16/06/2010

O MAGNETISMO E AS LINHAS DE TRABALHO DA UMBANDA

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Existem sete tipos de magnetismos, que são planetários e
multidimensionais, e que são as sete individualizações do Regente
Planetário, que é em si mesmo uma individualização de Deus, adaptada
à Sua criação neste ponto do Seu Universo divino ( de Deus).

Nominamos esta individualização de Deus como divino Trono das Sete
Encruzilhadas, pois ele reúne em si mesmo os sete aspectos (vibrações
e essências) divinos (de Deus).

Destas sete individualizações, surgiram sete irradiações, que são os
sete Tronos que formam a Coroa Divina ou o primeiro nível vibratório
do divino Trono das Sete Encruzilhadas. E também surgiram a sete
telas planetárias multidimensionais onde tudo o que acontece é
refletido e chega ao "conhecimento" do " Logos" planetário.

·      As sete telas são sete vibrações magnéticas

·      Os sete Tronos são as sete irradiações energéticas essenciais

As telas e os Tronos têm o mesmo nome, pois as telas são as
refletoras do Trono das Sete Encruzilhadas, e os Tronos são os seus
irradiadores para o primeiro nível ou nível essencial.



Então temos:
Tela Cristalina      Trono Cristalino     
Tela da Religiosidade Trono da Fé
Tela Mineral      Trono Mineral    
Tela da Concepção      Trono do Amor
Tela Vegetal      Trono Vegetal     
Tela do Raciocínio      Trono do Conhecimento
Tela ígnea      Trono Ígneo     
Tela da Razão      Trono da Justiça
Tela Eólica      Trono Eólico     
Tela da Ordenação      Trono da Lei
Tela Telúrica      Trono Telúrico     
Tela do Saber      Trono da Evolução
Tela Aquática      Trono Aquático     
Tela da Criatividade      Trono da Geração

Estes Tronos projetam-se e dão origem a dois novos pólos magnéticos
que são ocupados por divindades irradiadoras de suas qualidades
essenciais.
  +        PÓLO POSITIVO

Então temos:

Trono Essencial
IRRADIAÇÃO NEUTRA
-           PÓLO NEGATIVO

O Trono projeta-se vibratoriamente e faz surgir dois pólos magnéticos
já diferenciados em pólos: positivo e negativo, mas mantém uma irradiação neutra ou essencial, que traz em si qualidades essenciais do Trono que as irradiou.

Observem que o pólo positivo e o pólo negativo formam uma linha de
forças eletromagnéticas que cruzam a irradiação neutra do Trono que
originou o surgimento da linha que eles pontificam, pois estão
assentados nos dois pólos regentes dela.


Esta projeção é a base de onde surgiu o símbolo sagrado "triangular".

Com isto em mente, saibam que a hierarquia divina, que rege o planeta
e as suas dimensões, começa com o divino Trono das Sete Encruzilhadas,
tem nos sete Tronos Essenciais o seu primeiro padrão e nível
vibratório, ou sua coroa divina regente, e tem nos Tronos assentados
nos dois pólos de cada uma das sete irradiações o seu terceiro nível
ou padrão vibratório.

Os Tronos assentados nos pólos deste terceiro nível já são
diferenciados e os identificamos como masculino e femininos;
positivos e negativos; ativos e passivos; universais e cósmicos;
irradiações contínuas e irradiações alternadas, etc.

Estes novos Tronos, na Umbanda, nós os nomeamos de "Orixás Naturais"
(de natureza), pois já são diferenciados em sua natureza, qualidades,
atributos e atribuições.

Mas nem todos são conhecidos porque não foram humanizados, isto é,
não tiverem seus nomes divinos adaptados à forma humana que usamos
para identificar uma divindade.

Os nomes dos Tronos não são aleatoriamente porque são mantrânicos, ou
seja, são mantras ativadores de seus magnetismos, suas irradiações,
suas energias, suas qualidades, seus atributos e suas atribuições...
e de suas vibrações, que ressoam nas telas planetárias, dando início
a atuações que só cessarão quando cessarem as causas da ação que os
invocou.

Logo, estão certos os rabinos quando recomendam que não pronunciem em
vão o nome de Deus.

Nós, os mestres da Luz, sabemos quais são os nomes dos Tronos e como
pronunciá-los. Mas nos limitamos a escrever alguns, já deste terceiro
nível vibratório e não ensinamos suas pronúncias mantrânicas, ou seus
mantras, pois são proibidos. E se às vezes escrevemos alguns é porque
fomos instruídos a tanto por quem de direito, certo?

Saibam que as sete projeções criam 14 pólos magnéticos que se
projetam e criam novos pólos, em numero de 49 pólos positivos e 49
pólos negativos, criando o quarto nível vibratório, que é o nível dos
Tronos Intermediários.

Este quarto nível projeta-se e surge o quinto nível vibratório. Este
quinto nível é o dos Tronos Intermediadores.

Este quinto nível projeta-se e surge o sexto nível vibratório, cujo
magnetismo é o mais próximo do nosso, que saem os orixás individuais
dos médiuns, tanto os da Umbanda quanto os do Candomblé.
Ou de onde é que vocês pensam que saem tantos Oguns de Lei, Oguns
Beira-mar, Oxuns, Xangôs, Iansãs, Omulus, Oxalás, que regem os médiuns?
É certo que todo médium tem o seu "santo". Mas estes santos entendam,
são orixás que saem já do sexto nível vibratório das hierarquias
divinas, que começam a surgir já no segundo nível vibratório. Sim
quando o Trono da Fé irradiou-se, surgiram dois pólos diferenciados:
um masculino e outro feminino; um irradiador e outro atrator; um
positivo e outro negativo, etc.

E o mesmo aconteceu com os outros Tronos que, com suas irradiações,
deram início ao surgimento de hierarquias distintas, mas voltadas
para o mesmo objetivo: amparar a evolução dos seres, das criaturas e
das espécies.

Saibam que estes orixás Intermediadores são os responsáveis pelas
linhas de ação e de trabalho que atuam nos templos de Umbanda. ë
através delas que os espíritos que se reintegraram às hierarquias se
manifestam durante os trabalhos espirituais usando nomes simbólicos
que identificam a qual linha estão agregados.

Muitos desses Tronos Intermediadores são espíritos já ascensionados e
hoje retornam para acelerar a evolução espiritual dos seus afins que
ainda não concluíram o estágio encarnacionista ou ainda estão muito
ligados ao plano material.
Estes Tronos Intermediadores criaram suas hierarquias de ação e
trabalho, algumas já com vários milênios de idade, para melhor
atuarem no astral junto dos espíritos, e no plano material junto às
pessoas espalhadas nas muitas religiões.

No astral estas linhas de ação e trabalho assumem o nome de "ordens",
e seus regentes ou diretores são os Orixás Intermediadores ou
espíritos ascensionados que reassumiram seus graus de Tronos
Intermediadores, os quais deixaram vagos quando encarnaram para,
incorporados à corrente humana da evolução, auxiliarem seus afins no
estágio humano da evolução.

Setenta por cento das linhas de ação e de trabalho do Ritual de
Umbanda Sagrada são dirigidas por Tronos humanizados, ou seja, são
Tronos que encarnaram, desenvolveram uma consciência e toda uma
religiosidade humana e hoje estão aptos a entender o nosso comportamento, diferente, em vários aspectos, do comportamento dos seres encantados, que são seres que nunca encarnaram.

Os orixás Intermediários assentam estes Tronos humanizados à direita
ou esquerda, abrem-lhes os mistérios dos regentes planetários e os
religam com seus ancestrais. Depois os religam magnética, energética
e vibratoriamente com um dos quatorze Orixás Naturais e este orixá os
regerá através da irradiação vertical ou direta, direcionando-os, daí
em diante, para onde o orixá intermediário que os assentou achar que
são mais úteis aos espíritos humanos.

Saibam que estas ordens espirituais ou linhas de ação e de trabalho
não são estáticas. Seu número nunca para de crescer, e sempre estão
surgindo novas linhas dentro da Umbanda, pois as ordens astrais
cresceram tanto no astral, que já têm condições de atuar também junto
aos espíritos encarnados que lhes são afins, ou que a elas já
pertenciam quando ainda viviam no astral aperfeiçoando seus
conhecimentos. "Caboclo", "Preto-velho", "criança" e "exu", dentro do ritual de Umbanda Sagrada , são graus simbólicos e indicam os campos
de atuação dos espíritos.

·      Caboclos atuam num campo

·      Pretos-velhos atuam em outro campo

·      Crianças atuam em outro mais

·      Exu atua nos campos à esquerda dos médiuns

Por isso temos caboclos de Oxossi, Ogum, Xangô, Oxum, Yemanjá, etc.
Estes espíritos são regidos pelo mistério "Guardião da Lei" . Já os
Pretos-velhos de Oxossi, Xangô, Yemanjá, Nanã, Obaluaiyê, Omulú e
Oxalá são regidos pelo mistério "Ancião". As crianças, de Oxum,
Yemanjá, Iansã, Oxalá são regidas pelo mistério "Renovação". Os exus
de todos os orixás são regidos pelo mistério "Executor da Lei".

No feminino, tudo se repete. Toda linha tem de ter bipolaridade em
todos os sentidos, senão ela não é uma linha ativa, e sim passiva.

Elementos opostos criam todo um campo eletromagnético por onde fluem
diversas energias que, aí sim, misturadas ou amalgamadas, fornecem as
condições ideais para os seres irem se identificando com um ou outro
elemento.
As linhas de Umbanda, em nível terra, nos mostram a perfeição do
Criador em tudo o que cria, pois nas polarizações ou oposições
vibratórias, energéticas, magnéticas, etc., os espíritos vão
fortalecendo seus próprios magnetismos, vão ampliando sua capacidade
individual e suas faculdades mentais, mas sempre balizados pelas
oposições vibratórias, etc., já que, se se afastarem muito de suas
linhas, os choques os impelirão a retornar a elas, caso queiram se
reequilibrar e retomar a evolução espiritual.

As linhas de ação e de trabalho de Umbanda tem uma função excepcional
justamente neste reequilíbrio das pessoas, pois os guias espirituais
que atuam sob a irradiação dos seus regentes procuram reconduzir que
os consulta de volta à sua linha de origem.

Eles instruem, esclarecem dúvidas, consolam os aflitos, devolvem a
confiança aos descrentes e, quando recomendam ao consulente que faça
uma oferenda a este ou àquele orixá, na verdade estão restabelecendo
uma ligação ancestral ou recolocando o consulente sob a irradiação
direta do seu regente ancestral.

Saibam que o Orixá Ancestral jamais deixa de irradiar a nenhum de
seus filhos. Mas o filho que entra no ciclo reencarnacionista passa
por um adormecimento mental e seu magnetismo original, que o mantém
ligado ao seu ancestral, também é enfraquecido.

E isto acontece para beneficia-lo, pois só amortecendo a atração que
sente pelo seu ancestral é que ele poderá ser atraído pelo magnetismo
dos outros orixás com os quais desenvolverá novas faculdades, novos
sentidos, novos dons e novos padrões ou tipos de magnetismos.
Saibam que no trabalho geral (consultas) todos os guias espirituais
atuam visando amparar e acelerar a evolução dos espíritos e das
pessoas que afluem aos centros de Umbanda nos dias de trabalho. Mas no trabalho individual, um guia difere do outro, pois atuam em
diferentes campos vibratórios, energéticos e magnéticos.

Uma Cabocla do Mar não atua no mesmo campo de um Caboclo do Fogo ou
das Matas. Não mesmo!

Caboclas do Mar são regidas pelo Trono da Geração, que atua na
criatividade, na maternidade e no amparo à vida. Um Caboclo do Fogo é
regido pelo Trono da Justiça, que atua no equilíbrio, na razão e na
manutenção da estabilidade emocional. Um Caboclo das Matas é regido
pelo Trono do Conhecimento, que atua no raciocínio, no estimulo ao
aprendizado, no crescimento interior através do autoconhecimento.

Com isto esclarecido, então temos as maternais Caboclas do Mar,
despertando o amor fraterno, paterno e materno em quem as consulta.
Temos os judiciosos Caboclos do Fogo aparando as arestas
(imperfeições) e estimulando o senso de justiça e de equilíbrio em
quem os consulta. Temos os doutrinadores Caboclos das Matas ensinando
receitas, curando doenças, estimulando o aprendizado e orientando o
raciocínio de quem os consulta.

Fraternidade, equilíbrio   e aprendizado, eis o que estas três linhas
de ação e de trabalho de Umbanda irradiam o tempo todo através dos
espíritos que se integraram a elas para melhor auxiliarem a evolução
de seus afins adormecidos na carne ou ainda menos evoluídos.

Cada linha de ação de trabalho de Umbanda responde por um nome
simbólico que identifica qual é o Trono Ancestral que a rege, ou a
quais ela está ligada.

Vamos a um exemplo: linha das Sete Pedreiras

O Próprio nome, Sete Pedreiras, já diz que ela atua nas Sete Linhas
de Umbanda, ou nas sete vibrações originais, mas em nível de
intermediário, pois temos tanto uma Iansã quanto um Xangô das Sete
Pedreiras, etc.

Esta linha é regida pela quarta linha de Umbanda, que é a linha da
Justiça, que é regida em seu pólo magnético passivo por Xangô e em
seu pólo magnético ativo por Iansã.

Ele é masculino e passivo, ela é feminina e ativa.

Ele é fogo, ela é ar.

Ele é justiça, ela é a lei.

Ele se irradia em linha reta e em corrente contínua, ela se irradia
em linha espiralada  e em corrente alternada.

Nesta linha horizontal, pois é um nível vibratório, os caboclos são
ativos e as caboclas são passivas. E o mesmo acontece na linha de
nível negativo que lhe é oposta, onde os exus são ativos e as pombas-
giras são passivas.

Ativo =  incorporante·     
Passivo =  não incorporante
Como o próprio nome diz que é "sete", então tanto a orixá Iansã
quanto o orixá Xangô Sete Pedreiras possuem orixás Intermediadores
para as outras seis irradiações, vibrações e magnetismos. E com isto
toda uma hierarquia nível intermediário se inicia e é sustentada por
estes dois orixás, que são Tronos de quarto nível vibratório, mas que
atuam em beneficio dos sete Tronos Planetários, que são as sete
individualizações do Trono das Sete Encruzilhadas.

