento









 

:: Elisabeth Cavalcante ::

O autoconhecimento é um processo lento que pede, antes de tudo, confiança. A espera necessária para alcançar aquilo que buscamos - uma profunda consciência acerca de quem, de fato, somos - só será suportada se existir dentro de nós a confiança de que a semente inevitavelmente germinará.

Se não estivermos preenchidos por essa certeza, nenhum resultado poderá ser obtido e desistiremos diante do primeiro obstáculo que surgir. E eles serão muitos, pois a mente nos coloca inúmeras armadilhas para nos convencer de que viver sob seu domínio é a única forma de existência possível.

A confiança, porém, não pode vir acompanhada de ansiedade ou expectativa, porque estas constituem os principais entraves para um estado de relaxamento e paz. Aqueles que já se encontram nesse caminho, sabem que ao invés de ansiar pelo resultado final, devemos usufruir de cada instante que vivermos durante essa jornada, pois ela em si já se constitui numa grande bênção.

Se focarmos nossa energia na ânsia por obter algum resultado, certamente deixaremos de enxergar os momentos preciosos que a vida vai colocando em nosso caminho. A serenidade e a alegria são os principais critérios para sabermos se estamos de fato no caminho de volta para nosso verdadeiro ser.

Quanto mais preenchidos por estes sentimentos nos mantivermos, mais perto estaremos da fonte original de onde eles emanam: o divino, a dimensão onde o ego e a mente perderam todo o poder e somente a consciência de uma profunda união com tudo o que existe permanece.

" Da observação à não-mente
... Uma vez que um homem esteja em um estado de não-mente, nada pode desviá-lo de seu ser. Não há poder algum maior que o da não-mente. Nenhum mal pode ser feito a tal pessoa.
Nenhum apego, nenhuma cobiça, nenhuma inveja, nenhuma raiva, nada pode surgir nele. A não-mente é absolutamente um céu puro, sem qualquer nuvem.
Existe uma lei intrínseca: pensamentos não têm vida própria. Eles são parasitas; eles vivem na sua identificação com eles. Quando você diz, 'eu estou com raiva', você está despejando energia vital na raiva, porque você está ficando identificado com ela.
Mas quando você diz: 'eu estou observando a imagem da raiva na tela da mente dentro de mim', você não está mais dando qualquer vida, qualquer alimento, qualquer energia à raiva. Você será capaz de vê-la porque você não está identificado, a raiva é absolutamente impotente, não tem qualquer impacto sobre você, não muda você, não afeta você. Ela é absolutamente oca e morta. Ela passará e deixará o céu limpo e a tela da mente vazia.

... E uma vez que você começa a se mover no caminho certo, o seu êxtase, as suas belas experiências vão se tornar mais e mais profundas, mais e mais amplas, com novas nuances, novas flores, novas fragrâncias.

... Esses são os caminhos e o critério de como escolher: se você se move em algum caminho, usa alguma metodologia e isso lhe traz alegria, mais sensitividade, torna-o mais observador e lhe dá uma sensação de imenso bem estar, esse é o único critério de que você está indo no caminho certo. Se você estiver se tornando mais miserável, mais raivoso, mais egoísta, mais ambicioso, mais luxurioso, estas são as indicações de que você está se movendo num caminho errado.
No caminho certo, a sua felicidade irá crescer dia após dia e suas experiências de belas sensações irão tornar-se tremendamente psicodélicas, muito coloridas, com cores que você nunca viu no mundo, com fragrâncias que você nunca experimentou. Então, você poderá seguir no caminho sem qualquer medo de que possa estar indo errado...

... A meditação com certeza leva à não-mente, assim como todo rio se move em direção ao mar, sem qualquer mapa, sem qualquer guia. Todo rio, sem exceção, finalmente, alcança o oceano. Toda meditação, sem exceção, finalmente, alcança o estado de não-mente.

... Não-mente é uma palavra simples, mas ela significa exatamente iluminação, liberação, liberdade de todas as escravidões, experiência de imortalidade.
Essas são palavras grandiosas e eu não quero que você fique assustado, por isso eu uso uma palavra simples, não-mente. Você conhece a mente... e você consegue conceber um estado em que essa mente esteja sem funcionamento.
Uma vez que esta mente esteja sem funcionamento, você se torna parte da mente do cosmos, da mente universal. Quando você é parte da mente universal, a sua mente individual funciona como uma bela serviçal. Ela terá reconhecido a mestra e ela trará novidades da mente universal para aqueles que ainda estão presos à mente individual.
Quando eu estou falando para vocês, é na verdade o universo que está me usando. As minhas palavras não são minhas palavras, elas pertencem à verdade universal. Esse é o poder, o carisma e a magia delas."
OSHO - Satyam, Shivam, Sundram - tradução: Sw.Bodhi Champak




23/04/2012

Protetores: A Hierarquia dos Anjos

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Seguindo o critério tradicional, são nove (9) os Coros ou Ordens Angélicas: Serafins, Querubins,Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídas em três Hierarquias.

PRIMEIRA HIERARQUIA:

É formada pelos Santos Anjos que estão em íntimo contato com o CRIADOR. Dedicam-se a Amar, Adorar e Glorificar a DEUS numa constante e permanente frequência, em grau bem mais elevado que os outros Coros: Serafins, Querubins e Tronos.

