01/03/2011

Mestres Alquimistas

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Entre os filhos da Ciência Mãe, a Alquimia, quem mais se aproximou do segredo indizível do Grande Arcano foi o Mestre Fulcanelli, porém sem atrever-se a rasgar o véu do Santuário. Esse Artifício que constitue o Secretum Secretorum, o Magnum Misterium requer a ajuda de um Agente oculto, de um fogo secreto o qual Fulcanelli apenas mencionou e cuja revelação estava reservada ao Mestre Samael Aun Weor.

Este segredo alquímico revelado pelo Mestre Samael Aun Weor é o fundamento da Pedra Filosofal, o Elixir da Longevidade. Todos os Mestres para chegarem à Ressurreição, tiveram que encarnar esse conhecimento, tiveram que conquistar a Pedra Filosofal, com a qual podem desafiar os enigmas do tempo.

Nos dias de hoje, muitas pessoas que agora andam por aqui, por alí, e acolá, tiveram veículos físicos na antiga terra dos Faraós, e, se eles seguissem pelo caminho das Santas Revalorizações do SER, se conhecessem e colocassem em prática os segredos da Alquimia poderiam chegar a adquirir a imortalidade aqui e agora mesmo, mediante o intercâmbio atômico da alta física nuclear, desconhecida para os sábios e físicos atômicos deste século XX.



Graças a este conhecimento mágico da ALTA FÍSICA NUCLEAR, o V. M. Samael Aun Weor, pode continuar seu trabalho alquímico até aperfeiçoar a PEDRA FILOSOFAL. No ano de 1977, disse: "Nestes precisos instantes, meu Senhor Interior Profundo, está em seu Santo Sepulcro. No ano de 1978, meu Senhor Interior Profundo, ressucitará em mim e eu NÊLE para poder realizar a gigantesca OBRA pela humanidade. E será ELE, quem a fará, e não minha insignificante pessoa que não é senão um instrumento. Porém ELE em sí, é perfeito e ELE a faz porque é perfeito. De maneira que dou testemunho do que me consta, do que vivi."

Posteriormente, o V. M. Samael, culminou a Grande Obra Alquímica, e foi assim como teve que passar pelo processo de Morte e Ressurreição, matando assim a morte com a mesma morte por toda uma eternidade. Seu processo de desencarnação se sucedeu em 24 de Dezembro de 1977 próximo da meia noite… A placa do seu carro funeral, sem ser escolhida previamente, tinha as iniciais AUM… Quase dois anos depois, numa Assembléia Gnóstica aconteceu algo de insólito: Na entrada do local da Assembléia, na qual participaram mais de tres mil pessoas, estava presente o V.M.Samael Aun Weor com seu corpo imortal, com o corpo da sua múmia adquirida no Egito há uns quatro mil anos. Alí estava o Mestre Samael com seu corpo ressurrecto o qual tem uma aparência de uns 40 a 45 anos. É lógico que ele somente foi identificado por aqueles que tem um certo grau de consciência desperta, pois o corpo da múmia é diferente do que ele tinha no México. Ele ocupou diretamente a múmia que tinha guardada.

Nestes momentos ele está trabalhando com sua múmia, ou seja, não está desencarnado como crêem muitas pessoas, mas sim tem seu outro corpo. Está no Tibet e usa um turbante estilo tibetano.


Fulcanelli
Fulcanelli, notável físico nuclear e grande alquimista francês, autor de duas valiosíssimas obras de alquimia: O Mistério das Catedrais, cuja primeira edição foi publicada no ano de 1926 e As Moradas Filosofais no ano de 1930 e que contém os segredos da Grande Obra.