(Texto extraído do livro "O Código de Umbanda" obra inspirada pelos
Mestres de Luz: Sr Ogum Beira-Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-Mahi-
An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografado por
Rubens Saraceni.).

 

 
MAGNETISMO: OS PONTOS DE FORÇAS E OS SÍMBOLOS SAGRADOS

O símbolo sagrado adotado por uma religião é um signo que identifica
ou oculta qual dos sete Tronos Ancestrais está dando sustentação
magnética, vibratória e energética a ela, certo?

Pois bem! Com isto em mente, vamos abordar alguns símbolos e compara-
los com os magnetismos dos Tronos.

Saiba que "Tronos" é uma classe de divindades que têm no próprio nome
(Trono) a sua identificação, porque são as divindades "assentadas"
nos pólos magnéticos das linhas de forças e nas correntes eletromagnéticas. Um Trono é uma divindade efetivamente assentada num
Trono Energético cujo magnetismo o distingue de todos os outros Tronos.

Regente vem de rei, aquele que rege, dirige, comanda, direciona, etc.
Trono é o assento mais alto de uma hierarquia.

Logo, todas as divindades regentes estão assentadas em seus Tronos,
de onde regem a evolução dos seres que se colocam sob o amparo de
suas irradiações energo-magnéticas.

Anjos não são tronos, pois formam outra classe de divindades e atuam
apenas mentalmente sobre os seres. Não são, portanto, divindades
assentadas.

Já os "orixás" são Tronos porque são divindades assentadas em Tronos
Energéticos, localizados nos pólos magnéticos das linhas de forças e
das correntes eletromagnéticas.

Existem duas categorias de Tronos, os Tronos fixos e os Tronos móveis.

Os Tronos fixos estão assentados nos vórtices planetários
multidimensionais e nunca se afastam deles. Já os Tronos Móveis
absorvem em seus íntimos o Trono Energético onde se assentaram e o
trazem em si mesmos, só o desdobrando ou exteriorizando em casos
muitos especiais.

No Ritual de Umbanda Sagrada, quando se assenta o orixá de um médium,
esta se criando  no padrão vibratório material uma correspondência
energética e um ponto magnético análogo ao que o orixá traz em si
mesmo, embora seja um ponto de forças fixo e limitado à capacidade
mental do médium e às suas necessidades magísticas.
Nunca o assentamento do orixá de um médium será mais forte do que seu
poder mental. E nunca o médium terá mais recursos à sua disposição do
que os que sua própria evolução já lhe faculta ou que ele já é capaz
de ativar mentalmente. Sim, porque seria temerário o orixá de um
médium conceder-lhe poderes maiores que os que ele já desenvolveu em
seu mental nas suas muitas encarnações.

 
A limitação imposta aos médiuns visa conte-los em suas vaidades
pessoais, e também preservar seu orixá "individual", que assim não
fica exposto aos choques energéticos que acontecem sempre que seu
poder é ativado por seu médium magista. Muitos sabem tão pouco sobre
os orixás que não associaram "assentamento" com "Tronos" e
com "pontos de forças"!

O fato é que os pontos de forças da natureza, tais como os conhecemos
na Umbanda, são pontos de geração e ou irradiação de energias e
altamente magnéticos.

Uma cachoeira gera energias;

Um rio irradia energias;

Uma árvore gera energias;

O mar gera energias;

As ondas descarregam as energias geradas pelo mar;

Uma pedreira gera energias;

Uma pedra irradia as energias geradas pela pedreira.

Bom, uma cachoeira é um ponto de forças natural e as energias que são
geradas nas quedas da água energizam-na e a tornam irradiadora de
energias "minerais-aquáticas".


Já as ondas do mar são irradiadoras de energias "aquáticas-
cristalinas".

As cachoeiras do plano material possuem sua contraparte etérica no
plano espiritual, ao qual também energizam, pois têm esta dupla
função. Mas uma cachoeira tem campo vibratório cujo magnetismo é
análogo ao do Trono Mineral ou Trono do Amor, que é a divindade
natural (de natureza) que irradia energias que estimulam as uniões e
as concepções nos seres.

E, porque o Trono do Amor (Oxum) possui uma hierarquia só sua, que o
auxilia em todos níveis vibratórios, em todas as dimensões e em todos
os estágios da evolução dos seres, então nada mais lógico do que ser
cultuado num ponto de forças do plano material cujo magnetismo é
análogo ao seu, ao do seu Trono Energético Planetário e a ponto de
força planetário e multidimensional onde está assentado. E no plano
material, este ponto de forças, localiza-se em todas as quedas d'água
ou cachoeiras.

Logo, os altares naturais do Trono do Amor são as cachoeiras do plano
material.

Já o Trono da Geração tem seu ponto de forças à beira-mar, que é onde
as ondas se quebram e descarregam as energias aquáticas-cristalinas,
que são as energias que dão sustentação à geração  e à criatividade
(de criação).

Quando dizem que a vida começou na "água", estão corretos até certo
ponto. Mas não se deve esquecer de que nada existe para si só, ou
isolado do resto da criação divina (de Deus) ou da natureza.

O Trono da Geração, quando se irradiou, fez surgir dois pólos
magnéticos: um passivo e outro ativo.

O pólo magnético passivo tem um Trono masculino e outro feminino, que
também possuem suas hierarquias, formadas por orixás ou Tronos
Intermediários e Intermediadores.

Intermediário = em nível vibratório
Intermediador = em subnível vibratório
  
O Trono feminino do pólo magnético passivo do Trono da Geração, na
Umbanda, é a orixá Yemanjá, também conhecida como a "Mãe da Vida",
porque a sua irradiação estimula nos seres o amor maternal
sustentador da maternidade. Mas esta irradiação aquática também
fecunda o raciocínio dos seres, tornando-os mais criativos.

Já o Trono masculino nunca foi humanizado ou manifestou-se de forma
aberta ao plano material. E não é a divindade "Olokum" dos cultos
africanos ou o Netuno da mitologia grega.

Olokum é um Trono Cósmico Intermediário do Trono ativo e masculino
assentado no pólo magnético que surgiu com a irradiação projetada
pelo Trono da Geração, conhecido nos magnos colégios astrais
como "Nefas, a água da vida".

Portanto, quando ouvirem alguém ensinar que Olokum é o "Deus do mar",
corrijam-no e expliquem-lhe que Olokum é o 2º Trono ou orixá cósmico
(negativo) que se contrapõe à 2ª Yemanjá intermediária ou Yemanjá
Mineral, com a qual forma uma linha de forças mistas ou aquática-
mineral, e juntos formam a linha forças mistas da maternidade e do
amor, pois se na linha da Geração ambos são regidos pelo Trono da
Geração, na linha horizontal ela é regida por Oxum e ele é regido por
Oxumaré.

Oxumaré é simbolizado pela Serpente Dã, a Serpente do Arco-íris.

Olokum é simbolizado pela Serpente do Mar, porque a irradiação
magnética de Oxumaré, que passa pelo pólo magnético ocupado por ele,
torna suas irradiações energéticas planas e ondeantes, tal como o
deslocamento de uma serpente.

Por isto Olokum foi sincretizado, no passado, com a temível serpente
marinha. Intuitivamente identificaram seu magnetismo com os
movimentos das serpentes marinhas.

Já a 2ª Yemanjá é identificada com as ostras, pois é dentro de suas
conchas que as pérolas são geradas.
·      Oxum é a concepção (fecundação – "concha" mineral)
·      Yemanjá é a geração ( maternidade – "esponja" aquática)

Concha é sinônimo de útero, e esponja é sinônimo de placenta. Logo,
concepção e geração são indissociáveis, pois sem uma a outra não
acontece. E pérolas não seriam geradas por Yemanjá (água) se não
existissem as conchas das ostras.

O simbolismo é bem visível, e alinha de caboclas Sete Conchas é
regida na vertical pela 2ª Yemanjá e é regida na horizontal pela 2ª
Oxum intermediária. Portanto, o campo preferencial das caboclas Sete
Conchas é a gestação. Certo, filha de Fé que tem como mentora uma
Cabocla Sete Conchas? Ou a sua mentora se "mineralizou" demais e
prefere atuar na união dos casais, instruindo-os quanto à beleza do
amor puro entre os seres de sexos opostos e da divindade do ato de
unirem-se sob a irradiação dos divinos Tronos da Concepção e da
Geração? Se sua cabocla de "frente" é uma Sete Conchas, observe que
um destes dois campos é onde ela melhor atua, certo?

Bom, já viram como os símbolos e os nomes simbólicos vão surgindo,
sempre em função do magnetismo que rege os Tronos. Estes estão
assentados em pólos magnéticos que são influenciados tanto pelas
irradiações horizontais (correntes eletromagnéticas condutoras de
energias elementares).

Uma concha é o símbolo da 2ª Yemanjá intermediária e a serpente
marinha é o símbolo de Olokum. A concha é energia mineral concentrada
de Oxum, e a serpente é a energia mineral ondeante que o pólo de
Olokum absorve junto com o magnetismo ondeante de Oxumaré.

Concha e serpente marinha são dois símbolos sagrados intermediários e
quando os Guias de Lei os fixam em seus pontos riscados, estão
afixando neles, por analogia, os magnetismos dos Tronos que regem os
símbolos maiores, que no nosso exemplo são o Trono da Geração e o
Trono do Amor.

Mas se quiserem outro exemplo, voltem ao capítulo em que mostramos os
tipos de magnetismos dos orixás, e verão que o magnetismo cristalino
é reto e em linhas paralelas, e que o mineral é coronal ( de coração).

Aí, observem que o pólo magnético de Oxalá forma uma tela cruzada e
que o pólo magnético de Oxum forma um coração irradiante. Então
observem que na cruz do Cristianismo, a linha horizontal é mais curta
do que a vertical e que se localiza um pouco acima do meio da linha
vertical, e que o coração é outro dos símbolos do Cristo Jesus.

Observado isto saibam que Jesus Cristo, antes de encarnar, era ( e
ainda é ) o 2º Oxalá Intermediário, que recebe, na vertical, as
irradiações do Trono da Fé, e na horizontal, as irradiações do Trono
do Amor. Cruz e coração, fé e amor. Eis os símbolos que mais distinguem nosso amado mestre Jesus, um Oxalá (cristalino) regido pelo amor (mineral).

Alguns tentaram afixar o peixe como o símbolo maior do Cristianismo,
mas a cruz sacrificial se impôs, pois a fé se manifesta através das
linhas retas que o Trono da Fé irradia sempre em linhas paralelas,
tanto no sentido horizontal quanto no vertical. Portanto, a intuição cristã afixou-se num símbolo mais afim com as
vibrações de fé do divino Trono da Fé, que é uma das sete
individualizações do Trono das Sete Encruzilhadas, que é uma
individualização de Deus, que deu origem ao nosso planeta.

É difícil?

Claro que é. Afinal, só agora as raízes dos símbolos sagrados estão
sendo mostradas ao plano material, e a partir de suas reais origens:
os sete magnetismos planetários.

Observem bem os magnetismos dos orixás e verão neles os símbolos
sagrados adaptados, intuitivamente, ao plano material, onde surgiram
junto com as religiões que já cumpriram suas missões e já se
recolheram. Ou simbolizam as que ainda estão cumprindo suas missões,
pois toda religião é uma via de evolução que sempre conduz os seres
para perto de suas origens, e de Quem os Criou: Deus!

Saibam que a irradiação de Oxumaré é ondeante e cintila as setes cores
do arco-íris. E quem a vê fluindo tem a nítida impressão de estar
vendo uma serpente multicolorida, ou a mitológica Serpente do Arco-
íris. Portanto, correta é a lenda que descreve Oxumaré como o orixá
que se sincretiza com a Serpente Dã.

(texto extraído do livro: "O Código de Umbanda" – obra inspirada
pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-
Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê, Mestre Anaanda e psicografada por
Rubens Saraceni).


ELEMENTOS DE MAGIA

Nós, mentores responsáveis pela linha do conhecimento do Ritual de
Umbanda Sagrada, às vezes (muitas para ser franco) nos sentimos
magoados com a falta de explicação acerca dos elementos de magia,
pois ela é de competência dos pais e mães de Umbanda. Infelizmente,
eles têm dedicado tão pouca atenção a esse assunto, que muitos Guias
de Lei (espíritos atuantes na incorporação) sentem-se constrangidos
quando têm de "receitar" certas obrigações aos consulentes das tendas onde atuam.

Sim, existe um descaso total nesse aspecto, e isso tem dado farta
munição aos adversários religiosos da Umbanda, e mesmo do Candomblé,
pois esse desconhecimento de causa pelos próprios médiuns os tem
impedido de sustentarem suas próprias praticas mediúnicas, todas
fundamentadas na movimentação de elementos mágicos ou magísticos.

Mágico =  movimentação de energias

Magístico =  ativação de processos mágicos


Quantos médiuns não desconhecem o próprio significado das velas
coloridas que acendem aos seus orixás?

Quantos não desconhecem o porquê da queima de pólvora ou dos banhos
de ervas ou de sal grosso?
Quantos fazem obrigações, mas intuitivamente, porque desconhecem seus
reais fundamentos?

Quantos não cantam os "pontos", mas sem convicção ou vibração, só
porque desconhecem seus fundamentos ocultos, seus poderes vibratórios
e magísticos, e mesmo, seus valores rituais?

Quantos, ao fazerem um "despacho", não se sentem constrangidos, pois
desconhecem o real significado e valor simbólico que eles têm pra
quem os recebe?

São tantas perguntas semelhantes a estas que é melhor pararmos por
aqui e comentarmos o que já temos, senão nosso livro irá virar uma
enciclopédia. Mas seremos objetivos para não nos alongarmos demais
nesse capítulo.

Vamos aos elementos rituais:

Normalmente uma oferenda contém vários elementos materiais que à
primeira vista parecem não ter fundamento. Mas na verdade, todos têm
e são facilmente explicáveis.