SERAFINS:

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O nome "seraph" deriva do hebreu e significa "queimar completamente". Segundo o conceito hebraico, o Serafim não é apenas um ser que "queima", mas "que se consome" no amor ao Sumo Bem, que é o nosso DEUS Altíssimo.
Na Sagrada Escritura os Santos Anjos Serafins aparecem somente uma única vez, na visão de Isaias: (Is 6,1-2)

QUERUBINS:

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São considerados guardas e mensageiros dos Mistérios Divinos, com a missão especial de transmitir Sabedoria. No início da criação, foram colocados pelo CRIADOR para guardar o caminho da Árvore da Vida.(Gn 3,24) Na Sagrada Escritura o nome dos Santos Anjos Querubins é o mais citado, aparecendo cerca de 80 vezes nos diversos livros. São também os Querubins os seres misteriosos que Ezequiel descreve na visão que teve, no momento de sua vocação: (Ez 10,12) Quando Moisés recebeu as prescrições para a construção da Arca da Aliança, onde o SENHOR habitou, o trono Divino foi colocado entre dois Querubins: (Ex 25,8-9.18-19) Estas considerações atestam que os Querubins são conhecedores dos Mistérios Divinos.

TRONOS:

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Acolhem em si a Grandeza do CRIADOR e a transmitem aos Santos Anjos de graus inferiores. São chamados "Sedes Dei" (Sede de DEUS). Em síntese, os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam aos Coros inferiores, o esplendor da Divina Onipotência.

SEGUNDA HIERARQUIA:

São os Santos Anjos que dirigem os Planos da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos Anjos da Terceira Hierarquia, que vigiam o comportamento da humanidade. Eles são responsáveis pelos acontecimentos no Universo. Esta Hierarquia é formada pelos seguintes Coros de Anjos: Dominações, Potestades e Virtudes.

DOMINAÇÕES:

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São aqueles da alta nobreza celeste. Para caracteriza-los com ênfase, São Gregório escreveu:
"Algumas fileiras do exército angélico chamam-se Dominações, porque os restantes lhe são submissos, ou seja, lhe são obedientes". São enviados por DEUS a missões mais relevantes e também, são incluídos entre os Santos Anjos que exercem a "função de Ministro de DEUS".

POTESTADES:

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É o Coro Angélico formado pelos Santos Anjos que transmitem aquilo que deve ser feito, cuidando de modo especial da "forma" ou "maneira" como devem ser feitas as coisas. Também são os Condutores da ordem sagrada. Pelo fato de transmitirem o poder que recebem de DEUS, são espíritos de alta concentração, alcançando um grau elevado de contemplação ao CRIADOR.

VIRTUDES:

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As atribuições dos Santos Anjos deste Coro, são semelhantes aquelas dos Santos Anjos do Coro Potestades, porque também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São considerados Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve invocar por meio de orações, o auxílio e a proteção de um Santo Anjo do Coro das Virtudes.

TERCEIRA HIERARQUIA:

É formada pelos Santos Anjos que executam as ordens do Altíssimo. Eles estão mais próximos de nós e conhecem a fundo a natureza de cada pessoa que devem assistir, a fim de poderem cumprir com exatidão a Vontade Divina: insinuando, avisando ou castigando, conforme o caso. Esta Hierarquia é formada pelos: Principados, Arcanjos e Anjos.

PRINCIPADOS:

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Os Santos Anjos deste Coro são guias dos mensageiros Divinos. Não são enviados a missões modestas, ao contrário, são enviados a príncipes, reis, províncias, Dioceses, de conformidade com o honroso título de seu Coro.
No livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13) Significa dizer, que são aqueles Anjos que levam as instruções e os avisos Divinos, ao conhecimento dos povos que lhe são confiados.
Porém, quando esses mesmos povos recusam aceitar as mensagens do SENHOR, os Principados transformam-se em Anjos Vingadores, e derramam as taças da ira Divina sobre eles, de forma a reconduzi-los através do castigo e da dor, de volta ao DEUS de Amor e Misericórdia que eles abandonaram propositalmente.

ARCANJOS:

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A ordem tradicional dos Coros Angélicos coloca os "Arcanjos" entre os "Principados" e os "Anjos". Pelas funções que desempenha, acreditamos que ele deve estar colocado no mais alto Coro dos Santos Anjos. Gabriel também é chamado de Arcanjo, e da mesma maneira que Miguel, através das páginas da Sagrada Escritura, vê-se que é conhecedor dos mais profundos Mistérios de DEUS, inclusive foi Gabriel quem Anunciou a MARIA que Ela estava cheia de graças e tinha sido escolhida pelo CRIADOR, para MÃE DE DEUS. Por outro lado, também Rafael é denominado pela Igreja como um Arcanjo. A respeito de Rafael, no Livro de Tobias, ele mesmo confirma que está diante de DEUS:
"Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do SENHOR". (Tb 12,15)

ANJOS:

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Os Santos Anjos recebem as ordens dos Coros superiores e as executam. Outro aspecto que não pode ser esquecido, é o fato de que os Santos Anjos, guardadas as devidas proporções, estão mais perto da humanidade e por assim dizer, convivendo conosco e prestando um serviço silencioso mas de valor incomensurável à cada pessoa. O CRIADOR inspirou o escritor sagrado no Livro Êxodo, da Bíblia Sagrada:
"Eis que envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho preparado para ti. Respeita a sua presença e observa a sua voz, e não lhe sejas rebelde, porque não perdoará a vossa transgressão, pois nele está o Meu Nome. Mas se escutares fielmente a sua voz e fizeres o que te disser, então serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários". (Ex 23,20-22)

SALVE OGUM...............

