27/03/2011

MISTIFICAÇÃO NAS IGREJAS

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De vez  em quando gosto de assistir aos programas de humor que determinadas igrejas nos oferecem. Há um "quê" de cinismo nessas pessoas que se dizem ex-pais e mães de encosto, não acham? Já ouvi depoimentos desses expoentes da Umbanda claramente mentirosos e somente quem está na religião percebe as grandes inverdades que eles contam.
          Para eles, qualquer de nossas entidades
ou orixás independente se da esquerda ou direita, são vampiros e adoram trabalhar com litros e litros de sangue. Não fazem o bem para ninguém, o grande passatempo deles é fazer o mal para qualquer pessoa que se aproxime de um terreiro, seja ele de qual vertente for. Descrições patéticas de invasões a cemitérios onde as entidades enfiam-se pelos
túmulos a dentro procurando por crânios, cabelos e unhas para cumprir sua missão terrena a de fazer o mal a tudo e a todos.
          Quem de nós, trabalhadores da Umbanda ou do Candomblé, já viu pelo menos uma vez esse tipo de cena bárbara que os "ex" contam com a maior cara de pau? O que dizer então das cenas dantescas que assistimos quando das "sessões de descarrego"?
         Nós que convivemos com os mistérios dos trabalhos espirituais sabemos que a mediunidade às vezes leva meses e até anos para se manifestar, mas por incrível que pareça qualquer pessoa, seja médium ou não,  ao subir ao púlpito, incorpora exus terríveis, chupadores de sangue e roedores de ossos humanos. Isso tudo numa representação digna de pena, acompanhada de uivos e rosnados assustadores.
          Não chega a ser engraçado? Nunca em mais de bons anos freqüentando terreiros de variados tipos com diferentes formas de trabalho assisti tamanho fenômeno de mistificação coletiva. Acho que é chegada a hora
de dizer a verdade, denunciar em alto e bom som a discriminação que sofremos por parte desses supostos "salvadores de almas".
          A Umbanda não é isso, o Candomblé não é isso e nenhuma das vertentes espiritualistas que conheço fazem parte dessa grotesca farsa
circense a que somos submetidos todos os dias. Nossa religião não cresce usando o nome de nenhuma outra, não tem e nem deseja esse poder
manipulador que essas igrejas demonstram para favorecer o enriquecimento de seus lideres. Hora de dizer que estamos fartos de falsos médiuns,
falsos pais e mães de encosto e falsos exus. Hora de escancaramos nosso orgulho em servir uma fé a que nos entregamos de corpo e alma para
o bem de nosso próximo. Hora de dizer que nossas entidades e orixás são luz e proteção, caridade e força, verdade e fé. Hora de dizer BASTA!

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