Frutas, velas, bebidas, flores, perfumes, fitas, comidas, etc., tudo
obedece a uma ordem de procedimentos, todos afins a que se destinam.
Senão, vejamos:

Frutos: são fontes de energias que têm várias aplicações no plano
etérico. Cada fruta é uma condensação de energias que forma um
composto energético que, se corretamente manipulado pelos espíritos,
tornam-se plasmas astrais usados por eles até como reservas
energéticas durante suas missões socorristas.

As frutas também servem como fontes de energias sutilizadoras do
corpo energético dos espíritos, e como densificadoras dos corpos
elementares dos seres encantados regidos pelos orixás e que atuam na
dimensão espiritual, onde sofrem desgastes acentuados, pois estão
atuando num meio etérico que não é o deles.
Para efeito de comparação, podemos recorrer aos trabalhadores que
manipulam certos produtos químicos e precisam ingerir grandes
quantidades de leite para desintoxicá-los ou aos que trabalham em
fornalhas e precisam ingerir grandes quantidades de líquidos para se
reidratarem. Sim, os encantados são seres que, quando fora das suas
dimensões de origem sofrem fortes desgastes energéticos.
E esse mesmo desgaste sofre os espíritos que atuam como curadores,
quando doam suas próprias energias aos enfermos, tanto os desencarnados quanto os encarnados.

 
É certo que para si só, um espírito ou um encantado não precisa de
alimento algum, ou mesmo da luz de uma vela. Mas os que atuam nas
esferas mais densas sofrem esgotamentos parecidos com os mineiros que
trabalham em minas profundas. E os que atuam como curadores doam
tanto de suas energias que muitos precisam descansar um pouco após
socorros mais demorados junto aos enfermos.
Já escreveram tanto sobre Umbanda, Espiritismo, Candomblé, espiritualismo, etc., e, no entanto ensinam muito pouca ciência
espiritual no que escrevem.
Bem, voltando ao nosso comentário, o fato é que as frutas têm muitas
utilidades aos espíritos e aos seres encantados que atuam junto dos
médiuns umbandistas.

Romã, mamão, manga, uva, abacaxi, laranja, jabuticaba, pitanga, etc.,
fornecem energias que podem ser armazenadas dentro de "frascos
cristalinos" existentes no astral e que, depois de armazenadas, basta
aos seus manipuladores lhes acrescentar uma energia mineral que o
conteúdo do frasco transforma-se numa fonte irradiante, e
inesgotável, de um poderoso plasma energético ao qual recorrerão para
curar espíritos enfermos ou pessoas doentes sempre que precisarem.

Afinal, se fosse só para "comer" os frutos, para que um guia
espiritual recomendaria ao seu médium uma trabalhosa oferenda? Seria
mais prático ele comer na própria casa do médium ou ir a algum
mercado, onde se fartaria de tantas frutas que neles existem, não é
mesmo?

Só que ninguém atenta para isto: uma oferenda é um ato religioso
realizado no ponto de forças de um orixá, que irá fornecer ao
espírito que trabalha com o médium um de seus axés, utilizado de
imediato, ou posteriormente, em trabalhos os mais diversos.

Uma oferenda obedece a todo um ritual magístico, que por isso mesmo,
ou é feito religiosamente ou não passará de uma panacéia. Orixá algum
admite panacéias em seus campos vibratórios e domínios energéticos
(axés).

Reflitam sobre o que foi escrito porque a oferenda ritual seja ela
como ou qual for, é um procedimento religioso. E tem de ser entendida
e respeitada como tal, pois no lado oculto e invisível sempre há uma
divindade que nela atuará diretamente, ou através de seus encantados
ou de espíritos incorporados às suas hierarquias ativas.

Esse procedimento é correto, recomendável e fundamentado em preceitos
religiosos. Só durante uma oferenda ritual os guardiões dos axés,
após certificarem-se de que eles terão um uso amparado pela Lei
Maior, os liberam para o uso particular dos espíritos atuantes nas
tendas. Ou alguém acredita que os axés são liberados para uso profano?

Atentem bem para o que foi escrito aqui. Só um desconhecedor dos
procedimentos ritualísticos desconhece o fundamento das oferendas
rituais.

Afinal, para que um exu de Lei perderia seu tempo acompanhando todo o
ritual de despacho de algumas garrafas de marafo na terra? Não seria
mais lógico ir a uma destilaria e embriagar-se com os vapores
etílicos, lá emanados em abundância?

Existe toda uma ciência divina nos processos ritualísticos, e um exu
de Lei a conhece muito bem, além de saber manipular as energias que
extrairá dos elementos materiais que lhe forem oferendados.

Apenas uma advertência aos incautos de boa fé: já vimos frango assado
em oferendas. Ou quem oferendou nada entende de oferendas rituais ou
está sendo enganado por algum quiumba muito astuto, pois frango
assado não tem valor ritualístico, e muito menos magístico ou energético.
Até onde sabemos, só eguns (espíritos soltos no tempo) alimentam-se
das emanações etéricas dos alimentos cozidos ou de uso na mesa das
pessoas. Mas quem tem uma porção de eguns atuando disfarçados de exus
de Lei, isso tem! Logo, que seus afins encarnados os alimente, certo?

Bem, o fato é que muitos exus, se exigem o sacrifício de uma ave
(galo) ou de um animal de quatro patas ( bode), no entanto assim procedem por causa da poderosa emanação energética que colherá durante o ritual, já que atua em níveis vibratórios muito mais densos que o do plano material. Existe todo um conhecimento a respeito, mas ele não está aberto a comentários, pois é ritual fechado.

As suas oferendas têm de obedecer a toda uma ritualística ou é melhor
nada fazer. Além do mais, exu que vive pedindo despachos, ou
está "pagando" dívidas pessoais ou não tem a força que faz seu médium
crer que possua, pois exu assentado obedece aos mesmos procedimentos
rituais dos orixás: nos dias de trabalho o médium tanto deve firmar o
congá quanto a tronqueira onde o exu está assentado.

Assim tem procedido com todos os exus guardiões dos médiuns
dirigentes de tendas, e assim devem proceder com os exus dos médiuns
que o auxiliam: devem firmar sua esquerda na tronqueira do terreiro
de seu pai ou mãe espiritual enquanto freqüentarem os trabalhos
dirigidos por eles e sustentados no astral, tanto pelos orixás da
casa quanto pelo exu guardião dela. Só procedendo assim, nenhum
trabalho realizados pelos guias dos médiuns-auxiliares, refletirá
sobre suas vidas pessoais.

Mas... quantos pais e mães de Umbanda tÊm uma tronqueira assentada
corretamente, e com espaço suficiente para acomodar o assentamento de
seus filhos e filhas de Fé? E a quantos deles isso foi ensinado por
seus pais espirituais?

Dentro dos rituais, muitas coisas têm sido relevadas pelos orixás.
Eles não imputam aos seus filhos o ônus de um procedimento errado,
pois sabem que nada nesse sentido lhes foi ensinado no plano material.

Mas, se os dirigentes espirituais souberem e se dispuserem a ter uma
tronqueira nesses moldes, sentirão de imediato como se fortaleceu a
esquerda "geral" da tenda que dirige.
Sim, pois a partir do assentamento da esquerda de seus filhos
espirituais, os exus guardiões deles, (não os exus de Lei- trabalho)
passarão a dar cobertura direta aos seus médiuns, e com isso
diminuirá em muito os problemas pessoais dos médiuns, e o amparo que
têm d receber do exu guardião da tenda que freqüentam.

Isso é ciência, filhos de Fé!

Todo ritual ou procedimento ritualístico possui fundamentos pouco
estudados pelos dirigentes espirituais, que vivem assoberbados com
tantos pedidos de socorro e ajuda que recebem tanto de seus médiuns-
auxiliares quanto dos freqüentadores das tendas que dirigem.

Saibam que vela é elemento magístico por excelência. Uma vela
acendida pelos médiuns, ao redor do assentamento do exu guardião da
tenda, mas aos seus próprios exus, de imediato ativam os mistérios
cósmicos guardados por eles, e os colocam à disposição dos protetores
dos trabalhos que serão realizados.

Saibam que, se todo médium tem um orixá de mesmo grau que o do
dirigente espiritual, eles também possuem um exu guardião com o mesmo
grau que o do guardião da tronqueira. Mas assim como o orixá do
dirigente atua num campo e os de seus médiuns atuam em outros, assim
acontece com os exus guardiões deles.
Exu guardião não é o mesmo que exu de Lei, pois este é o exu
incorporante que atua no nível terra dando consultas ou guardando os
seus médiuns.

Já, os exus guardiões zelam mistérios cósmicos (negativos), e atuam
em níveis vibratórios onde as energias ali existentes são
poderosíssimas, e são manipuladas só por eles, os exus guardiões dos
processos magísticos negativos ou cósmicos.

Muitos médiuns possuem em suas esquerdas exus com os nomes Tranca-
Ruas, Marabô, Sete Encruzilhadas, Porteira, etc., mas estes exus são
os que chamamos exus de Lei ou exus de trabalho no plano terra, e que
são, todos eles, sustentados pelos exus guardiões dos mistérios, que
também respondem por esses nomes simbólicos só para não se revelarem
ao plano material.

Saibam que os orixás regentes das linhas de Umbanda, ao contrário do
que dizem ou ensinam muitos livros de Umbanda, regem tanto a direita
quanto a esquerda, pois nelas exu não é um elemento solto ou que atua
livremente. Todos obedecem aos orixás.

Os orixás intermediários assentam à direita suas hierarquias positivas e à esquerda as hierarquias negativas, que na Umbanda formam as linhas de caboclos e exus, caboclas e bombo-giras, etc.

Nestes pólos estão assentados orixás ou espíritos ascencionados com
grau de intermediadores, e que na Umbanda são chamados de Orixás
Intermediadores.
Os que estão assentados à esquerda dos orixás intermediários assumem
o grau de exus guardiões e regem hierarquias que assumem os nomes
simbólicos com que seus membros se apresentam quando incorporam nos
médiuns para realizarem trabalhos magísticos.

Assim, se o médium firma seu exu de trabalho na tronqueira do exu
guardião do templo, este passa a contar com o auxílio velado do exu
guardião do médium, que não pode ser assentado ali, pois é tronqueira
de outro exu guardião com o mesmo grau hierárquico, já que ambos
respondem aos orixás intermediários regentes das faixas vibratórias.

Existe todo um conhecimento ainda não aberto ao plano material sobre
o mistério "Exu de Umbanda".

O que temos visto é pouco se comparado ao que é indispensável aos
médiuns, pois tudo fica um tanto confuso em suas mentes por causa
desse tabu que envolve os exus.

 
Saibam que exu precisa de seus elementos mágicos ou recursos
energéticos. Tendo-os à mão, mas no plano material, melhor desempenha suas funções de protetores cósmicos e de exus de Lei, de ação e
reação cármica.

Assim, temos elementos energéticos de uso exclusivo dos espíritos que
atuam através da esquerda dos médiuns e não devem temer o uso que
darão a eles, pois os exus são regidos pela Lei e a respeitam muito
mais do que os seus próprios médiuns.

Não vamos listar os elementos mágicos usados por eles, mas que são
fundamentais, não tenham dúvidas!

(texto extraído do livro: "O Código de Umbanda" – obra inspirada
pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-
Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografada
por Rubens Sarraceni).


SINAIS OU SÍMBOLOS SAGRADOS

Muitos têm escrito suas interpretações pessoais dos símbolos
sagrados, mas a todos falta a ciência das linhas de forças
sustentadoras das evoluções. Vamos interpretar alguns símbolos usados
pelos guias de Umbanda quando riscam pontos cabalísticos firmadores
de "trabalhos" ou anuladores de magias negativas.

Comecemos pela estrela de cinco pontas,   que é o símbolo sagrado
identificador de todo um estágio da evolução regido pela linha de
forças mistas Oxalá-Yemanjá, ou cristalina-aquática. Este estágio da
evolução é natural (não reencarnacionista) e atrai naturalmente os
seres ainda no 4º estágio da evolução. Cinco dimensões se fundem no
5º estágio da evolução, e por isso os orixás naturais deste estágio
são chamados de pentaelementais ou pentagonais.

Esta dimensão, energeticamente superior à dimensão humana, tem dupla
polaridade magnética e se um orixá "Estrela" a rege pelo alto e está
assentado em seu pólo positivo, no entanto ele possui um par
vibratório oposto dentro da mesma linha. Este seu par oposto é
identificado também por uma estrela de cinco pontas, mas invertida,
que significa que este orixá "Estrela Cósmica" é atrator,concentrador e sustentador dos seres pentaelementais que seguiram uma evolução cósmica ou negativa.

A estrela positiva é irradiante, multicolorida e suas energias são do
padrão corrente-contínua. Esta é a "Estrela Guia", tão comentada e
tão mal interpretada no plano material. E estrela invertida,
negativa, possui magnetismo poderosíssimo que a torna atratora de
todas as outras energias cósmicas e por ser cristalina e ígnea, nós a
identificamos como sendo a "Estrela Rubra" ou "Estrela da Lei nas
Trevas". Atentem para isto:  a estrela está no "alto" e simboliza o
5º estágio natural (não encarnante) da evolução. Os seres naturais no
5º estágio são os últimos a ainda atuarem na dimensão humana. A
partir do 6º estágio natural da evolução, os seres são direcionados
ou para outras dimensões planetárias, onde atuarão como orixás
intermediadores naturais, ou estagiarão em outras orbes planetárias.
Portanto no 5º estágio estão os últimos seres encantados que ainda
estão voltados para nós, os "espíritos humanos".
As interpretações dos símbolos sagrados, todas elas, têm sido pensadas unicamente sob a ótica do bem e do mal, tão comum a todos os
pensadores humanos. Se, nas suas magias, usam uma estrela guia para
simbolizar um poder, força ou energia divina, até aí estão próximos
da verdade. Agora, quando riscam a estrela rubra e alegam que ali
está fixado um símbolo diabólico, do mal ou das Trevas, estão
completamente enganados.

Nós sabemos que a dimensão humana possui um "céu" e um "inferno". Nós
sabemos que a dimensão humana possui um lado iluminado e um lado sem
luz. A dimensão humana possui um pólo positivo (alto ou +) e um pólo
negativo (embaixo ou -). Isto todas as outras dimensões possuem, mas
apenas com estas classificações.

Lado positivo = luminoso, irradiante, universal e passivo.
Lado negativo = escuro, sem cor, cósmico e ativo.