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Homenagem a Ogum
Sim, nunca tive dúvida de que, no espaço, alguém vela por mim; nunca receei enfrentar as dificuldades da vida terrena que escolhi, pois sei muito bem que alguém muito especial cuida de mim.
Num mundo difícil, de muito receio e ceticismo no tocante à espiritualidade, a vossa presença, po vosso fluido é um balsamo, um oásis para aqueles que procuram na verdade do espírito o verdadeiro caminho de Deus
Desde um passado remoto, busco e anceio por evoluir, e sempre encontrei nas vossas orientações a certeza da vitória. A vossa vibração é o escudo para enfrentar as demandas, o vosso brado é o vigor para renovar meu corpo e meu espírito, e a vossa presença é o laurel mais desejado por quem almeja viver e dizer:
Sou filho de Ogum; Ogum Ê Meu Pai!



APENAS UM CAVALO

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Foi quando eu tinha seis anos de idade que eu pisei pela primeira vez em um terreiro de umbanda. A sensação foi como a de um filho que reencontra a mãe após uma longa viagem. Pude reconhecer de imediato seu cheiro, sua voz, e, principalmente, seu abraço. Percebi então, que eu era parte daquilo e aquilo me era por inteiro. 

De lá para cá já se passaram vinte e sete anos, mas a sensação do primeiro dia ainda não passou. Meu coração ainda bate forte quando sinto o cheiro da erva queimando na brasa e escuto o som dos tambores.
Talvez seja isso o que acontece com qualquer um que encontra a sua religião ou filosofia de vida, não sei, sei que comigo é assim. As lágrimas são tão impossíveis de controlar como a felicidade depois de mais uma missão cumprida. Por mais comprida e cansativa que tenha sido.

Renasci em meio aos brados de valentes Caboclos e às palavras sábias e mansas de alguns que viveram a escravidão. Aprendi a perdoar, mas não deixei de aprender a lutar contra as injustiças, assim como não deixar de sorrir para a dor e as aflições. Solidão eu nunca senti, mas já me arrependi de algumas companhias.

Guiado muitas vezes como um cavalo com três ou mais arreios, me entreguei em um caminho que não sei e nem nunca soube o final, mas sei que é o meu. Chorei a dor das decepções, mas nunca lamentei nenhuma das emoções. Minhas angústias quase me derrubaram, mas me fizeram perceber que somos fortes, quando só nos resta esta opção.

Quando vi meus irmãos e eu sendo humilhados pela nossa fé limpa e cristalina, saí às ruas. Desejei ter mais que uma cara para colocar a tapa. Ofereci a outra face, mas após isso eu não encontrei nada que nos dissesse para recuar. Avançamos.

Enquanto semeávamos, outros tentavam destruir nossa lida com a terra.  Demos, e ainda damos bons frutos. Muitos colheram, colhem e saboreiam até hoje. Pediram-nos para dividir o crédito do plantio, então dividimos. Mas estes não sabem o quanto nossa pele corou no sol. Não sabem o peso da enxada e nem a dureza da terra. Mas dividimos, com o acordo que daquele dia em diante, eles nos ajudariam a plantar. Mais mãos, mais sementes. Certo? Errado!

Bastou alguns arranhões naturais da lida para fazê-los trocar a enxada pela pedra, tentando colher forçadamente algo que a natureza lhes nega. Difícil de entender como se acham humildes dizendo que as pedras que nos atiram são pobres, enquanto nós somos vaidosos porque trabalhamos com enxadas bem eficientes.

Passem por onde passamos, pisem onde pisamos, caminhem como caminhamos, plantem o que plantamos. E só depois queira colher o que colhemos. Encoste seus ouvidos na terra e ouça o que ela tem a dizer. Já fez isso? Já perguntou para quem a árvore produz seus frutos? Já pediu licença para apanhar uma folha?

Não queira ser um guerreiro nem um cavalheiro, seja apenas um cavalo, com muitos arreios. 

PUBLICADO NA COLUNA DE RICARDO BARREIRA NO JORNAL BOM DIA EM 29/10/2011

18/04/2012

SER MÉDIUM É UM PRIVILÉGIO

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Ser médium é um privilégio que traz responsabilidade!

O médium necessita dar boa condição à incorporação do seu Guia através da sua formação moral, de bons pensamentos e boas atitudes.

A vida nos dá oportunidades diariamente para revelarmos essas condições: com os amigos, com os vizinhos, com os familiares e até com os inimigos, pois precisamos contar até dez antes de respondermos à uma ofensa.

Normalmente dizemos: Eu não aturo desaforos, quando deveria ser dado ao desafeto, uma palavra boa, um bom pensamento, isso quase ninguém faz. Até os animais sentem a energia de um pensamento positivo, pois só o amor é capaz de abrandar as feras.
Se não houver no médium esse sentido de amor universal, nunca será um bom médium.

Poderá ser pontual no trabalho, mas é duvidoso dizer que o espírito que dele se aproxima seja um espírito de luz, pois poderá ser um espírito terra-a-terra igual a ele.

Umbanda não é só o trabalho de Terreiro e existe muita coisa que se faz e que só pode ser ensinado aos médiuns que já estejam preparados e em condições para receber, do contrário seria o mesmo que colocar uma arma nas mãos de quem não sabe manejá-la.

