12/10/2011

Excesso de confiança ou irresponsabilidade?

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Escrito por Glauco Tavares


















“A linha que divide o excesso de confiança da irresponsabilidade é muito ténue”


Confiar é algo fundamental em nossas vidas, tanto a confiança em nós mesmos quanto a confiança nas pessoas que nos cercam. A base dos relacionamentos é o fator confiança e me refiro a qualquer tipo de relacionamento: amizade, negócios, namoros, casamentos, etc.... Mas o excesso de confiança seja em nós mesmos ou no outro, será que é benéfico?
Dia destes estava com minha moto dirigindo pela Marginal Tietê em São Paulo e, como a pista estava mais ou menos livre, resolvi acelerar e andar em uma velocidade acima do que costumo dirigir. Como estava em uma velocidade superior a dos carros que circulavam na mesma pista, acabei ultrapassando alguns deles, quando me veio o seguinte pensamento: “E se eu bater a moto agora foi excesso de confiança minha ou irresponsabilidade?”

Este processo de acelerar a moto e pensar sobre isso deve ter durado alguns bons segundos e resolvi novamente voltar a minha aceleração normal e dirigir conforme costumo dirigir. Mas isso ficou em minha mente e comecei a expandir para as outras áreas de nossas vidas. Na maioria das situações que refleti realmente a linha que divide este excesso de confiança da irresponsabilidade é muito tênue. Certas vezes tomei decisões que, caso tivesse dado algo errado, teria sido pura irresponsabilidade minha.

Quantas vezes eu e você tivemos certas atitudes ou tomamos certas direções tendo como referência apenas o nosso excesso de confiança? Vejo que este processo de acreditar no excesso de confiança não passa pela razão e fica no âmbito emocional apenas, talvez por isso não medimos até que ponto este ato poderia ser, na verdade, uma irresponsabilidade.

Quando o resultado é positivo acredito que, várias vezes, o excesso de confiança encobre um ato irresponsável. Pensando assim, creio que o que qualifica então um ato deste tipo é o resultado. Quando o resultado é negativo, ouvimos ou nós mesmos nos questionamos, se o que fizemos não foi irresponsabilidade, se talvez tivéssemos pensado um pouco mais o resultado poderia ser diferente, e entram os vários se...se...se...

Enfim, tudo isso só me levou a iniciar um processo de refletir bem antes de tomar certas atitudes que exigem o fator confiança. Será que na maioria das vezes estou confiando demais em mim ou estou sendo irresponsável?

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