Eugene Canseliet, seu discípulo, no Prefácio da Segunda edição do livro O Mistério das Catedrais, escreve: Em nossa introdução às Doze Chaves da Filosofia, repetimos que BASÍLIO VALENTIN (famoso monje beneditino do Monastério de Erfurt, na Alemanha no ano de 1413) foi o iniciador do nosso mestre. Naquela época ignorávamos a comovedora carta que transcrevemos aqui e que tem toda a beleza cativante do impulso do entusiasmo, o acento do fervor que inflama subitamente o escritor anônimo, devido ao desvanescimento da sua assinatura, como o destinatário por falta de endereço. Indubitavelmente, este foi o mestre de Fulcanelli, o qual deixou, entre suas cartas, aquela reveladora, marcada em cruz por duas linhas sujas de carvão.

Eis aqui o texto da carta:

"Meu querido amigo, Esta vez, recebestes verdadeiramente o Dom de Deus; é uma grande Graça, e pela primeira vez, percebo o quão raro é este favor. Todavia, creio que o arcano, em seu abismo insondável de simplicidade, não se encontra somente com a ajuda do raciocínio ainda sendo este muito sutil e exercitado. Finalmente tens a posse do Tesouro dos Tesouros, e damos graças à Luz Divina que o tornou partícipe. Ademais, você o mereceu justamente com sua inquebrantável fé na Verdade, na constancia dos esforços, a perseverança no sacrifício, e também não nos esqueçamos, com vossas boas obras."

Nicolas Flamel
Nicolas Flamel, o mais célebre alquimista francês. Dizem que seu nascimento ocorreu no ano de 1330, perto de Pointoise, no seio de uma família muito humilde, apesar de haver recebido educação de um letrado.

Dizem que morreu em 1418.

Uma de suas obras mais conhecidas é O Livro das Figuras Hieróglifas, em cujas figuras se escondem os processos da Grande Obra.

Da obra de J.Sadoul, transcrevemos o seguinte:

Um viajante do século XVII, chamado Paul Lucas, informa sobre uma viagem a Ásia Menor, de cuja crônica extraimos a seguinte passagem:

"Em Burnus Bachi manteve uma conversa com um derviche, sobre uma filosofia hermética. Este levantino me disse que os verdadeiros filósofos possuíam o segredo para prolongar sua existência por mil anos e preservar-se de todas as doenças. Ao final, eu lhe falei do ilustre Flamel e lhe asseverei que ele havia morrido a despeito de possuir a Pedra Filosofal. Apenas citei este nome, e começou a rir da minha simplicidade. Como eu havia dado crédito ao que havia dito, assombrei-me extraordinariamente da sua atitude duvidosa ante minhas palavras. Ao demonstrar minha surpresa, perguntou-me no mesmo tom, se era tão ingênuo para acreditar que Flamel havia morrido. E agregou:

- Não, não. Você se equivoca, Flamel ainda vive; nem ele nem sua mulher ainda sabem o que é a morte. Fazem três anos que eu deixei a ambos na India; é um dos meus melhores amigos".

Mais tarde, o derviche deu novas informações a Paul Lucas:

A celebridade, via de regra é bastante incômoda, porém um homem sábio e prudente sabe sempre sair das ciladas. Flamel previu que um dia ou outro seria detido, sobretudo desde que se suspeitou que possuía a Pedra Filosofal. Antes que se iniciasse sua perseguição, idealizou um meio de evitar sua detenção: fêz publicar a notícia da sua morte e da sua mulher chamada Perrenelle. De acordo com seus conselhos ela fingiu uma enfermidade que seguiu um curso fatal, e segundo suas instruções, quando a encontrassem morta, estaria aguardando-o na Suiça. Em seu lugar se enterrou um pedaço de madeira coberta com algumas prendas, e para cumprir o cerimonial estritamente, se celebrou o ato fúnebre numa das capelas que ela mesmo havia construído. Pouco depois ele recorreu ao mesmo estratagema; e como o dinheiro abre todas as portas, não custou muito ganhar a confiança de médico e eclesiásticos. Flamel deixou um testamento no qual dispunha que o enterrassem com sua mulher e se levantasse uma pirâmide sobre suas sepulturas; e enquanto este sábio autêntico viajava para reunir-se com sua espôsa, enterrou-se um segundo pedaço de madeira em seu lugar. Desde aquelas datas, ambos levam uma vida muito filosófica, dedicados a viajar e a ver países. Esta é a verdadeira história de Nicolas Flamel, não a que você acredita nem a que se pensa nesciamente em Paris, onde muito pouca gente têm conhecimento da verdadeira sabedoria.