Uma Entidade não pode transferir seus conhecimentos sem que haja muita segurança.

O grande obstáculo à aquisição dessa segurança é a vaidade. Grande parcela de médiuns querem ser os tais, procurando terreiros onde eles possam aparecer; isso é muito perigoso.

O médium precisa ser amparado, orientado e lapidado.

Mas como se pode preparar totalmente um médium se o mesmo não tem condições morais para tal?

Como se pode dar conhecimentos mágicos a um médium que tem ódio no coração, que não conhece o perdão, que não sabe amar?

Todos têm o direito de não concordarem com determinados fatos que ocorrem dentro do terreiro; é permitido discordar do próprio Guia Chefe (desde que tenham razão).

Na parte material, os médiuns têm o direito e dever de expor os problemas, de dizer honestamente aquilo que não estão gostando, que não está certo.

Pois isso é uma crítica honesta, leal e construtiva. Mas a crítica que se faz nos bastidores, têm o sentido de destruir.

Muito mais honesto é falar de frente do que criticar negativamente, às ocultas.

Quanto à parte espiritual, não se pode aceitar que os médiuns venham a se destruir, que um ache que o outro é negativo, que é fraco. Isso é amor? Isso é fraternidade?

Se quiserem vencer dentro de um grupo mediúnico é através da união, da fraternidade e do amor.

E mais:

O médium deve zelar pelo seu procedimento moral e também pela higiene do seu corpo que seu Guia irá utilizar.

Há banhos que os médiuns em desenvolvimento necessitam tomar. São forças que são atraídas para fortalecer a mediunidade.

É a parte externa. A parte interna é a formação do sentimento, do caráter.

Há necessidade de se atrair as forças da natureza através dos Orixás.

Mas é difícil fazer isso isoladamente se o médium não tiver a consciência desperta para a vida espiritual. É preferível que os trabalhos junto à natureza sejam feitos em grupo comandados por quem tenha condições para tal.

Não adianta fazer feitiço sem ser feiticeiro. Feiticeiro é quem sabe usar a força mental.

Refiro-me ao mago branco e a magia das forças positivas da natureza. A outra magia que existe, não vale a pena aprender.

Não é correndo de um terreiro para outro que o médium aumenta sua espiritualidade.

É o sentimento de dever cumprido do médium para consigo mesmo e para com o seu Guia.

Dê o contingente de valor ao seu Guia, procure elevar-se cada vez mais para que ele possa utilizá-lo como aparelho, para o bem do seu próximo!

O médium consciente ouve e percebe que o que vai falar não é seu, que há uma inspiração dentro dele, uma força que o dirige.

Ele é apenas um veículo dessa força. Ele se engrandece pela honestidade dos seus propósitos.


Autora:- Fátima Damas é Diretora Executiva da CEUB

HIERARQUIA E PODER DENTRO DO TERREIRO

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Ter poder, e ser de fato detentor de algum poder, são situações distintas em uma comunidade religiosa de Candomblé, isso no meu entendimento.

Veja que sempre me refiro ao meu entendimento pessoal, porque o que escrevo é fruto da minha vivência religiosa.
Caberia melhor dizer que é fruto da observação dos fatos e situações ao longo dos anos, com pessoas que possuem os mais variados desejos de poder, desde aqueles que rejeitam o poder que lhe é concedido, até aqueles que o desejam muito e intensamente e não medem esforços para conseguir o objetivo.

A utilização do poder e da hierarquia numa Casa de Santo não está escrita em nenhum código explícito de conduta, nem mesmo está escrito de fato; a hierarquia e o poder existem pelo simples fato de ser assim e ponto final.
Porém, são a hierarquia e o poder bem aplicados que mantém o grupo unido em torno de um objetivo ou de alguém, um líder. Mesmo se pensarmos em um trabalho filantrópico, sem fins lucrativos, perceberemos a hierarquia por trás do projeto; há sempre um líder, um catalisador, alguém a quem se prestam contas; e numa Casa de Santo não seria diferente.

O que vejo de problemático neste modelo de hierarquia e poder concentrados em mãos pouco habilidosas para o trato com as pessoas, é o fato dessa hierarquia sacerdotal estar diretamente ligada ao status que os postos de zelador, ogan, ekedi ou outro oiê dão a alguns dignitários sem preparo e sem cultura suficientes para exercer estas funções; que lidam direta e diariamente com pessoas, com emoções e sentimentos, com vidas. E, desta forma, o poder se torna um comércio e uma forma de se impor pelo medo.
Para exercer corretamente o poder é necessário, além do "direito conquistado", ter o reconhecimento e o respeito da comunidade.

É necessário ser um líder nato, e não um mero ditador de normas.

Os grandes nomes de nossa religião nem sempre tiveram educação formal completa, mas tinham carisma e sensibilidade. Portanto, a educação a que me refiro nem sempre é a formal, pois educação vem de família e, como somos uma família pergunto:

- Como estamos então educando nossos filhos?
Deve-se ter bem claro em uma comunidade quem é o líder e quem são os liderados. Falo em líder e liderados, não senhores e escravos. Frequentemente se confunde hierarquia com satisfação dos desejos do elemento mais graduado, confundindo liderança com imposição do medo. O bom líder orienta, o mau líder se aproveita da fraqueza do outro para diversos fins.