Para cima ascenderão os seres que forem irradiantes (positivos,
magneticamente falando). Para baixo descerão os seres que forem
concentradores (negativos, magneticamente falando).

Na interpretação humana os bons vão para o céu e os ruins vão para o
inferno, certo?

- Errado! – respondemos nós- Para o céu vão os espíritos virtuosos e
para o inferno vão os espíritos viciados. Espíritos virtuosos são
consciencialmente racionais; espíritos viciados são consciencialmente
emocionais.

No racional estão as vontades;

No emocional estão os desejos.

No racional está o equilíbrio mental;

No emocional esta o desequilíbrio mental.
No racional desenvolve-se um magnetismo positivo
No emocional desenvolve-se um magnetismo negativo.
O racional irradia energias (é doador);
O emocional absorve energias (é acumulador).

Estas definições ajudam a entender as duas estrelas simbolizadoras de
pólos magnéticos de uma mesma dimensão e do 5º estagio da evolução
natural (não encarnacionista).

Com isto em mente, então entendam que quando um guia espiritual risca
uma estrela guia, ele está fixando dentro de um ponto cabalístico um
padrão vibratório superior a qualquer um dos quatro padrões básicos
dos processos mágicos ou energo-magnéticos (terra, água, fogo, ar).
Seu padrão é o cristalino, que tanto dilui estes quatro elementos,
quanto os anula ou os neutraliza, pois pode envolvê-los e paralisá-
los.

E quando um exu de Lei risca em um ponto cabalístico uma estrela
rubra, ele está afixando um padrão vibratório com o mesmo poder, mas
relativo aos padrões vibratórios cósmicos dos elementos.


Reflitam bastante sobre isto, pois um tolo qualquer, num determinado
momento da historia religiosa, vislumbrou os poderes divinos do
sagrado símbolo da Estrela Guia e com sua pervertida mente humana
logo imaginou que se a riscasse invertida, com certeza estaria
submetendo ao seu poder mágico algum demônio infernal, ao qual daria
suas "ordens".

Os tolos magistas não sabem interpretar corretamente um símbolo
positivo, pois desconhecem suas origens, poderes e mistérios, e ainda
se arvoram em "poderosos magos" movimentadores de magias negativas.

Saibam que todos os que riscam à torta e à direita os símbolos
sagrados estão condenados a serem executados pela Lei que rege a
ativação de poderes e forças celestiais.

Todos os que, a título de grandes magos iniciados, os riscam
aleatoriamente (sem a expressa autorização de um guardião dos
símbolos sagrados) estão correndo serio risco de ser atingidos pelas
irradiações dele. Quanto aos que riscam os símbolos cósmicos ou
negativos, mas também sagrados, pensando que estão escravizando um
ser infernal, só estão afrontando a lei que rege as grafias mágicas.

Saibam que a origem, a fonte energética e o mistério celestial
sustentador dos mistérios "Estrela Guia" e  "Estrela Rubra" é um
Trono Celestial que reverentemente nominamos de "Sagrado Ia-ór-is-ra-
iim-yê", que é o regente celestial do 5º estágio da evolução natural,
que se processa em paralelo com a nossa, que é o estagio da
quintessenciação dos seres humanizados, ou seja, é o estágio de
suas "cristificações", quando então assumem responsabilidades afins
com os regentes planetários.

Os guardiões celestiais desta dimensão são todos os orixás
intermediários cristalinos, sejam eles regidos pelo pólo positivo
ocupado por Oxalá ou pelo pólo negativo ocupado por Oiá:


Oxalá é Trono da Fé.
Oiá é Trono do Tempo.
Aí tem a verdadeira origem do sagrado símbolo que é  a estrela de
cinco pontas ou Estrela Guia, assim como de seu par oposto, que é a
Estrela Rubra, consumidora dos negativismos.

Portanto, cuidado quando alguém lhe ensinar que, riscando pontos
cabalísticos aleatoriamente, solucionarão possíveis demandas
espirituais ou anularão magias, ou dominarão à sua vontade e desejos
os espíritos negativos.

Deixem os pontos riscados com os seus mentores ou guias chefes, pois
eles sim, quando riscam um ponto, sabem o que estão fixando no plano
material humano, mas que está assentado, sempre, em outra dimensão da
vida. Afinal, "orixá" não é um espírito humano, mas sim regente das
muitas dimensões da vida, a humana inclusive.

Todos os símbolos sagrados eram ensinados nos planos materiais e
espiritual humano durante a era cristalina (mito Atlântida), mas a
ciência que tratava deles foi recolhida após esta era, e nunca mais
foi tratada de forma "aberta" pelos verdadeiros magos. Só a ensinavam
a discípulos da mais absoluta confiança que, jurando pela "lei do
silêncio", procediam do mesmo modo com os discípulos, velando todo um
conhecimento interditado ao plano material.

Observem o quão poderoso é um símbolo sagrado, pois a "Santa Cruz"
sustenta o Cristianismo há dois milênios e nunca teve o seu poder
diminuído ou abalado. Observem a estrela de cinco ou seis pontas, ou
mesmo o castiçal de sete braços, que também nunca perderam suas
forças ou seus poderes. Observem o triângulo sagrado e verão o mesmo
poder e força. Observem a espada, a lança ou o escudo e perceberão
nestes símbolos a força da Lei. Observem a "montanha" sagrada e verão
o poder e a força da Justiça Divina. Observem na seta espiralada o
poder e a força do Tempo.

Vejam nas sete cruzes os sete estágios da evolução, nas sete flechas,
as sete direções, nas sete lanças, as sete vias evolutivas e nas sete
estrelas os sete guardiões cristalinos que respondem aos guardiões
celestiais da Coroa Regente Planetária.

Enfim, descubram nos nomes simbólicos de seus caboclos, caboclas,
pretos e pretas-velhas, exus e pombas-giras, através de seus
nomes "simbólicos" ou nomes regidos pelos símbolos a quais orixás
eles estão ligados e a que pontos de forças da natureza recorrem
durante seus trabalhos magísticos ou espirituais. Descubram que os
nomes simbólicos ocultam mistérios sagrados regidos pelos símbolos,
que trazem em si mesmos toda uma ciência divina por excelência.

Meditem, reflitam e raciocinem profundamente no porquê de seus
mentores espirituais nada ensinarem sobre os pontos riscados, e no
mais íntimo de suas consciências uma voz cristalina lhes dirá: "Se
nada dizem ou ensinam é porque eu, o seu Regente Ancestral, os fiz
jurar pela" lei do silêncio "que nada revelariam sobre a grafia
mágica dos sagrados orixás, que mais do que simbolizadores são
símbolos vivos e identificadores do Divino Criador".

Após ouvirem isto então entenderão o erro e a afronta que uns tolos
travestidos de magos estão cometendo quando dizem "senhores" do
mistério "Lei de Pemba". Perceberão que nunca ensinaram nada além de sinais ou signos há muito fixados no plano material por antigas
religiões já adormecidas no plano material e que os deixaram em suas
escritas religiosas.

Mesmo o tão polêmico "tridente" de exu é só uma grafia simbólica
usada pelos guardiões cósmicos dos lados negativos dos pontos de
forças regidos pelo mistério sagrado "La-mu-ba-yê".

Vocês sabem quem é o sagrado e cósmico Guardião Celestial "La-mu-ba-
yê?". Não?

Então com que autoridade ousam ensinar sinais cabalísticos que
ostentam a sua arma cósmica irradiadora  ou absorvedora de energias
negativas?

Vocês sabem o que significa um tridente apontando para alguma das
sete "vias" positivas ou negativas?
Então vocês não são verdadeiros magos, mas tão somente magistas de
efeitos tão duradouros quanto o tempo necessário para explodir suas
buchas de pólvora..., impressionando os tolos de boa-fé ou os
necessitados de uma fé boa!

Falou-lhes o Senhor Ogum Beira-Mar, orixá regido pelo mistério que
anima a sétima estrela                 ( Yemanjá) do mistério
celestial "Sete Estrelas" (Ia-ór-is-ra-iim-yê).

 
(texto extraído do livro: "O Código de Umbanda" – obra inspirada
pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-
Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografada
por Rubens Saraceni).

 
A SEMEADURA DE UMA RELIGIÃO: OS ORIXÁS

Muito se tem escrito sobre os sagrados orixás, e muito ainda terão de
escrever, já que os orixás são mistérios divinos e, dependendo de
quem os descreve, assumem as mais diversas feições. E, ainda que
mantenham suas qualidades essências (de "essência") ou elementais
(de "elemento"), no entanto cada um os descreve como os interpreta,
entende ou idealiza.

As idealizações, ainda que sejam divergentes, são necessárias, pois,
mais dias menos dias, uma delas se imporá em definitivo sobre todas
as outras e, daí em diante, todos os umbandistas rezarão pela mesma
cartilha. Mas enquanto isso não acontecer, não tenham dúvidas que
continuarão os estímulos para que lancem idealizações, as mais
próximas possíveis do nível consciêncial da maioria dos adeptos de
Umbanda.

Os próprios orixás regentes estimulam as idealizações pelos
praticantes instrutores, pois ou alcançam uma concepção ideal ou os
umbandistas nunca falarão a mesma língua. Lembre-se que a Umbanda é
uma religião nova e neste seu primeiro século de vida tudo é
experimental. Não pensem que os orixás sagrados estão alheios ao que
ocorre, pois não estão.

Eles observam todas as idealizações humanas que tentam torná-los
compreensível a todos os umbandistas e têm amparado os idealizadores,
não negando a oportunidade de propagarem suas concepções acerca do
mistério "Orixás".

Uns idealizadores são mais felizes e alcançam um número respeitável
de adeptos. Mas outros, por causa das inúmeras dificuldades inerentes
à missão de semeador de conhecimentos, logo desistem e decepcionam-se
com a pouca acolhida aos seus escritos. Isto é assim mesmo e não
pensem que com os idealizadores de outras religiões as coisas foram
diferentes, pois não forem.

Para não irmos muito longe, saibam que o Cristianismo, em seu início,
teve muitos idealizadores, e cada um descreveu Jesus Cristo segundo
sua visão, concepção, entendimento e compreensão do mistério divino
que ele era e é em si mesmo.

Não pensem que para os idealizadores do Cristianismo as coisas foram
fáceis, pois eles também não conseguiam se impor sobre a maioria dos
cristãos.
Tantos escreveram sobre Jesus Cristo, que foi preciso um concílio
para que ordenassem a confusão reinante nos três primeiros séculos da
era cristã.

Hoje é fácil para um cristão, ao folhear o Novo Testamento,
visualizar um Jesus Cristo divino e humano ao mesmo tempo em que lê
suas mensagens ou sermões. Mas será que ele era visualizado assim,
facilmente, no início do Cristianismo? É claro que não! O que
sustentou a nascente religião foram os prodígios e os fenômenos
religiosos (conversões e milagres) que ocorreram por toda parte, e
sempre em nome de Jesus Cristo.

Prodígios e fenômenos são as chaves de toda semeadura religiosa e com
a Umbanda não seria diferente, pois eles acontecem a todo instante
por todo o Brasil e surpreendem os descrentes, os ateus, os
zombeteiros e até... os fiéis umbandistas, já acostumados a eles nos
seus trabalhos rituais.

Saibam que, em se tratando de coisas divinas, os prodígios e os
fenômenos são coisas comuns e acontecem em todas as religiões, pois
só assim o senso comum cede lugar à fé e permite que toda uma vida
desregrada seja reordenada e colocada na senda luminosa da evolução
espiritual e consciêncial.

Afinal, de nada adianta só a teoria sobre os orixás, se as práticas
religiosas realizadas em seus nomes não suplantarem o senso comum
arraigado como "normal", religiosamente falando.

Neste aspecto, a Umbanda tem sido pródiga, pois os prodígios de
alguns médiuns e os fenômenos realizados pelos mentores espirituais
provam a todos que, por trás do visível está o invisível (Deus).

E, se fôssemos listar os prodígios e fenômenos, nunca terminariam
porque estão se renovando a todo instante em lugares distantes, e sem
qualquer ligação material entre si. Mas se assim é, é porque assim
acontece com todas as semeaduras religiosas.

Alguns médiuns mais afoitos endeusam quem realiza prodígios e não
entendem que o correto seria meditarem no porquê deles estarem
acontecendo. Não percebem que os prodígios visam dar provas concretas
dos mistérios ocultos regidos pelos sagrados orixás e que estes visam
fornecer meios mais "terra" para a propagação horizontal da religião
umbandista.

A Umbanda ainda é muito recente para prescindir dos prodígios e dos
fenômenos. E nós esperamos que nunca os dispense, pois as pessoas
mais descrentes ou arredias só se convencem da existência dos poderes
divinos quando se deparam com os prodígios realizados pelos médiuns.
Aí sim, deixam de lado o senso comum, despertam para a fé e dedicam
parte do tempo à religião.

A Umbanda é nova e talvez daqui a uns três séculos os seus dirigentes
se reúnam e, tendo muitas idealizações sobre suas mesas, optem por
uma que mais fale aos corações dos umbandistas de então.

E porque três séculos demoram para passar, e porque as idealizações
existentes até o momento são muito "pessoais", então vamos colocar a
nossa à disposição para análise e, quem sabe, ela possa ser adotada,
no todo ou em parte, quando forem comentar nossa religião.

Mas não esqueçam que, se os primeiros cristãos são vistos como
exemplo a ser cultivado no campo religioso do Cristianismo, pelo seu
desprendimento, fé inabalável e tenacidade na defesa da religião que
adotaram, vocês, os umbandistas de hoje, serão vistos, no futuro,
pela forma que se portarem diante das dificuldades que esta nova
religião está encontrando, já que ela é combatida pelas mais velhas
com todas as armas, recursos e truculências que tem à disposição.
Afinal, os romanos tinham o circo onde atiravam os cristãos de então
aos leões. Os neocristãos de hoje tem à disposição a televisão, onde
atiram os umbandistas às hienas mercadoras da fé em Jesus Cristo.

