PACIÊNCIA PERANTE OS CRÍTICOS
A penitência dos invejosos Gustave Doré
A partir do momento que decidimos ingressar na vida espiritualista, estaremos sendo alvo dos observadores mais rigorosos. Entre esses críticos estarão os nossos colegas de trabalho, amigos próximos, diversos parentes e principalmente pelos ditos irmãos.
Perceberemos que existe uma preocupação exagerada ou uma alienação total sobre o que/quem somos, como se isso os incomodassem, ou não. Nossos atos serão mais comentados, e ocorrerão reclamações, de que muito tempo é gasto com sua dedicação a tarefas e comportamentos que eles consideram inúteis. Muitas vezes você será mimoseado com várias alcunhas pejorativas como fanático, lunático e outras. Num momento se é negligente, noutro é intrometido. O que faz um feliz é considerado ofensa por outro.
( Já dizia Sartre;" ...o inferno são os outros.")
Precisamos entender, e isso é importante, que não somos nós quem lhes incomoda, mas a atividade em si. Eles começam a perceber que estão perdendo tempo em não promoverem a própria reforma interior de que necessitam , e ficam aborrecidos de ter perto deles pessoas realmente preocupado e empenhadas em evoluir.
A nossa presença lhes dão conta disso. Não precisamos dizer nada a respeito, basta estar ali para que eles sintam o peso da própria inoperância. Eles não nos entendem por palavras, mas pelos gestos e comportamento. Se ousarmos falar qualquer coisa, a favor de uma melhoria, mesmo que haja a solicitação, distorcem tudo na tentetiva de nos envenenar. Triste é que a maioria das vezes eles conseguém, pois sempre escolhem alguém frágil no momento.
Mas eu lhe digo para termos paciência e sermos caridosos com eles. Veja como são importantes em nossas vidas. Em primeiro lugar, além de exercitarem nossa paciência, estão também fortalecendo nossa decisão de prosseguir tendo atos equilibrados, pois somos alvos permanentes. Depois, mantendo-nos serenos e pacíficos perante as possíveis agressões verbais, estaremos servindo de exemplo que, talvez, possa ser seguido no futuro.
Portanto, não encaremos de modo radical as críticas quanto à nossa opção. Devemos ser gratos por estarmos servindo de exemplo. Mesmo que não nos sigam, fazendo parte no trabalho de auto-regeneração e caridade.
Existem muitas pessoas sobre a Terra que não toleram, ou não querem, descobrir que adotam comportamentos inadequados. O problema se torna ainda maior, quando comparam o que fazem com exemplos de amor e brandura que partem de outros. Sentem-se agredidos por esta constatação, e disparam sentimentos de rancor para aqueles que emanaram os bons exemplos.
O que precisam ver é que se estão incomodados com as boas ações praticadas por outros, é porque, na realidade, descobriram que não são capazes de agir da mesma forma. Seja por acomodação ou por não terem mesmo conhecimento para tal. E o ódio que irradiam é contra o próprio ego, apesar de pensarem que o estão direcionando para outros.
Isso ocorre com ações do cotidiano, em vários campos da vida, incluindo sentimentos afetivos, filosóficos, religiosos, científicos e até de conversas banais no dia-a-dia. O despertar surge no momento da constatação de que existe um hiato, entre o que fazem e o que os outros fazem melhor. Então, ao invés de avaliarem as diferenças através da autocrítica, para saber onde erraram, remediando o que for preciso, preferem continuar exalando ódio, que, na prática, é sinônimo de inveja e desrespeito.
Não é muito difícil prever o destino dos que agem assim. Porque estão realimentando os erros e as imperfeições que são largos passos na direção de amarguras e de doenças na vida. Frutos da permanente inalação do veneno, que não conseguiram extirpar do próprio ser.
No dia-a-dia, que apenas irradiemos pois, nossas energias emanadas dos nossos Eus Superiores por onde quer que venhamos a passar. E só falemos alguma coisa, quando for para o andamento dos Trabalhos, e ainda assim, se alguém lhe pedir. Sejamos apenas uma chama ardente irradiadora dA Fonte por onde formos...
- Que nosso Pai Oxalá ilumine todas as mentes e corações!
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