Ao sabor do tempo e espaço, flutuamos sob o efeito da escolha que
fizermos, navegando no barco encarnatório que nos conduz pelo Oceano da
vida.
Quando alguém se aventura pelo Oceano, busca, em primeiro lugar,
vigiar e criar as condições de segurança do barco que o conduzirá pelos
caminhos dos mares. O leme, a bússola, o rádio, a âncora, etc… Tudo tem
que estar no prumo e no aprumo, para que a viagem seja a mais tranqüila
possível, e as possibilidades de enfrentar eventuais borrascas e
tempestades em alto mar sejam coroadas de segurança e êxito.
Estamos vivenciando, no hoje e no agora do tempo e do espaço, uma
viagem que pode ter uma conotação maravilhosa de aprendizado e vitória
sobre as tempestades naturais do Oceano da matéria, como pode ser um
fracasso que, muitas vezes, leva o nosso barco a soçobrar em alto mar.
O barco no qual viajamos é toda a estrutura material que nos é
concedida, estrutura essa que deve ser completada pela nossa previdência
no conhecimento, o mais exato possível, do uso da aparelhagem náutica,
que oferecerá condições de segurança à viagem.
O esclarecimento e o conhecimento é a bússola norteadora; o uso
correto do esclarecimento é a prática náutica; e a boa condição dos
instrumentos é o “vigiar e orar” que deve nortear o viajante do mar da
vida.
Somos filhos da Luz em viagem para o Reino Iluminado do Espírito,
pelo mar do que chamamos vida na matéria, pairando no tempo e no espaço
que, na maioria das vezes, nos arremessa nas tempestades trevosas da
ignorância, descrença, desânimo e desesperança.
O Evangelho de Jesus é alegre “boa nova” que proporciona, ao viajante
da vida, aparelhagem em boas condições e instruções claras e precisas
para singrar o Oceano da Matéria, sem soçobrar nas suas ilusões,
demandando ao Porto Iluminado do Reino Divino, a vida pacífica,
harmoniosa e feliz em Deus.
Os ensinamentos espiritualistas, como transmissores dos ensinamentos
Evangélicos, nos fornecem os esclarecimentos básicos e sábios que
aumentam o nosso destemor face às aparentes e ilusórias tempestades ou
tufões do mar da vida.
Diz Hermínio C. Miranda que “Nós sabemos o que somos – espíritos
imortais temporariamente encarcerados num corpo físico. Sabemos de onde
viemos – de um longo rosário de vidas que aprofundam suas raízes na
escuridão de remotas idades. Sabemos para onde vamos – para os mundos
cada vez mais perfeitos que luzem adiante de nós, nas muitas moradas do
nosso Pai (CANDEIAS NA NOITE ESCURA – FEB, pg. 13). Este conhecimento
nos fornece instrumentos sadios e poderosos para, sob a luz da razão e
na prática do amor Evangélico, singrarmos o mar da vida sem medo dos
tufões aparentes, formados pelos sofrimentos e problemas atuais.
O espiritualista cristão deve estar acima desses tufões. Embora sinta
seus abalos, não soçobra e nem se amedronta, pois a luz do
esclarecimento, a ação Evangélica em sua vida, a presença e uso correto
das Sagradas Vibrações dos Orixás, e a orientação segura dos Guias e
Mentores lhe trazem a tranqüilidade e a paz harmônica com Deus, consigo
mesmo, com o próximo e com a natureza; paz esta que é concedida por
Jesus e ninguém a poderá tirar, como Ele próprio nos afirma em Jo. 14:27
“ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a
dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração”.
O mais maravilhoso de tudo isso é que, quando tomamos conhecimento da
nossa realidade espiritual e, pelo esclarecimento buscado a partir da
humildade e do amor vivenciados, aparelhamos o nosso barco para esta
viagem encantadora, descobrimos, deslumbrados, na hora sublime da Prece,
que no leme, a conduzir o barco da nossa vida, está Jesus, o Divino
Piloto, a nos conduzir, amoravelmente, para a Luz, para os braços de
Deus.
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