Ou não é verdade que aqueles mercadores de fé, travestidos
em "bispos", divertem-se à custa dos humildes umbandistas, colocados
a todo instante diante de inúmeras dificuldades econômicas para
levarem adiante, e com dignidade, amor e respeito, a fé nos sagrados
orixás, enquanto eles se locupletam à custa do desespero e da aflição
de pessoas humildes e de boa fé, que acorrem aos seus templos movidos
pelas promessas miraculosas de enriquecimento rápido à custa de um
tal "Desafio a Deus?".

Quem em sã consciência ousaria colocar as questões de fé e
religiosidade nesses termos, senão as mesmas hienas famintas que
afluíam ao circo romano em busca de prazer? Quem, em sã consciência,
ousaria colocar a religiosidade diante de Deus como uma prova de
enriquecimento material, senão mercadores da fé? Quem, senão
apóstatas, ousariam levantar a Bíblia Sagrada e desafiar Deus a
enriquecê-los, se nesta mesma Bíblia estão escritas, com o fogo da
Fé, o sangue da Vida e as lágrimas dos humildes, as santificadas
palavras de Jesus Cristo: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco
de uma agulha do que um rico (materialista) entrar no reino do
céu".Quem, senão os mercadores do templo, ousariam subverter  a
pregação de Cristo ao rico, conclamando-o a deixar tudo para trás,
inclusive sua ambição, luxuria e apego aos bens materiais, pois só
assim poderia segui-lo e conquistar um lugar à direita de Deus Pai?

Irmãos umbandistas, tudo se repete em religião. E, se bem já disse
alguém quando disse que da primeira vez é uma tragédia, mas da
segunda é uma comédia, então tudo está se repetindo, pois os
primeiros cristãos eram lançados aos leões nos circos romanos, já os
primeiros umbandistas, que somos nós, estamos sendo lançados às
hienas da televisão... dos mercadores do templo, expulsos por Jesus a
dois mil anos atrás, mas que, travestidos de neocristãos, estão, até
isso, desafiando Deus a enriquecê-los!!!

Que Deus se apiede do espírito destes vis mercadores que envergonham
o próprio Jesus Cristo, pois usam de seu santo nome para locupletarem-
se à custa do sofrimento humano diante de tantas injustiças sociais,
que não são menores do que as que se abatiam sobre a sofrida plebe
romana.

Irmãos em Oxalá atentem bem para o que acabamos de externar e
fortaleçam sua fé, pois os sagrados orixás são eternos e vocês os
estão renovando no meio humano, e renovando a fé e a religiosidade de
milhões de irmãos desencantados com as religiões mais velhas e que
estão tão comprometidas com o atual estado de coisa, que não
conseguem, com os recursos da fé, alterar as injustiças sociais ou
despertar a religiosidade no coração de seus fiéis atuais.

Tenham consciência do momento atual de sua religião e portem-se à
altura do que de vocês esperam os sagrados orixás, já renovados no
Ritual de Umbanda Sagrada. E, creiam, daqui a alguns séculos as
hienas terão se calado, pois terão encontrado a resposta de Deus a
seus desafios.

Mas até que isso aconteça, fortaleçam sua fé no amor aos sagrados
orixás, pois eles são as divindades regentes desse nosso abençoado
planeta. E, se são chamados de "encantados" é porque encantam quem a
eles se consagra e não se deixa abater pelas críticas sofridas, pelas
zombarias achacadas ou pela falta de uma literatura umbandista mais
incisiva para o momento atual e mais esclarecedora acerca dos
mistérios divinos que são os orixás.

Correspondam ao momento atual de sua religião e, no futuro, quando
todos rezarem por uma mesma cartilha, aí se realizarão  e
dirão: "Meus amados orixás, valeu a pena minha tenacidade,
resignação, humildade, amor e fé, pois minha religião prosperou entre
os homens!".

Saravá, meus orixás! Saravá, irmãos em Oxalá!


(texto extraído do livro "O Código de Umbanda" – obra inspirada pelos
Mestres de Luz: Sr. Ogum Beira-Mar, Pai Benedito de Aruanda, Seiman
Hamiser yê, Li- Ma – Hi- An-Se -Hi yê , Mestre Anaanda e 
psicografado por Rubens Saraceni).

 
OS SÍMBOLOS MÁGICOS

Sempre que alguém deseja penetrar nos mistérios, depara-se com uma
barreira, uma defesa, que se aparentemente tudo revela, no entanto
tudo oculta. São símbolos sagrados!

Uma cruz encerra em si mesma tantas interpretações quantas
conseguirmos formular.

Uma estrela comporta tantas analogias que nada lhe escapa.

Um duplo triângulo entrelaçado fascina tanto, que nos é impossível
escaparmos de suas influencias.

Uma espada nos lança num confronto com nosso íntimo sobre as nossas
mais convictas crenças, certezas e concepções.
Uma balança tem o poder de lançar-nos na maior das dúvidas: estou
certo ou errado?

É claro que aí são apresentados como símbolos arquétipos que encerram
em si mesmos poderes, qualidades, atributos e atribuições supra-
humanas e que por isso mesmo nos atraem, envolvem e nos conduzem
através dos encantos, magias e mistérios da criação.

O grande enigma de sempre, e que tanto incomoda os pensadores, é a natureza de Deus. Mas se ela  é inalcançável, no entanto podemos
senti-la caso nos coloquemos sob a influência de um símbolo sagrado.

Ou não é assim que acontece? Um cristão, budista, espírita, pode estudar a religião islâmica que nunca conseguirá tocar em seus mistérios mais ocultos e muito menos sentir a magnífica e divina irradiação que o luminoso quarto crescente traz encerrado em si mesmo, mas só é sensível àqueles que se colocam conscientemente e religiosamente sob a sua influência.

Toda uma religião e seus mistérios divinos estão sintetizados "simbolicamente"numa das fases da lua: o quarto crescente!

Para um islamita, este símbolo encerra uma lei revelada, e ao mesmo
tempo revela toda uma lei. E mais não precisa ser acrescentado ao seu
sagrado quarto crescente, pois em si mesmo seu símbolo sagrado a ele
tudo revela bastando para tanto que se coloque sob a sua irradiação
divina.

Esta é uma interpretação, um cristão pode dar uma relação à sua cruz
sagrada. E um judeu tem a sua estrela de seis pontas a ampará-lo onde
quer que esteja. Por isto, na Tradição, o estudo dos símbolos
sagrados nos atrai tanto: eles encerram e ocultam mistérios sequer
imaginados por nós! Na Tradição, o estudo dos símbolos sagrados é
fonte inesgotável de conhecimentos dos mistérios, divinos por
natureza e sagrados por suas excelências divinas.

Jamais, por mais que os estudemos, conseguiremos esgotar os mistérios
por trás dos símbolos sagrados. E, se assim é, é porque eles são, ao
mesmo tempo, chaves e portas para infinitos vestíbulos totalmente
ocupados por mistérios da criação, que têm por função nos conduzir
ao "interior" de Deus.

Nós, atualmente, temos símbolos sagrados novos ou recentes, que
sustentam a fé e a religiosidade de toda a humanidade.

Temos a cruz, a estrela de seis pontas, o ying e yang.. e mais alguns
para não nos aprofundarmos muito, que atendem a todas as necessidades
imediatas da humanidade no seu atual estágio cultural e evolutivo.

Mas no passado longínquo tivemos outros símbolos, também sagrados, e
que ainda encerram e ocultam em si mesmos todos os mistérios da
criação.

Vamos a alguns deles:
·a cruz gamada.
·a estrela de cinco pontas.
·a serpente do arco-íris.
·a pirâmide eqüilátera.
·o triângulo eqüilátero.
·o círculo quadriculado.
·a cobra-coral.
·a serpente dourada.
·as sete luas.

Fiquemos só com estes símbolos, senão abordaremos religiões pertencentes a outras eras, tão antigas quanto improváveis no plano material devido ao imenso lapso de tempo já existente.

(texto extraído do livro: "O Código de Umbanda" – obra inspirada
pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-
Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografada
por Rubens Saraceni).

 

 
O Médium de Umbanda


O médium de Umbanda, ainda que muitos não o valorize, é o ponto chave
do ritual de Umbanda no plano material.

E por sê-lo, deve merecer dos filhos de Fé já maduros (iniciados)
toda atenção, carinho e respeito quando adentram no espaço interno
das tendas, pois é mais um filho da Umbanda que é "dado" à luz. E tal
como quando a generosa mãe dá à luz mais um filho, onde tanto o pai
quanto os irmãos se acercam do recém-nascido e o cobrem de bênçãos,
amor, carinho e... compreensão para com seus choros, o novo filho de
Fé ainda é uma criança que veio à luz e precisa de amparo e todos os
cuidados devido à sua ainda frágil constituição íntima e emocional.

Do lado espiritual, todo o apoio lhe é dado, pois nós, os espíritos
guias deles, sabemos que este é o período em que mais frágil se sente
um ser que traz a mediunidade.

Para um médium iniciante, este é um momento único em sua vida, e
também um período de transição, onde todos os seus valores religiosos
anteriores de nada lhe valem, pois outros valores lhe estão sendo
apresentados.

Para todos os seres humanos este é um período extremamente delicado
em suas vidas. E não são poucos os médiuns que se decepcionam com a
falta de compreensão para com sua fragilidade diante do novo e do
ainda desconhecido.

É tão comum uma pessoa dotada de forte mediunidade e de grandes
medos, ser vista como "fraca" de cabeça pelos já "tarimbados"
médiuns. Mas estes não param para pensar um pouco no que realmente
incomoda o novo irmão e, com isto, o Ritual de Umbanda Sagrada vê
mais um dos seus recém-nascidos filhos perecer na maior angustia, e
socorre-se a outros rituais que primam pela ignorância do mundo
espiritual e sufocam nos seus fieis, seus mais elementares dons
naturais.

Muitos apregoam que tantos e tantos brasileiros são umbandista, e que
isto demonstra o vigor da religião umbandista. Mas, infelizmente,
isto não é verdade, e só serve para diminuir o que poderia ser uma
grande verdade.

Vários milhões de brasileiros já assumiram suas mediunidades por
completo e são médiuns praticantes, que incorporam regularmente seus
guias dentro das tendas onde trabalham, ou nas suas reuniões mais
intimas em suas próprias casas.

Mas alguns milhões de filhos de Fé com um potencial mediúnico
magnífico já foram perdidos para outros rituais, porque os diretores
das tendas não deram a devida atenção ao "fator médium" do ritual de
Umbanda, assim como não atentaram para o fato de que aqueles que lhes
são apresentados pelos guias zeladores dos novos médiuns, se  lhes
são  enviados, o são  pelo  próprio  espírito
universal e universalista que anima a Umbanda Sagrada, e que é o seu
espírito religioso, que no lado espiritual tem meios sutis de atuar
sobre um filho de Fé, mas no lado material depende fundamentalmente
dos pais e mães no Santo, animadores materiais desse corpo invisível,
mas ativo e totalmente religioso.

É tão comum vermos médiuns já "iniciados" que não tem a menor noção
da existência desse corpo religioso umbandista que se move através do
plasma universal que é Deus, é fé e é religiosidade. "Eu sou filho de
tal orixá...", e pronto! Sua fé acaba a partir daí, e sua ligação com
este plasma divinizado numa religião fica restrito a isto: "Eu sou
filho de tal orixá".

Incorpora seus guias, estes trabalham, e maravilhosamente, pois estão
em comunhão total com este espírito ativo que é o corpo religioso
umbandista, corpo este que assume a forma de orixás ou de seus pontos
de forças, mas que não deixam de irradiar essa energia divina
chamada "Fé".

O ritual é aberto a todas as manifestações, mas o lado material (
médiuns) tem de ser esclarecido de que as manifestações só acontecem
por causa desse espírito religioso invisível conhecido por Ritual de
Umbanda Sagrada, e que fora dele não há manifestações, mas tão
somente possessões espirituais.

É este espírito invisível que sustenta todas as manifestações, quando
em nome da Umbanda Sagrada são realizados.

Houve um tempo em que os orixás foram sincretizados com santos
católicos, pois aí a concretização do ritual aconteceria. As
imagens "mascaravam" a verdade oculta e as perseguições religiosas,
políticas e policiais foram abrandadas.

Mas, atualmente, isto já não é preciso como meio de expansão da
Umbanda Sagrada. Hoje já existe liberdade suficiente para que todos
digam abertamente: "Sou um filho de Fé, sou um filho de Umbanda!".

Mas para que isso possa ser realmente dito, é chegado o tempo de a
Umbanda deixar de perder seus filhos recém-nascidos para religiões 
que ainda recorrem a princípios medievais, quando não obscurantistas.

Há de ser criada uma forte linha de fé doutrinadora dos sentimentos
religiosos dos filhos de Fé, pois só assim a Umbanda Sagrada sairá do
interior das tendas e dos lares e abarcará, num movimento abrangente
e envolvedor, os milhões de irmãos que afluem às tendas ou aos
médiuns à procura de uma palavra de consolo, conforto ou
esclarecimento.

É chegado o momento de todos os médiuns, diretores espirituais,
dirigentes espirituais e pais e mães no Santo, imprimirem aos seus
trabalhos mais uma vertente da Umbanda Sagrada: a doutrinação dos
irmãos e irmãs que afluem às tendas nos dias de trabalho.

É preciso uma conscientização dos pais e mães no Santo de que os
necessitados, os aflitos, os carentes afluirão não só às tendas de
Umbanda, mas também a todas as outras portas abertas onde há uma
promessa, um vislumbre de socorro imediato. Mas só aquelas portas
que, a par do socorro imediato, oferecerem uma luz para toda a vida,
alcançarão seu real objetivo, pois a par do imediato também oferecem
o bem duradouro, que é a fé forte numa religião. E a Umbanda Sagrada
é uma religião!

Por isso ela tem de sair das tendas e conquistar corações dos que a
ela afluem nos dias de trabalho, e conquistar o respeito e a
confiança de todos os cidadãos no seu trabalho de doutrinação e
salvação de almas.

Nós temos acompanhado com carinho e atenção os irmãos umbandistas que
têm oferecido a maior parte de suas vidas a esta necessidade da
religião umbandista – abençoados sãos estes verdadeiros filhos de
Umbanda, mas temos acompanhado a vida de todos os pais e mães no
Santo e temos visto que bloqueiam a si próprios e às suas
potencialidades doutrinadoras dentro da Umbanda Sagrada, quando
limitam a si e sua religião aos trabalhos dentro de suas tendas,
quando os seus guias incorporam e ... trabalham.

