26/04/2011

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MEDIUNIDADE OSTENSIVA...







Na Idade Média, durante o sombrio período de imposição social da Inquisição que punia a todas as manifestações de expressão que fossem consideradas, conforme o código de valores religiosos da Igreja, transgressivas milhares de médiuns foram perseguidos, capturados, julgados à morte e executados.
Porém, nos dias de hoje, apesar de estarmos livres das ameaçadoras sombras da Inquisição, ainda perduram no nosso inconsciente coletivo resquícios daquela época. De que forma? Através de como "enxergamos" ou aceitamos, muitas vezes sem questionarmos, as origens e os porquês da existência entre nós de tantas patologias psíquicas. A esquizofrenia, por exemplo, e suas características principais: alucinações visuais e auditivas, delírios. Quantas destas pessoas "alucinadas" não estariam, desde criança, dizendo a verdade, ou seja, tentando nos dizer que realmente enxergam vultos e que realmente ouvem vozes? E quantos desses indivíduos não seriam dotados de uma mediunidade ostensiva não desenvolvida?
A mediunidade é uma faculdade inerente à natureza espiritual humana. Ela se manifesta de diversas formas através do ciclo vital de uma pessoa, seja na infância, na puberdade, na adolescência ou na fase adulta. Existe, porém, um tipo de mediunidade peculiar em relação às suas características próprias: a mediunidade ostensiva, que por exigir de seu portador estudo e dedicação no desenvolvimento equilibrado deste potencial, poderá, por outro lado, causar-lhe certos desconfortos se este canal de contato com o plano espiritual não estiver sendo, em benefício próprio, conscientemente usado.
O médium, no exercício do seu trabalho, é uma ponte ou instrumento de ligação entre duas "realidades" que, conforme as Leis Divinas, se completam e se fundem no processo de evolução da consciência do próprio médium e também da Humanidade.
Temos médiuns na literatura, nas art es plásticas, nas artes cênicas ... enfim, que inspirados pela espiritualidade, nos remetem às mais belas imagens e mensagens de otimismo, de amor ao próximo e de fé e esperança na Humanidade Regenerada.

Por Flávio Bastos - Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.

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