CONSTRUIR
Desenvolvimento Mediúnico e Comprometimento Mediúnico
(Por Alexandre Cumino)
Irmãos e leitores, Por conta da nova turma de desenvolvimento
Que terá inicio daqui alguns dias, passamos a algumas reflexões
Neste campo, da mediunidade e desenvolvimento mediúnico
Na Umbanda...
Escrevi o texto abaixo, bem curto por sinal, foi escrito e dedicado aos médiuns
Que me acompanham e também aos que desejam fazer parte deste
Grupo/Terreiro/Templo/Escola Pena Branca ou Desenvolver sua mediunidade.
A única “porta de entrada” aqui é por meio
Do estudo, mesmo quando um guia recomenda a alguém que
Desenvolva sua mediunidade, este espera formar um novo grupo
Para todos juntos absorverem uma carga de conhecimentos que respeita
Uma ordem de prioridades a serem transmitidas, esperamos com isso
Que todos caminhem juntos, num mesmo “barco”, sendo conduzidos, nas mesmas
Duvidas e dificuldades em que a duvida de um é o esclarecimento para todos.
Por mais que o trabalho individual seja muito importante na relação mediúnica e
Espiritual de aprendizado, não nos apegamos nem dogmatizamos determinado
Método como o único válido, antes buscamos todos os métodos possíveis para
Que cada um seja bem conduzido durante sua entrada num “Mar de Emoções”
Que é em si o desenvolvimento mediúnico.
Podemos mergulhar sozinhos, acompanhados de uma única pessoa, ou vamos
Mergulhar em grupo aproveitando as dificuldades de cada um e as diversas soluções
Compartilhando, esporadicamente, as experiências pelas quais cada um está passando e
Aceitando de bom grado ouvir as soluções individuais nas quais cada um descobre
Sentido e método para lidar de formas diferentes com as mesmas situações.
Por isso caminhamos em grupo, com métodos, horários, regras... tudo sendo explicado
Bem devagar, respeitando o tempo de todos e mantendo o ritmo dos mais lentos.
Muito mais tenho a dizer mas, por ora ofereço apenas um texto curto e objetivo.
Que Ogum nos Proteja Aqui, Agora e Sempre,
Oxalá nos abençoe, Ifá nos inspire e
Olorum seja em nós a consciência, maturidade e meta a ser alcançada.
“Ninguém Pode Mais do que Deus”
(Alexandre Cumino)
COMPROMETIMENTO MEDIUNICO
(Por ALEXANDRE CUMINO)
Desenvolver a mediunidade na Umbanda é algo considerado de grande responsabilidade.
O médium que vai se desenvolver irá lidar com vidas humanas, muitas vezes, em momentos de dor e perdas, outros em conflitos existenciais e questionamentos de valores.
Este médium para exercer minimamente bem sua atividade mediúnica diante da responsabilidade assumida deve ter ao menos comprometimento com o compromisso assumido ou que pretende assumir.
Podemos chamar de “Comprometimento Mediúnico”.
Se a tarefa mediúnica não é prioridade em sua vida,
então podemos concluir que dificilmente realizará um bom trabalho para si e para os outros,
pois, não basta ter o fenômeno de incorporação e deixar que um espírito faça tudo
e assuma todas as responsabilidades como se este trabalho não dependesse também
de uma parceria entre o médium e seus guias que necessitam dele para trabalhar e vice-versa.
Sem comprometimento o trabalho espiritual fica para segundo plano:
Vela de anjo da guarda, banhos, firmezas, orações e verdades ficam para trás.
Quando se dá conta já não consegue mais ter a freqüência desejada no compromisso assumido.
Quando chega a este ponto, de dar desculpas a si mesmo e aos outros por suas faltas, temos um sinal de alerta.
Talvez, este médium deva voltar a assistência durante um período para pensar melhor se quer apenas poder vir de vez em quando ao terreiro ou assumir um compromisso consigo mesmo e com a espiritualidade.
Se pretende freqüentar esporadicamente o templo de Umbanda, basta estar na consulência e dar passagem a seus Guias quando houver esta liberdade ou mesmo recebê-los em sua casa para que seus Mentores lhe dêem uma orientação pessoal no caminho a seguir e como lidar com a situação.
Precisamos ouvir nossos Guias antes de esperar que os outros os ouçam.
Somos médiuns para oferecer o dom a quem necessita, para recebermos e buscar algo nossa posição é de consulente; aquele que mais pretende oferecer que receber é médium, aquele que pretende mais receber que oferecer é consulente. Mas há de convir que o médium é o primeiro a receber os benefícios do convívio com as entidades espirituais. Pois tudo de bom passa por ele enquanto as cargas negativas, emoções e dores se descarregam sem permanecer nele mesmo.