Há outros numerosos testemunhos e relatos, que dão fé da sobrevivência de Flamel. É muito curioso que todos eles concordam num ponto: o filósofo e sua esposa se retiraram à India quando se encontraram na Suiça, onde ela o havia precedido para fazer os preparativos da grande viagem.

Conde Saint Germain
Há uma grande quantidade de testemunhos sobre a existência atual do Conde de Saint Germain.

Começemos pelo encontro que o famosíssimo e sério escritor Giovanni Papini teve com o Conde em 15 de Fevereiro de 1939, a bordo do navio "Prince of Wales", durante uma viagem pelo Oceano Índico, rumo à India. Esse encontro está documentado no livro "Gog" de Giovanni Papini com as seguintes palavras:

"Conheci estes dias o famoso Conde de Saint Germain. É um cavalheiro muito sério, de estatura mediana, de aparência robusta e vestido com refinada simplicidade. Não parece ter mais de cincoenta anos de idade".

"Nos primeiros dias da travessia não se aproximava e não falava com ninguém. Uma noite em que me encontrava só na cobertura e olhava as luzes de Massaua, apareceu de improviso junto a mim e me saudou. Quando me disse seu nome acreditei que se tratava de um descendente daquele conde de Saint Germain que ficou famoso no século XVIII por seus mistérios e com a lenda de sua longevidade. Há pouco tempo havia lido num magazine, um artigo sobre o conde "imortal" e por sorte não fui colhido de surpresa. O Conde mostrou satisfação ao saber que eu conhecia algo daquela história e se decidiu a fazer-me a grande confidência".

- Nunca tive filhos e não tenho descendentes. Sou aquele mesmo, se você acredita, que foi conhecido no século XVIII com o nome de Conde de Saint-Germain. Você deve ter lido que alguns biógrafos "me fazem morrer" em 1784, no castelo de Eckendoerde, no ducado de Achleswing. Porém existem documentos que provam que fui recebido em 1786 pelo imperador da Rússia. A condessa de Adhémar me encontrou em 1789 em Paris, na igreja de Recoletos. Em 1821 tive uma demorada conversação com o conde de Chalons na praça de São Marcos em Veneza. Um inglês de nome Vandam, me conheceu em 1847. Em 1869 começou minha relação com Annie Besant. A senhora Oakley tentou em vão encontrar-me em 1900, porém, conhecendo o caráter dessa boa senhora, consegui evitá-la. Encontrei alguns anos depois o sr.Leadbeater, que fez de mim uma descrição um pouco fantástica, porém no fundo, bastante fiel. Depois de uns sessenta anos de ausência, quis voltar a ver a velha Europa: agora regresso à India, onde se encontram meus melhores amigos. Na Europa de hoje, dessangrada e enlouquecida pela guerra, não há nada que fazer.

- Porém, se as notícias que eu tenho são exatas, em 1784, na época da sua presumida morte, você já tinha mais de cem anos…

- O Conde sorriu docemente.

- Os homens – respondeu – são muito desmemoriados e infantis para orientarem-se na cronologia. Cem anos, para eles, é um prodígio, um portento. Na antiguidade, e inclusive na Idade Média ainda se recordava algumas verdades, que a orgulhosa ignorância científica se esqueceu. Uma destas verdades é que nem todos os homens são mortais. A maioria morre depois de setenta ou cem anos; um pequeno número segue vivendo indefinidamente. Dentro deste ponto de vista, os homens se dividem em duas classes: a imensa plebe dos extinguidos e a reduzidíssima aristocracia dos "desaparecidos". Eu pertenço a essa pequena elite e em 1784 já havia vivido não um século, mas vários.

- Então você é um imortal?