Limitam-se só a isto e limitam à própria religião umbandista, pois
não concedem a si próprios as qualidades que seus orixás lhes mostram
que são possuidores. Muitos filhos de Fé, movidos de nobres e
dignificantes intenções, buscam nas línguas a explicação do
termo "Umbanda". Alguns chegam a mergulhar no passado ancestral em
busca do real significado desta palavra.

Nada a opor de nossa parte, mas melhor fariam e mais louvável aos
olhos dos orixás seriam seus esforços, caso já tivessem atinado com o
real e verdadeiro sentido do termo "Umbanda".

Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo, na m'banda, no médium
que sabe lidar tanto com os espíritos quanto com a natureza humana.
Umbanda é o portador das qualidades, atributos e atribuições que lhe
são conferidas pelos Senhores da natureza; os orixás! Umbanda é o
veiculo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, e só um
Umbanda está apto a incorporar tanto os do Alto, quanto os do
Embaixo, assim como os do Meio, pois ele é, em si mesmo, um templo.

·      Umbanda é sinônimo de poder ativo.
·      Umbanda é sinônimo de curador.
·      Umbanda é sinônimo de conselheiro.
·      Umbanda é sinônimo de intermediador.
·      Umbanda é sinônimo de filho de Fé.
·      Umbanda é sinônimo de sacerdote.
·      Umbanda é a religiosidade do religioso.

Umbanda é o veiculo, pois trazem em si os dons naturais, pelos quais
os encantados da natureza falam aos espíritos humanos encarnados.

Umbanda é o sacerdote atuante, que traz em si todos os recursos dos
templos de tijolo, pedras ou concreto armado.

Umbanda é o mais belo dos templos, onde Deus mais aprecia ser
manifestado, ou mesmo onde mais aprecia estar: no intimo do ser
humano.

Umbandas foram os primeiros espíritos dos sacerdotes, que aos poucos
foram criando para si, no intimo dos médiuns filhos de Santo já
preparados para recebe-los, uma linha tão poderosa, mas tão poderosa
que realizavam curas milagrosas nos freqüentadores dos terreiros
de "macumba".

Umbandas eram os caboclos índios que dominavam os quiumbas e
libertavam os espíritos encarnados de obsessores vingativos e
perseguidores.

Umbandas eram os pretos-velhos que baixavam nas "mesas brancas" e
faziam revelações que não só deixavam admirados quem os ouviam, mas
encantavam também.

Umbandas eram os exus e pombas-giras brincalhões, debochados e
francos, tanto quanto os encarnados, pois falavam a estes de igual
para igual, e com isso iam rompendo o temor dos filhos de Santo para
com seus "santos".

Umbanda era o inicio do rompimento da casca grossa da rituália de
culto aos eguns (os sacerdotes) já no outro lado da vida.

Umbanda o sacerdócio; embanda, o chefe do culto; Umbanda, o ritual
aberto do culto dos ancestrais.

Umbanda, onde na banda do "Um", mais um todos nós somos, pois tudo o
que nos cerca, através de nós pode se manifestar.

Umbanda, na banda do "Um" , um todos são e sempre serão, desde que
limpem seus templos íntimos dos tabus a respeitos dos orixás e os
absorvam através da luz divina que irradiam seus mistérios. Daí em
diante, serão todos "mais um", plenos portadores dos mistérios dos
orixás.

Na Umbanda, o médium não é esvaziado, mas tão somente enriquecido com
a riqueza espiritual de todos os orixás.

Umbanda provém de "m'banda", o sacerdote, o curador.

Umbanda é sacerdócio na mais completa acepção da palavra, pois coloca
o médium na posição de "doador" das qualidades de seus orixás, que
impossibilitados de falarem diretamente ao povo, falam a partir de
seus templos humanos: os filhos de Fé!

Despertem para esta verdade, pais e mês de Santo! Olhem para todos os
que chegam até vocês, não como seres perturbados, mas sim como irmãos
em Oxalá que desejam dar "passagem" às forças da natureza que lhes
chegam, mas encontram seus templos (mediunidade) ocupados por
escolhos inculcados neles, através de séculos e séculos que estiveram
afastados de seus ancestrais orixás. Não inculquem mais escolhos
dizendo a eles que tem orixá brigando pela cabeça deles, ou que exu
está cobrando alguma coisa.

Tratem os filhos que Olorum, o Incriado, lhes envia com o mesmo amor,
carinho e cuidados que devotam a seus filhos encarnados.

Cuidem deles; transmitam a eles amor aos orixás, pois orixá é o amor
do Criador às Suas criaturas.

Ensinem-lhes que, na lei de Oxalá, ninguém é superior a ninguém, pois
na banda do "Um", mais um todos são.

Mostrem-lhes que orixá é um santo, mas é mais do que isso: orixá é a
natureza divina se manifestando de forma humana, para os espíritos
humanos.

Não percam tempo tentando contar lendas do tempo de cativeiro, quando
irmãos de cultos diferentes, raças diferentes e formações as mais
diversas possíveis, eram reunidos numa só senzala e evitavam a
mistura dos orixás com medo de perderem seus últimos vestígios
humanos: seus "santos"de cabeça e de fé. O tempo da escravidão já é
passado e Umbanda é liberdade de manifestação dos orixás através dos
seus veículos naturais; os médiuns.

Ensinem-lhes que, se estão aptos a incorporarem o "seu" pai de
cabeça, também estão aptos a serem as moradas de todos os
outros "pais", pois orixá é antes de qualquer coisa e acima de tudo,
isto: senhora da cabeça. é senhor da coroa luminosa que paira em
torno do mental purificado do filho de Fé já liberto dos escolhos que
o mantinham acorrentado e escravizado a tabus e dogmas religiosos,
que antes de tudo visavam impedi-lo de ser mais um na banda do "Um",
e mantê-lo na eterna dependência da vontade dos carnais senhores dos
cultos ao Criador, onde um é o pastor e os restantes, só rebanho,
ovelhas mesmo!

Digam que na banda do "Um", o rebanho é composto só de pastores,
pois "Umbanda" é sacerdócio.

Esclareçam ao filho recém-chegado que se sente incomodado, que isto
não é nada ruim, pois há todo um santuário aprisionado em seu intimo
que está tentando explodir através de sua mediunidade magnífica.
Conversem demoradamente com ele e procurem mostrar-lhe que Umbanda
não é a panacéia para todos os males do corpo e da matéria, mas sim o
aflorar da espiritualização sufocada por milênios e milênios de
ignorância e descaso para com as coisas do espírito.

Expliquem que pode fazer o que quiser com seu corpo material, mas
deve preservar sua coroa (cabeça), pois é nela que a luz dos orixás
lhe chega e o liberta dos vícios da carne e do materialismo brutal.

Ensinem-lhe que, como templos, deve manter limpo seu íntimo, pois
nesse íntimo há uma centelha divina animada pelo fogo divino que a
tudo purifica, e que o purificará sempre que entregar sua coroa ao
seu orixá. Instrua-os com seu mentor guia chefe, irmãos e irmãs (pais
e mães de Santo).
Estabeleçam um dia da semana ou do mês dedicado exclusivamente a um
guia doutrinador que lhe falará da Umbanda a partir da visão mais
acurada desta religião, em que os fiéis são mais que fiéis:
são "meios" onde toda uma gama magnífica de seres de altíssima
evolução se manifestam como humildes pretos-velhos, garbosos mas
amáveis caboclos, inocentes crianças ou humanos exus e pombas-giras.
Sim porque nós conhecemos irmãos exus que possuem muito mais luz do
que vocês imaginam. E se preferem atuar como exus, é porque assim,
bem humanos, chegam mais rápido até onde desejam: aos consulentes
sofredores e veículos de espíritos sofredores afins.

Ensinem aos médiuns que eles trazem consigo mesmo todo um templo já
santificado e que nele se assentam os orixás sagrados. E que através
desse templo muitas vozes podem falar, e serem ouvidas pois Umbanda
provem de Embanda: sacerdote!

E o médium é um sacerdote, um embanda, um Umbanda, ou mais um na
banda do um, a Umbanda!

(Texto extraído do livro "O código de Umbanda" – obra inspirada pelos
mestres da Luz: Senhor Ogum Beira-Mar, Pai Benedito de Aruanda. Li-
Mahi-An-Seri-yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicog. por
Rubens Saraceni).

AS HIERARQUIAS DOS TRONOS DE DEUS

AS LINHAS DE LEI DE UMBANDA


Prezados irmãos na fé em Oxalá!

Vamos comentar a linha de Umbanda a partir de seus fundamentos
ocultos, pois só assim entenderão a abrangência do termo "lei" na
vida de um ser humano. Antes vamos esclarecer algumas lacunas
existentes, senão o conhecimento que transmitiremos ficará
incompreensivo.

Divindade, todos sabem o que são. Por divindade entendemos um ser
divino portador de qualidades superiores e localizadas numa faixa
vibratória exclusiva do Divino Criador, onde Ele Se manifestará de
forma já individualizada em Seus Tronos. Deus, quando Se nos mostra
de forma individualizada, está atuando em nossas vidas através das
Suas hierarquias divinas formadas por divindades.

Portanto, divindades são seres superiores que manifestam as
qualidades de Deus.

Muitos já ouviram falar em deuses do fogo, deusas das águas, deus do
trovão, etc. Entendam esses "deuses e deusas" como divindades que
são "senhores" do fogo, da água, do trovão, etc. E por senhores,
entendam as divindades que guardam os mistérios desses elementos da
natureza. Então temos os orixás do fogo, da água, do ar, etc.

Essa categoria de orixás elementais não interfere em nossas vidas,
pois já nos afastamos do estágio elemental da evolução. Sim, nós já
fomos seres elementais. Mas esse estágio da evolução já foi vivido a
tanto tempo, que dele só guardamos lembranças vagas em nosso
subconsciente.

Essas divindades ou orixás elementais são manifestadores energéticos
das qualidades de Deus, e nós os chamamos de orixás do fogo, da água,
do ar, etc.

Mas temos, nas hierarquias divinas, os Tronos (ou orixás) Encantados,
que são os que atuam mentalmente e por magnetismo energético, que é
tão forte que mantém à sua volta os seres que sustentam mentalmente.

Por isso são chamados de Orixás Encantados: possuem um magnetismo tão
forte que "encantam" os seres que amparam mentalmente e sustentam
energeticamente.

Depois, nas hierarquias divinas, temos os Orixás Naturais, que atuam
mentalmente, energeticamente e consciencialmente, pois têm como uma
de suas atribuições, despertar a consciência dos seres sobre si
mesmos e sobre o universo onde vivem e evoluem. Nós somos um exemplo,
pois estamos despertando nossa consciência e adquirindo a capacidade
de raciocinarmos a partir de fatos consumados, que nos fornecem os
conhecimentos que precisamos para não repetirmos os mesmos erros e
aprimorarmos nossos conceitos sobre a vida.

Às divindades ou orixás que atuam a partir de nossa consciência, nós
os chamamos de "Orixás Naturais" porque tanto atuam sobre a natureza
física como sobre a energética, e também sobre a natureza íntima dos
seres, ou seja, sobre suas consciências.

Sim, todos possuem uma natureza íntima que, pouco a pouco, vai
individualizando-o e distinguindo-o entre seus semelhantes.

Por isso eu sou quem sou e não sou outro.

Ao me reconhecer estou me individualizando e me diferenciando e me
diferenciando dos meus irmãos, que se são meus semelhantes, no
entanto não são iguais a mim; não tem os mesmos gostos, as mesmas
vontades, desejos ou ambições de vida. Eu aprecio as coisas
religiosas. Meu irmão prefere as coisas esportivas e outro prefere as
coisas literárias.

Três seres, três cabeças e três naturezas "individualizadas" e
diferentes entre si, já que vibram anseios diferentes dentro do mesmo
universo onde vivemos e evoluímos.

É neste vasto campo natural que atuam as divindades ou Orixás
Naturais: sobre naturezas individualizadas, mas que estão vivendo
lado a lado! Sim, porque os orixás elementais atuam em naturezas bem
definidas e isoladas: uns atuam no elemento fogo e seus domínios são
ígneos, outros atuam sobre o elemento água e seus domínios são
aquáticos.

Já os Orixás Encantados não atuam sobre os elementos fogo ou água, e
sim sobre as naturezas dos seres, mas de uma forma geral, pois os
seres ainda são inconscientes ou não individualizados.

Os seres encantados são amparados pelo que chamamos de "consciência
coletiva". Essa consciência coletiva é sustentada pelo orixá
encantado que ampara, se aquático, seres da água, ou seres ígneos se
for um orixá do fogo.

Então temos que um orixá da água sustenta seres já individualizados
energeticamente, mas não mentalmente, pois a consciência do regente,
totalmente identificada com o elemento que o distingue, o torna tão
atrativo magneticamente que os seres que ele ampara sentem-se parte
dele.

Como exemplo podemos recorrer a uma samambaia, que é um fino caule
sustentando muitas folhas. E se, cada uma delas é uma folha, no
entanto sem o caule elas não vivem, e este, sem elas, deixa de ser
visto como uma samambaia.

A simbiose mental entre o orixá encantado e os seres "encantados" é
tanta que através de um deles podemos ver o orixá que o rege, o
ampara e o sustenta. E retirá-lo do domínio do orixá é como
arrancarmos um fio de cabelo de nossa cabeça: doerá em nós e o fio
morrerá!

Ou como na samambaia: a folha secará e o caule ficará desfigurado,
pois um  e outra se confundem na formação da samambaia.

Isso é orixá encantado e seres encantados da natureza, seres
individualizados energeticamente, mas que ainda estão tão intimamente
ligados consciencialmente, que são indissociáveis. E esta ligação é
mental, pois os seres vibram o que o orixá vibra, e este sente todo e
qualquer desequilíbrio vibratório em seus "encantados".

Um ser encantado é capaz de manifestar todas as qualidades do orixá
encantado que o rege, pois ele é como a folha da samambaia: traz em
si as qualidades que a definem como samambaia!

Assim, uma encantada de Yemanjá traz em si as qualidades da Yemanjá
encantada que a rege, que a torna em si mesma uma Yemanjá. E
manifesta todas as qualidades de sua regente justamente porque está
intimamente ligada a ela, e é em si mesma uma extensão da sua regente
Yemanjá encantada!