Como disse antes, em nossa religião não há um código de conduta escrito e formal; cada zelador é livre para fazer ou desfazer o que bem entender da forma como bem entender em sua Casa. Logo, isso leva à formação de entendimentos particulares das noções de respeito à pessoa, e a hierarquia passa a só ter valor quando imposta de cima para baixo e de dentro para fora do grupo detentor do poder, sendo o restante do grupo relegado à condição de mantenedores do "status Real".

Casos típicos de confusão e de má conduta ética são os zeladores que, não tendo cultura ou educação (inclusive formal), quando empossados no comando de uma Casa não hesitam em tratar as pessoas com total desprezo, principalmente os membros da sociedade civil de maior prestígio que lhes frequentam as Casas.

A mim parece um tanto de preconceito ou revanchismo. São pensamentos retrógrados e arraigados de que, fora da Casa, o filho de santo é um médico ou um doutor, mas uma vez dentro da Casa ele fará o que for ordenado, se humilhará e será humilhado. Esse comportamento, associado à falta de ascensão social e reconhecimento profissional do zelador fora do seu próprio meio social/religioso, cria situações de constrangimento e desagrado, e acabam por excluir muitas pessoas que não compactuam com esse modelo.

Educação talvez seja um bom começo.

Não é porque não há um código de conduta que direccione o comportamento dos graduados que estes podem dispor das vidas, desejos, anseios e liberdades alheios da forma como melhor lhes convier. Somos, no mínimo, pensantes e temos sim direito ao bom e respeitoso tratamento, pois hierarquia e poder não pressupõe opressão.

Pelos motivos acima, creio que o que constantemente leva uma Casa a perder seus filhos e ser reconhecida como um local não muito confiável é a falta de capacidade do seu quadro, do seu staff, que geralmente está mais envolvido em disputas internas e silenciosas pelo poder do que centrado no que realmente importa, que é a educação e crescimento dos membros da comunidade. E, nestas disputas, não se leva em conta a sobrevivência da própria Casa como instituição de amparo aos filhos; não se leva em conta nada, somente a obtenção do poder a qualquer custo ou a manutenção dele.

Como disse anteriormente, há também os que rejeitam o poder. Estes não contribuem em nada e se colocam à margem das disputas, mas também não se posicionam contrários a estas. São como já li em um grande livro "Ogãns de bênção", referindo-se às pessoas sem compromisso com a Casa. Não fala especificamente sobre os Ogãns, não há nenhum preconceito, refere-se à generalidade dos cargos e do status que eles proporcionam na comunidade, sem no entanto se envolverem profundamente com seus assuntos.

Claro exemplo de dominação pelo medo se dá em uma consulta de búzios ou a uma Entidade, onde o objectivo principal é a busca de soluções e respostas para um determinado assunto, e essa consulta acaba por impor ao consulente uma série de outros assuntos que não são pertinentes, mas que dão status de grande adivinho ao zelador. Refiro-me aos casos como os declarados no próprio blog sobre informações desencontradas dadas por diferentes zeladores a respeito de um mesmo assunto.

Sei que o jogo não é um tomógrafo de última geração, uma máquina programada para dar sempre os mesmos resultados com margens mínimas de erros, mas falo de percepções e de técnicas diferentes em que até o dia em que se consulta o jogo pode ter influência sobre a leitura. Uma coisa não muda em tudo isso, o interesse em ajudar ou ser ajudado do adivinho. O assunto é esse, eu em particular não jogo nem dou consulta, portanto em princípio não deveria falar dos que o fazem, mas, com liberdade para opinar e responsável em conjunto com a Manuela por divulgar a religião neste espaço democrático, não posso omitir este assunto.

Esse é somente um item de um grande arsenal de formas usadas para impor o medo. No jogo/consulta se "vê" que o consulente "precisa urgentemente" fazer ou deixar de fazer, ter ou deixar de ter diversas coisas e é nesse ponto que começamos a diferir o poder de fato do poder imposto. Afinal, amedrontar uma pessoa se utilizando de um jogo ou de uma Entidade para obter vantagens é coisa fácil, o difícil é encontrar pessoas que queiram orientar e cuidar, dar carinho e uma palavra de conforto. Como disse, é difícil encontrá-los, mas graças aos Orixás pessoas sérias também ocorrem em grande número, pois afinal é para isso que são graduados e ocupam seus cargos.

O objetivo deste texto é dizer que o poder deve ser utilizado para colaborar, para influenciar positivamente, para fazer crescer a comunidade e os filhos, portanto devemos, antes de nos entregar de corpo e alma, avaliar cuidadosamente que tipo de poder queremos exercer e a que tipo de poder estaremos sujeitos.

A busca constante da felicidade conduz à felicidade.
Não sei de quem é a frase, mas é bem interessante.

Jaguar místico.

PENSAMENTO ERRADO

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Macumba, macumbeiro, encosto, olho gordo, mal olhado, mandinga, etc, etc, etc. São tantas as palavras para designar as más energias... e as boas energias? Não se fala Boacumba, bomcumbeiro, olho magro, bom olhado, boandinga... Essas eu realmente não ouvi.

Afinal, é muito mais fácil acreditar que não temos erros e que a culpa é do encosto.
- Não tenho emprego, meu "chefe me persegue", minha mulher é uma bruxa, sou bêbado, os caminhos estão fechados (essa todo umbandista já ouviu). Tudo isso é culpa do tal encosto.
Poderosos esses encostos...