- Não disse isto. É necessário distinguir imortalidade de imortalidade. As religiões sabem há milhares de anos que os homens são imortais, quer dizer, que começam uma segunda vida depois da morte. A um pequeno número destes está reservada uma vida terrestre tão longa que aos vulgos lhes parecem imortais. Porém, assim como nascemos num momento dado do tempo, é bastante provável que mais cedo ou mais tarde também deveremos morrer. A única diferença é esta; que nossa existência se mede por séculos e não por anos. Morrer aos setenta anos ou morrer aos setecentos anos não é uma diferença tão milagrosa para quem reflete sobre a realidade do tempo.

Se vossos semelhantes conhecessem melhor a história, não estranhariam certas afirmações. Em todos os países do mundo, antiguíssimos e modernos, há uma firme crença de que alguns homens não morreram, mas sim foram "arrebatados", isto é, desaparecem sem que se possa encontrar seu corpo. Estes seguem vivendo escondidos e incógnitas, ou talvez adormeceram e podem despertar e voltar de um momento a outro. Na Alemanha, próximo de Salsburgo, se espera há séculos, aparentemente adormecido, Carlos Magno; o Kyfhauser, onde se refugiou esperando Frederico Barbaroxa; e o Sudermerberg que ainda hospeda a Enrique o assassino. Na India dirão que Sahib, o chefe da sublevação de 1857, desaparecido sem deixar rastro no Nepal, ainda vive escondido no Himalaya. Os antigos hebreus sabiam que evitaram que o patriarca Enoch morresse. Esperou-se durante séculos que Alexandre Magno reaparecesse na Ásia, como Amilcar, desaparecido na batalha de Panormo e foi esperado pelos cartagineses. Nero desapareceu, sem submeter-se a morte. E todos sabem que os britânicos não acreditaram nunca na morte do rei Arhur, nem os Godos na de Teodorico, nem os daneses na de Holger Danske; nem os portugueses na do rei Sebastião, nem os suecos na do rei Carlos XII, nem os sérvios na de Kraljevic Marco.

Todos estes monarcas se encontram adormecidos e escondidos, porém devem voltar. Ainda hoje os mongóis esperam o regresso de Gengis Kan.

Uma interpretação plausível de certos versículos do Evangelho fez crêr milhões de cristãos que São João nunca morreu, mas sim que vive ainda entre nós. Em 1793, o famoso Lavater estava seguro de havê-lo encontrado em Copenhaguen. Porém bastaria o exemplo clássico do Judeu Errante, que sobre o nome de Ahas Verus ou de Butadeo, foi reconhecido em diversos países e em diversos séculos e que conta atualmente mais de mil novecentos e oitenta anos. Todas estas tradições, independentes uma das outras, provam que o gênero humano tem segurança ou ao menos pressentimento de que há verdadeiramente homens que sobrepassam muito o curso ordinário da vida e eu, que sou um destes, posso afirmar com autoridade que esta crença corresponde a verdade. Se todos os homens desfrutassem dessa longevidade fabulosa, a vida se faria impossível, porém é necessário que alguns de quando em quando, permaneçam: somos, em certo modo, os notários estáveis do transitório.

- Sou indiscreto e lhe pergunto. Quais são suas impressões como imortal?