Um ser encantado não consegue se ver individualmente, pois sente-se
parte do mental coletivo centralizado no orixá que o rege e o guia em
todos os sentidos.

Este é o estágio encantado da evolução dos seres. Já o estágio
seguinte, nós os chamamos de "estágio natural da evolução" porque é
nele que os seres individualizam-se e vão assumindo conscientemente o
controle de suas naturezas intimas, aprendendo a discernir as
características que os tornam diferentes de seus semelhantes. Então
surgem os seres naturais, cada um com um gosto ou predileção que o
individualiza e o afiniza com outros orixás.

Se uma encantada de Yemanjá era regida só pelo elemento água, pois
sua natureza é aquática, uma natural de Yemanjá continua a ser regida
pelo elemento água, mas se ela sente uma predileção pelo elemento ar,
então sua natureza intima a direcionará para esse novo elemento e
logo ela será diferenciada e distinguida como uma "Yemanjá do ar".

E aí, no estágio natural da evolução, encontramos Yemanjás do ar, da
terra, dos minerais, dos cristais, etc.

A individualização permite ao ser uma conscientização contínua e
proporciona a ele um novo campo de atuação, pois se a encantada de
Yemanjá só atuava no elemento água, a natural de Yemanjá tanto atua
água quanto no ar, ou na terra ou nos minerais, etc. E, porque o ser
adquiriu uma consciência de que pode acrescentar outras qualidades às
qualidades originais do elemento água, então se guiará no novo
elemento sustentado por dois orixás: um da água (Yemanjá) e outro do
ar (Iansã).

Isto que acabamos de descrever aplica-se a todos os Orixás Naturais e
os seres naturais regidos por eles.

(texto extraído do livro: "O Código de Umbanda" – obra inspirada
pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-
Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografada
por Rubens Saraceni).


 

A ATUAÇÃO DOS ORIXÁS


Uma das maiores dificuldades das pessoas é o entendimento da
ascendência dos orixás sobre suas vidas e nós temos insistido nos
estágios da evolução que, se formam um continuum na vida dos seres,
no entanto não se processam em uma mesma dimensão.

Se hoje somos espíritos, ontem éramos seres naturais e não
precisávamos reencarnar para evoluir. E anteontem éramos seres
encantados da natureza, regidos por Orixás Encantados que
direcionavam e monitoravam mentalmente nossa evolução.

Enfim, um ser não é um produto acabado quando é criado por Deus. E se
nos permitem uma comparação, no momento da nossa criação não éramos
diferentes de um óvulo fecundado por um sêmen, pois desta união surge
uma vida, um indivíduo com uma herança genética que controlará sua
formação celular, nervosa, óssea, etc., dotado de um cérebro que lhe
facultará um aprendizado contínuo e uma capacidade de raciocinar já a
partir de suas necessidades básicas.

Enquanto estamos protegidos no útero materno, somos o ser que está
sendo gerado no íntimo de Deus. Quando nascemos, o nosso cordão
umbilical é cortado e só sobrevivemos porque temos no leite materno
um composto energético que nos fornece todo alimento de que
necessitamos para continuarmos vivos e bem alimentados.

O leite materno, comparativamente, é a energia elemental que dá
sustentação energética aos seres recém-saídos do estágio original da
evolução, que alguns chamam de estado virginal do espírito, onde
ainda somos seres virginais porque não entramos em contato com nada
do que existe fora do útero divino.

Nós, quando vivenciamos nosso estágio elemental da evolução, éramos
totalmente inconscientes, como são todos os recém-nascidos, e não
dispensávamos o amor, carinho e amparo materno, que recebíamos de
nossas mães elementais.

Elas nos inundavam com suas irradiações de amor e de fé e formaram
nossa natureza básica ou elemental.

As mães elementais formam uma hierarquia divina venerada, adorada e
respeitadíssima por todos os Orixás Encantados e naturais, que as tem
na conta de mães divinas puras em todos os sentidos, pois são puras
nos seus elementos e no amor que irradiam.

As mães ígneas irradiam energias elementais puras do fogo e vibram um
amor que abrasa quem está em seu campo vibratório e sob suas
irradiações.

E o mesmo acontece com as mães aquáticas, eólicas, telúricas,
minerais, vegetais e cristalinas.

Aproximar-se de uma dessas mães é voltar à primeira infância num
piscar de olhos, mesmo para um espírito tão velho quanto eu, Pai
Benedito de Aruanda.

Já o segundo estágio de nossa evolução acontece quando o nosso corpo
e natureza elemental já estão formados e aptos a absorverem energias
mistas.

Automaticamente somos conduzidos aos jardins de infância dirigidos
por nossas mães bielementais, para absorvermos um segundo elemento e
desenvolvermos nosso emocional ou pólo negativo.

Neste estágio dual ou bielemental da evolução, encontramos as nossas
amadas mães mistas, tão amorosas quanto as primeiras, mas atentas ao
nosso crescimento e ao desenvolvimento de nossas faculdades
elementares ou básicas, também conhecidas como "instintos básicos".

Estas nossas amadas mães são conhecidas como: Yemanjás do ar, da
terra, dos minerais, dos vegetais (isto mesmo) e dos cristais. Só não
são Yemanjás do fogo, pois estes elementos não combinam com água, que
é o elemento original delas. Mas nós as encontramos nas Oxuns do fogo
e também nos outros elementos, mas não temos as mães Oxuns vegetais
no nosso segundo estágio da evolução porque o elemento puro mineral e
o vegetal não se combinam. Elas só surgirão em nossas vidas no nosso
quarto estágio da evolução ou evolução natural, pois aí o mineral, o
vegetal, a água, o ar e o fogo formarão um composto energético já
assimilável pelos seres, muito mais desenvolvidos em todos os
sentidos.

E assim, em nosso segundo estágio da evolução fomos amparados e
instruídos por nossas amadas mães mistas ou bielementais, que também
são amadas, veneradas e respeitadíssimas por todos os orixás.

Depois de desenvolvermos nossos instintos básicos e nosso emocional,
somos conduzidos ao nosso terceiro estagio da evolução, também
conhecido como estágio encantado da evolução dos seres. E quem nos
acolheu no aconchego de seus amores maternos foram as nossas amadas e
severas mães encantadas.

São severas porque sabem que os seres ainda guiados pelos instintos
são semelhantes aos adolescentes do plano material: são emocionais,
instintivos, curiosos, inquiridores, um tanto cabeças-duras e
impetuosos!

Ou encontram nas mães encantadas as mestras rigorosas, ou com toda
certeza acabarão se confundindo e trocando os pés pelas mãos,
paralisando suas evoluções.

As nossas mães encantadas não são menos amorosas que as duas
categorias anteriores, mas exigem uma obediência total, senão nos dão
umas "palmadinhas" para nos recolocar na senda evolutiva.

Elas já são irradiadoras de, no mínimo, três elementos que formam uma
quarta energia, que desperta os sentidos e a sensibilidade nos seres
encantados. São tantas as mães encantadas que é impossível
quantificar seu número. E todas são rigorosas, não importando de qual
elemento original elas provenham.

Elas são mães e mestras e tanto nos amam quanto nos instruem. E não
nos liberam para o quarto estágio da evolução enquanto não tiverem
plena certeza de que estamos aptos a vivenciá-lo. E mesmo depois de
nos entregar aos cuidados de nossas mães naturais, continuam a vigiar-
nos... e a aplicar corretivos se nos desviamos na nossa conduta
pessoal ou do caminho que devemos trilhar.

De vez em quando, tem algum ser natural sendo chamado à razão por
alguma delas. E até nós, os espíritos reintegrados às hierarquias
naturais, às vezes somos advertidos quanto ao nosso liberalismo
humano.

Isto de alguns filhos de Santo dizerem que as mães encantadas são
intolerantes com suas falhas individuais e que os punem com
severidade, bem... é verdade!

Com elas não  tem a desculpa de que depois se conserta o que estragou
ou depois se repara um erro. Ou conserta e repara no ato ou... é
posto de castigo e ajoelhado em cima de grãos de milho, certo?

Estas mães encantadas são sensíveis aos seus filhos e fazem de tudo
para desenvolver neles os sentidos que os guiarão pelo resto da vida,
deixando de guiarem-se pelos instintos básicos.

Muitos encontram certa dificuldade em deixar de se guiar pelos
instintos e acabam sendo recolhidos a faixas vibratórias especificas,
onde esgotarão seus emocionais negativados, pois só depois disso
desenvolverão a percepção e os sentidos se abrirão como canais
mentais direcionadores de suas ações. Só quando desenvolverem
plenamente seus sentidos e a percepção, que é o recurso básico usado
por seus filhos, é que as mães encantadas os encaminham às mães
naturais, que os receberão e os sustentarão no quarto estagio da
evolução que chamamos de estágio "natural" da evolução.

As mães naturais, ao contrário das mães encantadas, são mais
liberais, ainda que mantenham o mesmo rigor e severidade.

Mas elas dão uma certa liberdade de ação aos seus filhos para que
eles possam desenvolver a consciência. Esse despertar da consciência
implica assumir compromissos e sustentar iniciativas guiadas pelos
sentidos e pela consciência.

O mesmo acontece conosco, que viemos do terceiro estágio da evolução,
quando também éramos seres encantados guiados pelos sentidos e pela
percepção.

Paralelismo vibratório é um recurso maravilhoso de Deus, pois quando
um ser não está evoluindo sob a regência de uma mãe natural, então
ela o encaminha a outra faixa vibratória, onde outro elemento básico
predomina. E nela o ser passará por uma acentuada aceleração ou
desaceleração em sua vibração individual, sempre visando o melhor
para ele, que tem de se conscientizar e assumir "conscientemente" a
condução de sua vida, suas iniciativas e suas preferências pessoais.

A quarta faixa vibratória de todas as dimensões naturais, onde não
acontece o ciclo encarnacionista, está, vibratoriamente, no mesmo
nível terra da faixa humana onde os espíritos encarnados vivem e
evoluem.

Nós somos espíritos porque, quando desenvolvemos nosso corpo
percepcional e passamos a nos guiar pelos sentidos, fomos
espiritualizados ou revestidos de um plasma cristalino que protege
nosso corpo energético para que suportemos as irradiações energéticas
que penetram na dimensão humana e a inundam dos mais variados tipos
de energias.

Não nos perguntem porque Deus criou a dimensão humana, pois esta
resposta só Ele pode dar. Mas nós raciocinamos e muitas hipóteses já
foram aventadas. A que parece ser a mais lógica é a que indica que o
espírito desenvolve, junto com o despertar da consciência, a
criatividade. Se bem que, como aqui na dimensão humana tudo se
desenvolve em dois sentidos, também desenvolvemos a ilusão.

E, enquanto a criatividade humana nos proporciona recursos adicionais
à nossa evolução, a ilusão nos induz ao emocionalismo, ao retorno aos
instintos básicos, à paralisação dos nossos sentidos e do nosso
percepcional, à inconsciência e a quedas vibratórias acentuadas que
nos afastam do convívio dos espíritos que nos são afins.

Os nossos irmãos naturais desenvolvem a consciência e apuram ainda
mais seus percepcionais, enquanto nós aperfeiçoamos nossa consciência
e apuramos nosso raciocínio, pois a criatividade precisa de uma
apuradíssima capacidade de raciocinar a partir de conceitos abstratos
para que cheguemos às definições corretas que possibilitam a
criação "concreta" de novos recursos que facilitarão nossa evolução.

Esta hipótese se mostra a mais lógica porque nós conhecemos as
dimensões naturais e nelas não existe a criatividade humana, que
transforma o meio onde vivemos, altera os nossos costumes, nossas
culturas, nossos ideais... e até criamos religiões. Nas dimensões
naturais não existem os nossos tão abstratos conceitos religiosos e
nossas mirabolantes concepções sobre Deus.

O sentido da Fé vai conduzindo todos ao mesmo tempo, pois as
vibrações dos orixás irradiadores de religiosidade são absorvidas por
todos ao mesmo tempo. E quando um ser natural desenvolve o sentido da
Fé até seu limite, assim como adquire a plena consciência, então se
torna um irradiador natural da fé, semelhante ao seu orixá regente,
que o amparou o tempo todo com suas intensas vibrações despertadoras
dos sentimentos de amor, respeito e reverência para com o Divino
Criador, e para com todas as criaturas, os seres e toda a criação
divina.

Este processo evolutivo é contínuo e o chamamos de evolução natural.
Porque o ser não tem sua memória adormecida em momento algum, desde
que saiu do útero divino que o gerou. Ele não teve de reencarnar
seguidas vezes e não se esqueceu de nenhuma de suas vivenciaçoes,
ocorridas nos três estágios anteriores da sua evolução.

E, se são semelhantes a nós já que o único diferenciador é o plasma
cristalino que envolve nosso corpo energético, no entanto algo os
distingue de nós, pois aos nossos olhos humanos eles são
todos "iguais".

Eles não reencarnam e não são diferenciados pelo corpo carnal, como
acontece conosco, os seres espiritualizados.

Sim, porque se nascermos chineses, nossos espíritos mostrarão os
traços característicos desta raça. E se nascermos negros ou louros, o
mesmo acontecerá, ainda que essa membrana plasmática cristalina possa
ser alterada mentalmente por nós, que assumiremos a aparência que
desejarmos se dominarmos esse processo de alteração de nosso corpo
plasmático.

Os seres naturais não alteram suas aparências porque lhes falta este
revestimento plasmático, e nem lhes ocorre assumirem outras
aparências, pois consideram isto um recurso típico dos seres
espiritualizados, que recorrem às aparências porque procuram iludir-
se, já que estão aparentando alguém que não foram ou são, ou já foram
e não são mais.

E as aparências plasmadas não resistem à penetrante visão deles, que
nos vêem através de nossos corpos energéticos, nunca através do nosso
corpo plasmático. A eles falta a criatividade e a ilusão, que são
faculdades tipicamente humanas, já que só se desenvolvem no estagio
humano da evolução.

No aspecto religioso, eles nominam Deus de Divino Criador e Senhor da
Luz da Vida, e quando O invocam, fazem-no através de cantos
mantrânicos, nunca num diálogo coloquial como nós fazemos.