Nós esquecemos do nosso livre arbítrio. Esquecemos que somos imperfeitos. Esquecemos que erramos, Esquecemos que estamos vivos para aprender, crescer em direção ao Criador. Esquecemos que podemos errar. "Errar é humano". Colocar a culpa "nos outros" é feio...
Certamente existem os trabalhos feitos. As famosas macumbas - diga-se de passagem, macumba ê um instrumento musical - são simplesmente "bombas" energéticas endereçadas e programadas para estourar para quem desejamos o mal.

Despachos, galinhas pretas, nome na boca do sapo, fitas amarradas nas vísceras de alguns animais. A imaginação desses "pais-de-encosto" é fértil! Haja criatividade, tempo e pessoas incautas que se prestam a pagar por esse tipo de "trabalho forte".

Esquecem-se que a maior magia vem do coração, da alma, do pensamento. Magia é fazer orações para alguém parar de beber. É clamar por melhores condições no emprego (e claro, trabalhar também), é tentar convencer de que algo è melhor ou pior.

A magia está no pensamento, a nossa vontade.

A pior "macumba" é aquele pensamento fixo em prejudicar alguém. Muito mais forte que qualquer trabalho encomendado.

Outro dia, um preto velho, com seu jeito inerente a todo preto-velho, apenas disse:

"Filho, cada pensamento ruim contra alguém, é como se fosse um pedaço de carvão que você pega e tenta atirar num pano limpo, que está colocado longe de você. Ao terminar de atirar várias pedras de carvão, você vai estar mais sujo que o pano."

Em outra ocasião perguntaram a ele se macumba pegava. A resposta: "Se o pano estiver muito próximo de quem está atirando o carvão, então mais sujo ele vai ficar.. .*' Acho que essas palavras simples e sábias podem esclarecer o que devemos fazer para ficarmos imunes às energias de baixa freqüência.

Devemos deixar o "pano" longe do carvão. Elevar nossos pensamentos, permanecer ligados ao Grande Mestre. Reconhecer nossas limitações e tentar eliminá-las. Viver na alegria. Cantar em dias ensolarados. Correr na chuva. Rir, abraçar, beijar, sentir saudades, comemorar, sentar na praia, conversar com os amigos. Fazendo isso, estamos fazendo um trabalho forte. Um trabalho FORTE (com letras maiúsculas). Fechando nosso corpo das "macumbas". Quebrando trabalho de feitiçaria "braba"!

Simples não?

autor desconhecido

MEDIUNIDADE É COISA SANTA

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O mediunismo é um campo de trabalho onde podem florescer, sob a inspiração de Jesus, as mais sublimes expressões de fraternidade. Traço de união entre a Terra e o Céu, por ele cultivará o homem bem intencionado o sentimento do bem e da legítima solidariedade.
O Evangelho será, agora e sempre, a base da prática mediúnica.

Quanto mais espiritualizado o médium e mais cônscio de sua responsabilidade ante a tarefa sagrada que o Pai Celestial lhe concede, mais rico em possibilidades de engrandecimento da própria alma e de benefício aos desalentados do caminho evolutivo.
Daí a necessidade de o medianeiro afeiçoar-se, primordialmente, a um programa de auto-renovação, a fim de que mais eficientemente possa ajudar a si mesmo e aos outros.

O mediunismo não é simples acidente na vida humana, mas, sem dúvida, programação superior com vistas à redenção de todas as criaturas.
O médium que executa com fidelidade o seu programa de trabalho é feliz viajor que espalha com abundância, nas estradas do próprio destino, a semente dadivosa do amor, que, amanhã, aqui ou em qualquer parte, lhe responderá em forma de flores e frutos.

O serviço mediúnico beneficia não só a encarnados e desencarnados, oferecendo-lhes oportunidades de trabalho, como também ao próprio médium, pelas conseqüências advindas do seu devotamento e da sua perseverança.

O "médium bom", pela sua dedicação, constrói no Plano Espiritual Superior preciosos amigos que, a qualquer tempo e em qualquer lugar, lhe serão admiráveis companheiros e instrutores.

Através da prática mediúnica ajudamos o esclarecimento daqueles que se preparam, no Espaço, para o retorno à vida física, pela reencarnação. São freqüentes as comunicações em que os Espíritos, depois de agradecerem o amparo recebido, despedem-se comovidos, sob aviso de que "vão reencarnar", o que evidencia a utilidade da boa prática mediúnica. Encarnados e desencarnados, empenhados no esforço comum de libertação das teias da ignorância, geradora do sofrimento, recebem igualmente, dos núcleos mediúnicos cristãos, valioso auxílio ao próprio reajuste.

Os grandes Instrutores da Espiritualidade utilizam-se dos médiuns para a transmissão de mensagens edificantes, enriquecendo o Mundo com novas revelações, conselhos e exortações que favorecem a definitiva integração a programas emancipadores. Tudo isso pode o mediunismo conseguir se o pensamento de Nosso Senhor, repleto de fraternidade e sabedoria, for à bússola de todas as realizações. Não são imprescindíveis, a rigor, valores intelectuais avantajados, os quais, aliás, quando divorciados do sentimento ou mal governados, podem conduzir à presunção e à vaidade.

Para o trabalho iluminativo, onde o Bem se expresse na forma de consolação e auxílio, o que menos importa são as posses materiais.