- Não imagine que a nossa sorte seja digna de inveja. Nada disso. Na minha lenda diz-se que conheci a Pilatos e que assisti a Crucificação. É uma mentira grosseira. Nunca alardeei essas coisas que não são verdade. Todavia, há poucos meses completei quinhentos anos de idade. Portanto, nasci em princípios dos anos quatrocentos, em tempo de conhecer bastante a Cristóvam Colombo. Porém não posso agora contar minha vida. O único século no qual freqüentei mais a sociedade, como você sabe, foi o dezoito e posso lamentá-lo. Porém ordinariamente vivo em solidão e não gosto de falar de mim. Experimentei nestes cinco séculos muitas satisfações e em especial não faltou alimento para a minha curiosidade. Vi o mundo mudar de cara; pude ver no curso de uma só vida a Lutero e a Napoleão, Luis XIV e Bismarck, Leonardo e Beethoven, Miguelangelo e Goethe. E talvez por isso me livrei das superstições dos grandes homens .Porém estas vantagens custaram um preço muito alto. Depois de um par de séculos, um tédio incurável se apodera dos desventurados imortais. O mundo é monótono, os homens não ensinam nada, e em cada geração se nos caem mesmos erros e horrores; os acontecimentos não se repetem, mas se parecem; o que me faltava para saber, teve bastante tempo para aprendê-lo. Terminam as novidades, as surpresas, as revelações. Posso confessar a você, agora que só nos escuta o Mar Vermelho: minha imortalidade me causa aborrecimento. A terra já não tem segredos para mim, e já não tenho confiança em meus semelhantes. E repito com gosto as palavras de Hamlet, que ouvi pela primeira vez em Londres em 1594: "O homem não me causa nenhum prazer e a mulher muito menos.

O conde de Saint Germain pareceu-me esgotado,como se por momentos fosse tornando velho. Permaneceu em silêncio por mais de um quarto de hora contemplando o mar tenebroso, o céu estrelado.

- Dispense-me – disse finalmente – se meus discursos te aborreceram. Os velhos quando começam a falar, são insuportáveis.

Até Bombaim, o conde de Saint Germain não voltou a dirigir-me a palavra, apesar de que tentei várias vezes iniciar uma conversação com ele. No momento de desembarcar saudou-me cortesmente e o vi afastar-se com três velhos hindús que se encontravam o esperando no cais.

Em outra obra muito famosa se afirma:

A existência histórica do conde se iniciou em Londres no ano de 1743. Lá pelo ano de 1745 teve certas fricções com a Justiça, pois era suspeito de espionagem. Horace Walpole fez esta observação a respeito: Está aqui há dois anos e não quer revelar quem é nem qual é sua origem se bem que confessa que utiliza um nome falso. Descrevia o conde como um homem de estatura mediana, rondando os quarenta e cinco anos, muito amável e conversador. Sabe-se que Saint Germain era um pseudônimo, porque ele mesmo disse em certa ocasião ao seu protetor,o "landgrave de Hese:

- Chamo-me Sanctus Germanus, o irmão santo.

Também se sabe que depois de passar vários anos na Alemanha, em 1758, se apresentou na corte de Luis XV. Madame de Pompadour deixou-nos uma descrição de Saint Germain: O conde parecia um cinqüentão; tinha um ar fino, espiritual, vestia-se simplesmente, porém com gosto. Nos seus dedos brilhavam formosos diamantes, a tabaqueira e o relógio. Aquele forasteiro, aquele desconhecido cujo título de nobreza era muito duvidoso e cujo nome parecia incerto, de alguma forma soube abrir caminho para entrar no círculo íntimo de Luiz XV, quem lhe concedeu várias audiências privadas. E essa ascendência sobre o rei foi o que irritou sobremaneira o Ministro Choiseul e o que provocou o exílio e desgraça de Saint Germain. Finalmente se sabe que o conde passou a última época da sua vida no castelo de Landgrave de Hese, onde, segundo se diz, morreu em 27 de Fevereiro de 1784. Todavia, observamos que essa "morte" se sucedeu durante uma das raras ausências do Landgrave, ocasiões em que somente rodeavam o conde umas quantas mulheres facilmente subornáveis.

Se conhece sua história entre os anos 1743 e 1784. Pois bem, busquemos agora os testemunhos de pessoas fidedignas que o conheceram antes ou depois dessas datas limite. A condessa de Gergy, embaixadora da França próxima do estado veneziano, nos dá o primeiro informe. Viu a Saint Germain na casa de Madame Pompadour e, aparentemente ficou estupefata. Segundo suas próprias manifestações, recordou haver conhecido em Veneza lá pelo ano de 1700, a um aristocrata estrangeiro cuja semelhança com o conde Saint Germain era assombrosa, apesar de que tinha outro nome. Ela lhe perguntou se não seria seu pai ou outro familiar próximo.