Nós chamamos aos orixás por seus nomes humanos, tais como Ogum,
Oxossi, Xangô, Yemanjá, etc. Mas eles só se dirigem a eles através de
seus nomes mantrânicos ou divinos, que é a mesma coisa.

Estes nomes são formados por sílabas e cada uma possui seu tom e sua
fonética particular, formando um canto ou mantra.

Eles não procedem como nós, que a todo instante exclamamos: "Valei-me
Deus!", "Ajude-me, meu Pai Ogum!", etc.

Muito antes de o código hebreu proibir o chamamento em vão do nome de
Deus, os nossos irmãos naturais já tinham isto como regra de conduta.
E a aplicam aos sagrados orixás, aos quais podem ver o tempo todo,
estejam próximos ou distantes deles, bastando-lhes fixar suas visões
no orixá que desejam focalizar visualmente.

Logo, não existe uma separação visual entre os nossos irmãos naturais
e os seus regentes divinos, mesmo que estejam em outra dimensão.

Já o mesmo não ocorre conosco, os espíritos, pois a encarnação
bloqueia nossa visão superior e o adormecimento de nossa memória nos
impede de nos lembrarmos das divindades naturais e de como focalizá-
las visualmente e mentalizá-las vibratoriamente.

Por isto a realidade religiosa dos seres naturais é superior à nossa
e dispensa as nossas concepções abstratas acerca de Deus, das
divindades e de como atuam em nossas vidas.

Conosco, a religiosidade tem de ser estimulada verbalmente, senão
nosso sentido da fé vai se atrofiando. Já com eles, que absorvem as
irradiações contínuas dos orixás irradiadores da fé e da
religiosidade, isto não acontece em momento algum.

Mas têm um problema comum conosco: às vezes caem vibratoriamente
quando se entregam à vivenciação de seus desejos, de seus instintos e
de seus desequilíbrios emocionais. E não são pequenas essas quedas
vibratórias. Quando caem vibratoriamente, afastam-se naturalmente do
regente do nível onde se encontram e vão "descendo" a outros níveis,
numa queda contínua que só termina quando chegam ao pólo magnético
negativo da irradiação que os está sustentando.

Se um natural de Ogum começa a cair vibratoriamente por causa de uma
das razões que citamos acima, dificilmente deixa de cair até o pólo
magnético negativo da linha de forças irradiantes do mistério da Lei
Divina.

E se, quando vivia sob a irradiação do pólo magnético positivo era
irradiante e irradiador de vibrações ordenadoras e sustentadoras da
ordem, no pólo magnético negativo torna-se absorvedor de energias
negativas e assume uma única cor, comum a todos os que estão sob a
irradiação de um pólo magnético negativo.

Quando isto acontece, nós chamamos estes seres de seres negativados,
pois são intolerantes, irascíveis, violentos, perigosos, ensimesmados
e refratários a qualquer contato.

Eles se isolam em si mesmos e se autopunem por terem falhado em
alguns dos setes sentidos básicos. Sentem-se indignos dos regentes
irradiantes e fogem deles assim que percebem suas aproximações.
Muitos adentram nos níveis vibratórios afins da dimensão humana, no
intuito de ocultarem-se da visão e da luz dos orixás.

Mas, por serem portadores de uma inocência natural, são presas fáceis
dos "poderosos" espíritos caídos nas trevas humanas, que possuem seus
sombrios domínios abarrotados de espíritos caídos, também por
vivenciarem seus desejos, por desequilíbrios emocionais e por seus
instintos básicos.

Estes poderosos espíritos caídos, os temidos "grandes das Trevas",
recorrem aos seus poderes mentais e suas faculdades ilusionistas e
praticamente escravizam estes seres naturais, hipnotizando-os e
livrando-os de suas culpas conscienciais, adormecendo no intimo deles
os sentimentos de vergonha e o desejo de se autoflagelarem.

Os grandes das Trevas acercam-se desses naturais caídos porque estes
são leais, fieis, obedientes e submissos ao extremo. Além de serem
irradiadores de energias negativas muito perigosas para os espíritos
humanos, que somos nós.

Os grandes magos negros das trevas humanas os usam assiduamente para
perseguirem seus desafetos encarnados ou retidos nos sombrios níveis
vibratórios das faixas negativas da dimensão espiritual humana.

Na inocência natural deles está sua fraqueza, pois são iludidos com
facilidade e lhes falta o recurso da criatividade humana para
pensarem numa saída racional para o problema que criaram para si
mesmos.

Os magos das trevas os induzem a crerem que os orixás luminosos não
gostam mais deles e que os querem longe de seus domínios naturais,
despertando neles uma ojeriza à luz e a todos que vivam nas faixas
vibratórias luminosas.

O fato é que, quando alguém, seja um ser natural ou um espírito
humano, é portador natural de um mistério, os seres elementares, os
encantados e os naturais vêem o grau e o mistério no seu portador e o
tratam com respeito e reverência e aproxima-se dele para absorverem
as suas irradiações naturais, que contêm as vibrações divinas do
mistério que se manifesta através dele e flui junto com suas
irradiações.

Se assim procedem é porque, passando a absorver as irradiações do
mistério, chegará um tempo em que também eles se tornarão
irradiadores do mistério que os irradiou e sustentou.

Se existem mistérios humanos?

- Sim, existem os mistérios humanos, irmãos amados!

Nossa criatividade é um deles e tem nos ajudado a superar obstáculos
gigantescos em nossa evolução segmentada, pois ora estamos vivendo no
plano material, ora no plano espiritual.

Um outro mistério humano é a faculdade de desenvolvermos mais de um
mistério natural em nós mesmos. Sim, os seres naturais e os
encantados só irradiam a partir de si mesmos um mistério, seja ele de
natureza positiva ou negativa.

Mas nós, espíritos humanos, podemos irradiar quantos desejarmos e
formos capazes de desenvolver em nosso íntimo, até um ponto em que
passamos a irradiá-los naturalmente, desde que nos coloquemos em
sintonia vibratória com as divindades irradiadoras deles.

Querem um exemplo simples acerca do que estamos comentando? Ei-lo:

Um médium de Umbanda "lida" com vários orixás ao mesmo tempo durante
seus trabalhos magísticos. Num instante ele ativa o mistério de um
para, no instante seguinte, ativar o de outro, já afim com sua nova
necessidade. Durante o decorrer de uma engira, vários orixás são
invocados e os médiuns vão assimilando suas irradiações, tornando-se
irradiadores das energias deles.

E se invocam Exu, no mesmo instante Exu se manifesta e os médiuns
passam a irradiar suas energias. Essa capacidade humana de lidar com
mistérios distintos e ao mesmo tempo só nós, os seres
espiritualizados, possuímos, já que os seres encantados ou naturais
de Ogum, por exemplo, só irradiam qualidades de Ogum, e o tempo todo.

Um encantado ou natural de Oxóssi só irradia qualidades de Oxóssi, o
tempo todo. Uma encantada ou natural de Yemanjá só irradia qualidades
de Yemanjá, o tempo todo. Uma encantada ou natural de Oxum só irradia
qualidades de Oxum, o tempo todo.

Por qualidades entendam mistérios e energias!

Já nós, os espíritos humanos, bem, ora estamos irradiando Ogum, ou
Oxóssi ou Xangô, ora estamos irradiando Yemanjá, Oxum, Iansã, etc.

Por que esta diferente capacitação? O que é que nos faculta
irradiarmos ora um e ora outro orixá? O que é que nos diferencia de
nossos irmãos encantados ou naturais, que só conseguem irradiar um
orixá apenas?

Bom, esta diferenciação acontece porque um encantado ou natural de
Ogum é o que é: Um Ogum individualizado em si mesmo mas regido o
tempo todo pelo mistério Ogum, do qual não consegue se afastar,
desligar ou deixar de irradiar o tempo todo.

Um ser natural Ogum é um Ogum em si mesmo e irradia Ogum o tempo
todo, nunca se dissociando de seu regente divino. E o mesmo acontece
com todos os seres elementais, encantados e naturais regidos pelos
outros orixás.

Já o mesmo não acontece com um espírito ou ser humano, pois o simples
fato de viver e evoluir na dimensão humana já lhe faculta a
possibilidade única de desenvolver a bipolaridade magnética,
vibratória e irradiadora ou absorvedora de mistérios.

Um espírito humano tem uma direita e uma esquerda, um alto e um
embaixo, aos quais manipula segundo suas afinidades ou necessidades.

Um espírito pode ter no alto o orixá Oxalá, no embaixo o orixá Omulú,
na direita a orixá Yemanjá e na esquerda a orixá Iansã, e pode
absorver as irradiações dos quatro, que não deixará de ser o que é:
um espírito humano!

Já um nosso irmão encantado ou natural, bom, ele só absorve as
irradiações de um desses quatro orixás ou entra em desequilíbrio
magnético, vibratório e energético e fica confuso e desequilibrado
emocionalmente. E cai! Istoé um dos muitos mistérios humanos, filhos
de Fé nos orixás!

O estágio humano da evolução não é superior a nenhum outro. Mas que
possui seus mistérios, isto ele possui! E quando um espírito humano
desenvolve-se consciencialmente e adquire controle sobre seu
emocional, logo é atraído pelas hierarquias naturais regidas pelos
orixás que o assentam à direita ou à esquerda e o tornam irradiador
de suas energias e mistérios.

Eu mesmo, Benedito de Aruanda, acho que já me assentei à direita ou à
esquerda de todos os senhores(as) Orixás Intermediários naturais e
junto de muitos dos senhores(as) Orixás Intermediários encantados,
assim como já fui assentado à direita de alguns(as) Orixás Elementais.

A todos sirvo com fé, amor e profundo respeito, pois entendi que eles
formam a imutável e inquebrável hierarquia divina do Divino Olorum,
que é o nosso Divino Criador.

Este servir é irradiar individualmente, e segundo minha limitada
capacidade, alguns dos mistérios que eles irradiam a todos, o tempo
todo e de forma multidimensional, pois cada um possui uma irradiação
vertical e outra horizontal, formando a quadratura do círculo onde
estão assentados, pois são "Tronos Divinos".

Eu, se vos falo dos senhores orixás com tanta naturalidade e
conhecimento, é porque dentro dos meus limites humanos e deles recebi
a orientação de ensina-los aos seus filhos que foram
espiritualizados, mas continuam a ser o que nunca deixarão de ser:
filhos de orixás.

Sim, todos são filhos de orixás, mas só os que desenvolvem os
mistérios humanos (os seres espiritualizados) conseguem faze-lo sem
grandes dificuldades. Se bem que "alguns" acabam estacionando por
muito tempo nas zonas sombrias da dimensão espiritual humana.

Mas isto também acontece nas dimensões naturais regidas pelos orixás,
ainda que não chamem o lado escuro delas de inferno ou umbral, pois
lá o nome destas zonas sóbrias é este: pólos negativos!

Sim, os orixás regentes dos pólos negativos sustentam os seres
encantados ou naturais que, por alguma razão, falharam em suas
evoluções e tiveram de ser afastados do convívio com os que evoluíam
equilibradamente. Eles estacionam nos níveis vibratórios negativos
até que possam retomar, já equilibrados, suas evoluções naturais,
pois eles não reencarnam e não tem suas memórias adormecidas, como
acontece conosco sempre que reencarnamos para superar obstáculos que
nos desequilibraram intensamente. Eles não saem da irradiação do seu
regente natural. Assim, um encantado de Ogum, se vier a se
desequilibrar durante seu estágio encantado da evolução, não sairá da
dimensão regida pelo Orixá Ogum. Apenas será atraído pelo pólo
magnético negativo que nela existe e, amparado por um orixá Ogum
cósmico, mas de nível intermediário, nele estacionará até que tenha
superado o desequilíbrio que o negativou magneticamente. É um
processo seguro, mas lento, de reequilibrá-lo emocionalmente.

Já o mesmo não acontece nas zonas sombrias da dimensão humana. Nelas
sempre tem um "espertinho" para recepcionar os espíritos negativados
que sempre está pronto e disposto a aproveitar-se deles que, se já
estão desequilibrados, muito pior ficarão após suas quedas
vertiginosas.

As zonas sombrias humanas são como as prisões do plano material:
alguém atropela alguém com seu veículo. Se for condenado à prisão,
vai conviver com assaltantes, estupradores, assassinos frios e
calculistas. Quando sair da prisão, terá feito um estagio completo no
mundo da criminalidade, e com certeza recorrerá aos seus
novos "conhecimentos" assim que se ver em dificuldades.

Já o mesmo não acontece nas dimensões naturais. Nelas não se
misturam, de forma alguma, seres com desequilíbrios diferentes. Quem
se desequilibrou num sentido não entra em contato com quem se
desequilibrou em outro.

Se um encantado viciou-se nas coisas do sexo, ele irá a um pólo
magnético que só atrai encantados desequilibrados por vícios sexuais.
Se um encantado tornou-se violento e gosta de agredir outros
encantados, imediatamente é atraído para um pólo magnético que só
atrai encantados violentos e agressivos... que o agredirão.

A frase: "Os semelhantes se atraem!" se aplica com toda propriedade
às dimensões naturais e parcialmente à dimensão humana, já que aqui
outros fatores ponderáveis influenciam as atrações.

Aqui, um assassino frio sente-se atraído sexualmente por uma mulher
virtuosa, principalmente se ela for bonita, e não se incomoda de
matar por ela, ou até de matá-la, se não for correspondido ou se ela
não se submeter aos seus desejos imundos. Já nas dimensões naturais,
se algum encantado desequilibrou-se e tornou-se violento, ele não
sentirá atração sexual por ninguém, mesmo pela mais bela e atraente
das encantadas.

O desequilíbrio não se generaliza ou alcança outros sentidos e, muito
ao contrário, até os anula, pois o ser passa a viver intensamente o
seu desequilíbrio e fecha-se em si mesmo, não suportando o contato
com outros encantados.

É quase que um "autismo", onde cada um vive seu mundo pessoal e só
sai dele em casos extremos.. ou após esgotar seu negativismo
energético e as causas do desequilíbrio emocional que o tornou
magneticamente atrativo pelos pólos negativos da dimensão onde vive e
evolui.



 


 




 

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