Jesus estará sempre em qualquer lugar onde se exalte o Bem e a Sabedoria. E não podia deixar de ser assim, uma vez que o Suave Amigo nos afirmou, incisiva e categoricamente:

– "Onde estiverem reunidas duas ou três pessoas em meu nome, eu estarei no meio delas."

"Mediunidade é coisa Santa e por isso devemos vivê-la Santamente"

do livro: Estudando a Mediunidade
de Martins Peralva.

O INFERNO E OS EXUS

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Para nós umbandistas não existe o inferno onde existe penas eternas e governado por uma entidade totalmente maldosa pois não há lógica nisso.

Pois se Deus é onipresente como ele estaria lá no inferno assistindo a atos demoníacos aquelas almas em danação sem ter a mínima esperança de salvação?

Então descartamos a ideia desse inferno.
Admitimos que exista zonas espirituais trevosas, onde se encontram espíritos que ainda não atingiram a elevação moral esperada, mas que pode ser conquistada um dia, através de reencarnação e do trabalho árduo na espiritualidade. Nessa região ou plano que chamamos de baixo astral ainda reina uma espécie de barbárie espiritual, já que os valores de seus habitantes não são nada elevados, necessitando de alguém que freie suas ações, não permitindo que encarnados sejam sempre alvos de seus ataques e obsessão.
E essas entidades são os Exus, os guardiões, que atuam como agentes da lei e da ordem dentro desse principio.

Só que teremos que entender a diferença entre o Exu Orixá do candomblé e o Exu catiço(entidade, espírito, guia...)da Umbanda.

Como sabemos, por diversos fatores históricos, houve em nosso país um processo de sincretismo religioso do qual os orixás africanos foram associados aos santos católicos.

Assim Nanã por ser a orixá mais velha, foi associada a Santa Ana, avó de Jesus, Iansã à santa Bárbara pois esta é associada a raios e a trovões e assim sucessivamente.

No entanto com o orixá Exu houve ainda dentro do sincretismo um processo de demonização, pois exu é a divindade ligada à sexualidade e a virilidade; inclusive carregando em suas representações um cetro em forma de penis e tendo sua personalidade um tanto rebelde e irreverente (como nos contam as lendas africanas), não tardou para ser associado ao demônio bíblico. Assim, desde o princípio, Exu foi temido, e provavelmente gostou disso.

Apesar da confusão em torno da natureza de Exu, não podemos esquecer nem menosprezar sua importância dentro do panteão africano, já que atua como mensageiro dos Orixás.

Na Umbanda encontramos também Exu, mas não o Exu Orixá e sim o Exú catiço(entidade,) espírito desencarnado que viveu na Terra e através de trabalho que realiza procura alcançar seu progresso espiritual.

Em Alguns templos de Umbanda também é associado a figuras demoníacas. O Exu na Umbanda é um trabalhador valoroso que indiferente a essas interpretações calcadas na ignorância e visões preconceituosas, segue perseverante no cumprimento de sua tarefa.

O papel do Exu numa gira de Umbanda é de uma importância fundamental, pois ele é que realiza a segurança do templo, para guardar o mesmo de ataques de espíritos zombeteiros e de quimbas.

Em casos de descarrego são os Exus os principais agentes, pois cabe a eles a tarefa de encaminhar cada espírito obsessor ao seu lugar de merecimento.

Exu também é o agente da justiça kármica, sendo sua tarefa levar a cada um o que lhe é de direito ou merecimento - por isso mais confusão em torno do seu caráter, já que ao coração humano é muito fácil aceitar o que é agradável, porém muito difícil entender que os revezes da vida muitas vezes são resultados de nossas próprias ações.

Ao contrário que muitos dizem sobre exu, eles são fiéis amigos, sempre dispostos a ajudar seus protegidos, mas são também bastante rigorosos em relação à conduta dos mesmos.

De uma forma muito simples, podemos fazer uma analogia de Exu com o carteiro e o gari, pois ele traz o que tem que entregar e varre aquilo que deve ser levado.

Por fim Exu não é bom nem mau ele é justo.
laroiê Exu

O QUE FALTA NA UMBANDA

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Dia destes, ao final de uma gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, o Preto Velho regente da casa.

Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele e após se acomodarem ele pediu que todos respondessem uma pergunta simples:

" – Do que a Umbanda precisa?"
E assim um a um foram respondendo:
"- Mais união..."" – Mais estudo..."
" – Mais divulgação..."
" – Mais respeito..."
" – Mais reconhecimento..."
Mais, mais e mais...

Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou:
" – Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? E eu digo que a Umbanda precisa de Filhos!"

Silêncio repentino no ambiente.

Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação.
Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou:

"É isso, a Umbanda precisa sobretudo de FILHOS.

Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza.
Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida seria o mesmo que negar o nome de sua mãe.

-Um filho de Umbanda, dentro do terreiro limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar.
-Um filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo o terreiro, pois sente que ali, no terreiro ele está na casa de sua mãe.
-Um filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer.
-Um filho de Umbanda sente naturalmente que o terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando não está no terreiro sente-se ansioso para retornar e sempre que lá está é um momento de alegria e prazer.
-Um filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo.
-Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda.

Um filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe.

Rodrigo Queiroz

AS DEZ COISAS QUE OS SERES DAS SOMBRAS MAIS GOSTAM

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1. - Que você minta, que não viva a verdade em cada ato, que não faça da vida aquilo que gosta que procure preponderar os interesses materiais em relação aos conscienciais e que jamais cumpra com a sua palavra.