- Não Senhora – respondeu o conde com grande calma – Perdi meu pai há muito tempo. Porém vivi em Veneza entre o final do século passado e princípios deste. Por certo que tive a honra de fazer a corte, e você pode encontrar algumas canções populares compostas por mim e que ambos costumávamos cantar juntos.

- Perdoai minha franqueza, porém isso não é possível. Aquele conde de Saint Germain tinha então, quarenta e cinco anos, e você essa idade agora.

- Madame – respondeu sorrindo o conde – eu sou muito velho.

- Mas de acordo com esses cálculos você tem agora quase cem anos.

- Isso não é impossível.

Então, o conde enumerou ante a Madame de Gergy uma infinidade de detalhes relacionados com a estancia de ambos no estado de Veneza. E se tivesse alguma dúvida, se ofereceu a recordar-lhe certas circunstâncias, certas observações, etc.

- Não, não – lhe interrompeu apressadamente a embaixadora anciã – você já me convenceu completamente; porém você é um "diabo realmente extraordinário" (Citado por Touchard Lafosse em Croniques de l'oeil de Bouef)

Lá pelo ano de 1785 encontramos uma nova intervenção do conde, que não parece deixar dúvidas. O ano seguinte a sua morte oficial participou da convenção maçônica de Paris celebrada em 15 de Fevereiro de 1785.

Há outra pessoa cuja afirmação de haver conhecido o conde Saint Germain não se pode por em dúvida. Se trata de Wellesley Tudor Pole, viajante e industrial a quem lhe foi conferida a Ordem do Império Britânico e foi um acreditado estudioso de arqueologia, fundador da Big Ben Silent Minute Observance, presidente do Chalice Well Trust de Glastonbury e governador da "Glaston Torn School for Boys."

Em seu livro The Silent Road, Tudor Pole descreve um extranho encontro enquanto viajava no Orient Express. Era a primavera de 1938, e se dirigia a Constantinopla, lendo o Inferno de Dante.

Numa parada na Bulgária, Tudor Pole olhou pela janela e viu um homem de idade mediana, bem vestido e adornado, que caminhava sobre a neve, na plataforma da via férrea. O homem sorriu e saudou com a cabeça ao surpreendido viajante inglês. O trem partiu e logo entrou no túnel, porém o vagão de Tudor Pole seguiu com as luzes apagadas. Quando o trem saiu do túnel, o desconhecido estava sentado no lado oposto. Então viu a obra de Dante que Tudor Pole estava lendo e iniciou uma fascinante conversação sobre o problema do céu e o inferno e o enigma do nosso atual estado de existência.

Tudor Pole disse que seu companheiro de viagem falava com impecável sotaque, porém evidentemente não era inglês. Algo sugeria que ele poderia ser muito bem húngaro. Convidou o desconhecido a comer com ele, o qual replicou surpreendentemente que não comia manjares.

Um pouco atrapalhado e compreendendo que aquele homem não era um viajante comum, Tudor Pole se dirigiu ao carro restaurante. Quando voltou, uma hora mais tarde, seu misterioso visitante se havia ido.

Uns dias depois, Tudor Pole estava na plataforma de Scutari, junto ao Bósforo. Sua bagagem já estava no trem.

Voltou a aparecer meu amigo do Orient Express; estava entre a multidão, a certa distância de mim, e sacudia vigorosamente a cabeça. Desconcertado, deixei que o trem partisse sem mim. Pouco depois, este trem sofreu um acidente a uns 50 kilometros de onde eu me encontrava. Finalmente recuperei minha bagagem. Parte dela estava manchada de sangue.

Tudor Pole não identificou o desconhecido em seu livro, porém Walter Lang, que escreveu a introdução e também uns comentários sobre outro de seus livros, perguntou a Tudor Pole: Sabe quem era o homem do trem? Tudor Pole respondeu: Sim. Era Saint Germain.

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