A oportunidade de aprendizado ouvindo as dores alheias são únicas e podem transformar sua vida.
Assim como uma palavra certa pode salvar vidas, uma palavra errada pode destruir vidas e aí está a grande responsabilidade mediúnica.
Melhor uma entidade “muda” a outra que no seu afã “de ajudar” possa falar “demais” ou “além da conta”, sem entrar no mérito de “bobagens” ditas acerca da vida, dos costumes ou valores de quem se encontra na dor ou numa encruzilhada da vida.
Comprometimento mediúnico é comprometimento com a vida, o descomprometimento mediúnico denota descomprometimento com a vida, um alto enganar-se, auto sabotagem ou simplesmente um sinal de que, talvez, pode ser, que o seu caminho seja em outro lugar, o que pode ser na mesma religião ou outra religião. E ninguém pode saber esta resposta a não ser você mesmo com a força do seu coração e do seu ser junto ao “eu superior” e Deus.
Escrevi estas linhas para meus irmãos, filhos, do terreiro/templo – escola Pena Branca, mas creio que embora esteja carregado de alguns conceitos locais (restritos a este Templo) ofereço a todos como uma reflexão sobre o compromisso e o comprometimento mediúnico.
Não se engane, não se melindre, nem busque muletas emocionais para se colocar na posição de perseguido ou discrimado. Num trabalho espiritual não há “patinho feio” todos tem o mesmo valor e fazem parte do mesmo todo. Cabe a cada um reconhecer onde deve se melhorar, no entanto não nos cabe buscar onde o outro deve melhorar, só nos cabe aceita-lo, desde que suas atitudes não coloquem em risco o trabalho do grupo.
Só ao dirigente espiritual cabe esta responsabilidade, que é ENORME, pois assim como uma palavra errada
À um consulente pode criar um problema em sua vida e derrubá-lo por mecanismos de sua própria
Mente ,que ainda não foi “burilada” (no sentido psicológico e não iniciático), por falta de maturidade,
Da mesma forma uma troca de informações e impressões desencontradas entre médiuns, de uns a cerca
Dos outros, pode levar ao afastamento temporário ou permanente daquele que recebeu critica errada na hora
Errada ou simplesmente uma instrução não adequada, com relação a si, seu comportamento ou a condição Meidunica dentro de tal templo.
Da mesma forma médiuns que se melindras e acreditam que merecem mais atenção, médiuns que crêem
Que só eles estão com a razão e todos errados, médiuns que descarregam seu emocionais desequilibrados
Durante um trabalho mediúnico ou que buscam dentro do grupo a posição de vitima para chamar a atenção,
Da mesma forma como foram condicionados em seus lares, escolas, ambiente de trabalho ou na sociedade em geral,
Precisam antes de assumir a responsabilidade de incorporar uma entidade para tratar e ouvir aos outros...
Ele precisa antes cuidar de si mesmo, aprender a aceitar-se mais, perdoar-se e perdoar aos que lhe machucaram
Durante o processo de crescimento.
Crescer dói, mas não há dor que não termine e melhor sentir a dor num processo de transformação para
Melhor e curar-se, aceitando seus próprios erros, independente da vida te-lo feito sofrer,
Do que alimentar anos de dor calcada numa posição de vitimização.
Hoje um dos assuntos mais em alta é a questão do “Buling” nas escolas e todos nós
Que somos Pais sofremos junto e sabemos o drama e traumas do “Buling” pois
Quem não sofreu “Buling” em algum momento da vida escolar assistiu alguém
Vitima de “Buling” e pode observar como seu comportamento ficou alterado,
Como a criança muitas vezes vai se tornando reclusa e fechada com receio
De se expressar e ser notado pelos agressores.
Em muito momentos da vida carregamos esta “Síndrome de Buling”, assim
Como muitos foram “abusados”, outros foram expostos ao ridículo de várias formas,
Ou simplesmente foram desacreditados de si mesmos... assim como todas as outras dores
Estas também devem ser curadas.
No entanto se nos oferecem muitas ferramentas para nossa cura e não houver uma vontade sincera de
Curar-se podemos nos acomodar e com o tempo passar a crer que toda critica mesmo que
Construtiva foi escrita e endereçada a nós:
“Foi colocado para todos lerem ou dito para todos ouvirem, mas no fundo ‘eu’ sei
Que era para mim...”
Bem as vezes é mesmo não é?
As vezes não, via das duvidas o melhor é dar o nosso melhor
Mediunicamente, respeitar a casa que nos acolhe e os irmãos
Que estão no mesmo “barco”, assim só nos resta a
Consciência tranqüila de um trabalho silencioso...
Um grande abraço,
Axé
Que Oxalá nos abençoe
(Alexandre Cumino)
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