2. - Que você tenha muita dúvida, que sinta-se inseguro o tempo todo e que não tenha fé na vida, nas pessoas e nas possibilidades que o universo nos oferece.

3. - Que você não estabeleça uma conexão com a Fonte Divina ou Deus. Que você acredite que só se vive uma vida. Em especial que você se concentre em aproveitar a vida no sentido de apenas se divertir o tempo todo, principalmente, que você não dê atenção à evolução do amor e da consciência. Quanto menos você pensar e agir no sentido de realizar a missão da sua alma, que é o propósito da sua existência, mais você agrada os seres das sombras e mais você facilita o trabalho deles.

4. - Que você não se preocupe jamais com os outros. Que não pense em caridade, em bem-estar alheio, em colaborar para a formação de uma sociedade mais digna e elevada. Quanto mais você pensa unicamente nos seus interesses mundanos, mais você agrada e facilita o trabalho das sombras.

5. - Que você jamais perdoe, que sinta muita raiva e desejo de vingar-se das pessoas as quais lhe fizeram mal. Além disso, que você faça valer a sua palavra a qualquer preço, sem compaixão, sem paciência e sem respeito. O tipo de campo de energia produzido por esses sentimentos alimenta muito a força dos seres das sombras, oferecendo a eles alimento, energia e campo de ação para suas investidas nefastas.

6. - Que você jamais estude e que nunca busque o desenvolvimento de seus potenciais. Em especial que você seja acomodado, preguiçoso e sem iniciativa. Quanto menos você cuidar do seu corpo, da sua mente, das suas emoções e do seu espírito, mais você ajudará a facilitar o trabalho das sombras. Quanto mais alienado e cético você for, melhor!

7. - Que você seja fanático, determinista, inflexível, convicto e fascinado. Quanto menos tolerância, equilíbrio, leveza e sensatez você tiver nos seus atos, mais você contribuirá para as estratégias dos seres das sombras.

8. - Que você elimine da sua vida a oração, a meditação e qualquer tipo de prática espiritual. De preferência que você substitua essas práticas por vícios como drogas, álcool, fumo, alimentação desequilibrada, jogos e sexo promíscuo. Quanto mais você abandonar práticas saudáveis, mais você contribuirá para abrir a porta de acesso que liga os seres das sombras até você.

9. - Que a sua disciplina seja muito ruim e que você nunca tenha persistência para seguir seus objetivos, para realizar suas práticas diárias de conexão com Deus e que nunca tenha perseverança em seguir os seus sonhos.

10. - Que jamais acredite na sua intuição e que siga apenas a voz da razão e que não confie em nada, absolutamente nada que não seja comprovado cientificamente ou que não tenha relevância acadêmica. Em especial, que você abandone a sua sensibilidade de perceber as coisas e situações, acreditando apenas no que você vê com os próprios olhos. De preferência, quando situações ruins acontecerem em sua vida, vitimize-se e rapidamente encontre um culpado, que certamente não deve ser você.

Não quer alimentar atitudes que atraiam obsessores ou seres das sombras para a sua vida? Quer construir um estilo de vida que lhe faça feliz? Quer estar em sintonia com as Fontes Divinas?
Então, faça um exame de consciência e elimine da sua vida esses comportamentos citados anteriormente. Eliminando esses erros comuns você certamente dará um importante passo na conquista de uma vida cheia de bênçãos e bem aventurança!

por Bruno J. Gimenes

11/04/2012

Oi... Sou seu Orixá!

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"Eu estou ao seu lado e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos.
Sou eu que as vezes altero seu itinerário, e até atraso seus horários para evitar acidentes ou encontros desagradáveis.
Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas "inspirações" que você acredita que acabou de ter como "grande ideia".
Sou eu quem te causa aqueles arrepios quando você se aproxima de lugares ou situações que vão te fazer mal.
E sou eu quem chora por você quando você com a sua teimosia insiste em fazer tudo ao contrário só para desafiar o mundo.
Quantas noites passei na cabeceira de sua cama velando por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suas energias.
Quantos dias eu te segurei para que você não entrasse naquele ônibus, carro e até avião?
Quantas ruas escuras eu te guiei em segurança? Não sei, perdi a conta, e isso não importa.
O que realmente importa, e o que me deixa triste e preocupado, é quando você assume a postura de vítima do mundo
Quando você não acredita na sua capacidade de resolver os problemas, quando você aceita as situações como insolúveis
Quando você para de "lutar" e simplesmente reclama de tudo e de todos
Quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua infelicidade
Quando você deixa de sorrir e assume que não há motivos para rir, quando o mundo está repleto de coisas maravilhosas Quando se esquece até de mim, seu Orixá, aquele que Olorum deu a honra de auxiliar nessa missão tão difícil que é viver e progredir.
Já que me deixaram falar diretamente com você, gostaria de te lembrar,
Que estou ao seu lado sempre, mesmo quando você acredita estar totalmente só e abandonado,Até nesse momento eu estou segurando a sua mão, eu estou consolando seu coração,Eu estou te olhando, e por te amar demais, fico triste com a sua tristeza, mas, como eu sei que você nasceu para brilhar,
Eu agradeço a Olorum a oportunidade bendita de te conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial.
Seu Orixá, que acredita em você!
Ore, Agradeça, Peça, ele está ai contigo te ouvindo:

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